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Jorge Luis Borges, William Faulkner e Ernest Hemingway são alguns dos 10 escritores cujas entrevistas à Paris Review chegam agora a Portugal, compiladas num volume editado pela Tinta-da-China

 
Algumas das entrevistas que a revista realizou vão ser publicadas em Portugal

E.M. Forster, Graham Greene, Truman Capote, Lawrence Durrell, Boris Pasternak, Saul Bellow e Jack Kerouac são os outros autores presentes nestas entrevistas com selecção e tradução do jornalista Carlos Vaz Marques.

"The Paris Review" foi uma revista criada em 1953 por um grupo de jovens intelectuais norte-americanos em Paris, que inventaram a entrevista literária, tal como hoje a conhecemos.

“Os seus autores dificilmente terão tido a percepção de que estavam a fazer nascer uma abordagem nova à literatura e à arte da escrita e de que, por outro lado, se constituiria a partir dali o mais extraordinário arquivo do fascínio que uma entrevista literária pode alcançar”, escreveu Carlos Vaz Marques no prefácio da obra.

Em “Entrevistas da Paris Review”, encontram-se frases como esta, de William Faulkner (1897-1962): “Se eu não tivesse existido, alguém me teria escrito, a mim, a Hemingway, a Dostoiévski, a todos nós”.

Ernest Hemingway, por sua vez, afirmou, quando entrevistado, que “quanto melhor o escritor, menos ele falará do que escreveu”.

Já Borges declarou: “Quando eu escrevo, escrevo porque algo tem de ser feito. Não me parece que um escritor se deva intrometer demasiado no seu próprio trabalho. Deve deixar o trabalho escrever-se a si próprio”.

Neste volume da Tinta-da-China, com ilustrações de Vera Tavares, foi mantida a ordem pela qual as entrevistas foram publicadas na revista literária trimestral, tendo decorrido 15 anos entre a de E.M. Forster e a de Jack Kerouac.

Segundo Carlos Vaz Marques, “o tempo que corresponde a uma mudança social drástica que a literatura soube espelhar e que estas peças também revelam por inteiro: do aprumo formal de Forster à conversa com anfetaminas em casa de Kerouac.

O jornalista lamenta que a nenhum jornalista tenha ocorrido, por exemplo, entrevistar escritores como Mark Twain, Herman Melville ou Walt Whitman.

“Que extraordinários documentos literários possuiríamos hoje se isso tivesse sido possível”, observa.

E sublinha que, embora “sem a 'Paris Review' tivéssemos as mesmas obras de Faulkner, Hemingway ou Borges, não teríamos a mesma imagem que temos hoje de alguns dos escritores decisivos para a arte literária no século XX”.

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publicado às 22:32


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