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PINTURA DE ALEXANDRA DE PINHO
O corpo desliza no delírio, enquanto
um fruto amadurece no ventre.
O deserto sob os pés,
a cabeça deitada sobre o seio da duna descansa
da dor e da viagem.
Uma boca de areia, o milagre da água é uma miragem.
lâminas ondulantes brotam do solo quente e
formam cortinas transparentes enganando
o desejo. Obsessivo. Louco.
E o corpo continua a deslizar no delírio.
Apesar da noite, apesar do frio e
do brilho metálico sonoro das estrelas,
a certeza que dos olhos brotarão tamareiras
quando o milagre acontecer.