Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
RADE DRAINAC
FOLHA
Mudei de estação: o Outono ficou para trás e as minhas malas.
Agora o céu é duvidoso, como uma mentira inábil.
Na primeira taberna terei de esquecer
A carta melancólica que me tirou o sono.
Ocioso, arrasto-me pela rua, entre escritórios.
As andorinhas partiram e as máquinas de escrever ficaram.
No horizonte há uma grande trombeta de fumo.
Foi há pouco inventado um avião tão pequeno como uma borboleta.
Bravo! É um bom sinal.
A primeira folha de Outono caiu no meu chapéu.
POEMA DE RADE DRAINAC
CANÇÃO DA VERDADE JOVEM
A verdade cantava no escuro
No cimo da tília sobre o coração
O sol há-de amadurecer dizia
No cimo da tília sobre o coração
Se os olhos o iluminarem
Troçámos da canção
Agarrámos prendemos a verdade
Cortámos-lhe a cabeça debaixo da tília
Os olhos estavam noutro sítio
Ocupados com outra obscuridade
E nada viram