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Parado no tempo
no centro do círculo um homem desenha à pena a vida que nunca viveu
as palavras que nunca disse
os livros que nunca leu
as cores do som de um bando de pardais que nunca escutou
os filhos que nunca amou
as mulheres com quem nada partilhou;
já nada tem, já nada quer somente o
poder de decidir que final
terá o desenho:
será breve
apenas um instante
após um profundo e prolongado lamento.