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Estás
sentada na soleira da porta
a meditar em qualquer coisa que
nem sabes bem
olhando as estrelas que se
colam à retina dos teus olhos.
E uma lágrima rola
por causa de uma memória, de uma saudade.
Um silêncio violento invade o teu corpo e
continuas sentada para poderes
suportar o peso das ausências.
Não é a memória que te atrapalha
mas as dores que ela contém
e que encerraste ao longo das tua vida,
num dique de paredes robustas que
estão prestes a ceder.
E a lágrima desliza suavemente pela tua alma em
direcção do coração.
E ficas em silêncio
apaziguada contigo e
com o tempo que te resta
e esperas com espantosa tranquilidade
o fim da tua jornada.