Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Israël Eliraz
O ORIENTE É UMA BOCA
1.
Levanta um dedo e aponta
o centro no qual
o rapaz (de joelhos,
à tua frente) desenha
segundo as leis da luz
e as leis do ragga,
e como ele pergunta:
"estás dentro do teu corpo
ou és
o teu corpo?"
Põe no teu caminho
uma pausa de
flores
2.
Um homem nu
levanta a alma
que levanta o corpo
à mão.
Subitamente ao corpo
falta corpo.
A boca, punho de ouro
empunha carvões de prazer.
Como uma pena,
uma mancha sobe
do calor do peito.
O que é que nasce
em ti, sem ti,
quando perguntas,
"estou mais ou menos
no centro disto?"
3.
O oriente
é uma boca
para onde te voltas
de joelhos
àprocura de matéria
mais rápida
que a luz, que o
ragga. Aprendes
com a energia do sol, com
o fruto acobreado no forno do olho:
o que há -
é isto! é o que há!
e há aquele
que antecede tudo
o que se disser
dele
e sem ele -
não somos
Poema de Israël Eliraz
ISRAEL ELIRAZ
O ORIENTE É UMA BOCA
I .
Levanta o dedo e aponta
o centro no qual
o rapaz (de joelhos,
à tua frente) desenha
segundo as leis da luz
e as leis do ragga,
e como ele pergunta:
"estás dentro do teu corpo
ou és
o teu corpo?"
Põe no teu caminho
uma pausa de
flores
2 .
Um homem nu
levanta a alma
que levanta o corpo
à mão.
Subitamente ao corpo
falta corpo.
A boca, punho de ouro
empunha carvões de prazer.
Como uma pena,
uma mancha sobe
do calor do peito.
O que é que nasce
em ti, sem ti,
quando perguntas,
"estou mais ou menos
no centro disto?"
3 .
O oriente
é uma boca
para onde te voltas
de joelhos
à procura de matéria
mais rápida
que a luz, que o
ragga. Aprendes
com a energia do sol, com
o fruto acobreado no forno do olho:
o que há -
é isto! é o que há!
e há aquele
que antecede tudo
o que se disser
dele
e sem ele -
não somos.
Poema de Israel Eliraz traduzido por Lúcia Liba Muckznik