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Exilado com a família, filho de um pintor russo de "óleos inconsoláveis", Adam Lind era um fotógrafo homossexual de sucesso em Nova York, casado com uma bailarina que colecionava amantes polacos em sindicatos de transportes. Com "pendor para a trucagem", Lind registrou o próprio suicídio a bala, em fotos tiradas de diferentes ângulos num hotel, depois que o homem por quem se apaixonara havia estrangulado outro. "Essas fotografias automáticas de seus últimos momentos e das patas de leão de uma mesa não saíram muito bem; mas sua viúva vendeu-as com facilidade pelo preço de um apartamento em Paris para a revista local Pitch especializada em futebol e fait divers diabólicos", escreve Vladimir Nabokov em O Original de Laura, o manuscrito incompleto do escritor russo revelado ao mundo com estardalhaço no mês passado.