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De acordo com a editora (Caminho), A Arte de Morrer Longe — «história do jovem casal Arnaldo e Bárbara, lisboetas, empregados de escritório, moradores num pequeno apartamento no Lumiar e que se encontram em processo de divórcio — chegará às livrarias na segunda quinzena de Abril.
Conferência de imprensa de apresentação do programa cultural da 79º edição, hoje, às 11h, no Café Guarany, no Porto. A feira decorre entre 27 de Maio a 14 de Junho, na Avenida dos Aliados.
In Ler
Diana Athill, Sebastian Barry, Sadie Jones (na foto), Adam Foulds e Michelle Magorian estão nomeados para o Costa Book of the Year, anunciado a 27 de Janeiro, depois de terem recebido, em diferentes categorias, um dos mais importantes prémios literários britânicos.
Biografia: Diana Athill, Somewhere Towards the End (O Fim Pode Esperar - Memória Lúcida de uma Vida Intensa, editado em Setembro pela Pedra da Lua).
Romance: Sebastian Barry, The Secret Scripture (a editar este ano pela Bertrand).
Primeiro romance: Sadie Jones, The Outcast.
Poesia: Adam Foulds, The Broken Word.
Obra infantil: Michelle Magorian, Just Henry.
João Ubaldo Ribeiro, Prémio Camões 2008, acaba de assinar contrato com as Edições Nelson de Matos para a publicação em exclusivo da sua obra literária em Portugal.
O plano de edições iniciar-se-á no início do próximo ano com a publicação em simultâneo dos seus romances Viva O Povo Brasileiro (Prémio Jabuti e Prémio Golfinho de Ouro em 1985) e com A Casa dos Budas Ditosos (de 2000) e a que se seguirá, ainda antes da data de entrega do Prémio Camões 2008, o romance Miséria e Grandeza do Amor de Benedita. Até agora, João Ubaldo Ribeiro era publicado pela Dom Quixote.
Com o título «Miguel Sousa Tavares tem as suas suspeitas sobre quem lhe levou portátil com inéditos» o Público de hoje acompanha a novela do roubo em casa do jornalista: «Miguel Sousa Tavares acredita que o roubo do seu computador pessoal da sua casa de Lisboa, durante o fim-de-semana, foi um acto direccionado para prejudicar o seu trabalho. No portátil estavam os únicos exemplares completos de duas novas obras literárias que está a escrever, um conto de viagens e uma peça de teatro. O seu editor, António Lobato Faria, da Oficina do Livro, classifica o furto como "um atentado censório, à liberdade de expressão e criação de um autor".»
Diz MST: «Tenho inimigos, haverá pessoas que gostariam que eu não escrevesse mais sobre alguns assuntos, mas fazer essa associação é excessivo. […] Posso pensar em alguns suspeitos, mas não em voz alta.»
No deserto de Itabira
a sombra de meu pai
tomou-me pela mão
Tanto tempo perdido.
Porém nada dizia.
Não era dia nem noite.
Suspiro?
Vôo de pássaro?
Porém nada dizia.
Longamente caminhamos.
Aqui havia uma casa.
A montanha era maior.
Tantos mortos amontoados,
o tempo roendo od mortos.
E nas casas em ruína,
desprezo frio, umidade.
Porém nada dizia [...]
No deserto de Itabira
as coisas voltam a existir,
irrespiráveis e súbitas.
O mercado de desejos
expõe seus tristes tesouros:
meu anseio de fugir;
mulheres nuas; remoros.
Porém nada dizia [...]
Que cruel, obscuro instinto
movia sua mão pálida
sutilmente nos empurrando
pelo tempo e pelos lugares
defendidos? [...]
A pequena área da vida
me aperta contra seu vulto,
e nesse abraço diáfano
é como se eu me queimasse
todo, de pungente amor.
Só hoje nos conhecemos!
Óculos, memórias, retratos
fluem no rio do sangue [...] Senti que me perdoava
porém nada dizia.
As águas cobrem o bigode,
a família, Itabira, tudo.
Poema de Carlos Drummond de Andrade, Antologia Poética, Dom Quixote, 2001
Já sabe: a LER está nas bancas — com um conto inédito de José Cardoso Pires, que morreu a 26 de Outubro de 1998 – mas ainda parece que foi ontem que entrou na antiga redacção da LER para entregar o conto. Revisitar a obra do autor de O Delfim é ir para além de todas as páginas que escreveu. Textos de Alexandre Pinheiro Torres (recuperado da época), Pedro Tamen, João Rodrigues, Nelson de Matos, Fernando Venâncio, José Mário Silva, Filipa Melo, Inês Pedrosa e Francisco José Viegas. Fotografias de João Francisco Vilhena (que assina a bela foto da capa).
Entrevista com António Manuel Pires Cabral: o jornalista Carlos Vaz Marques deixou-se conduzir pelo poeta transmontano através das ruas de Vila Real sempre com poemas por perto – e polémicas, recordações, histórias, Camilo e Torga. E termina com um aviso: Pires Cabral tem tudo para ser uma extraordinária revelação para muita gente.
Nobel: Retratos do galardão mais cobiçado. Olhámos para a história e fizemos as nossas escolhas: os galardoados que nunca mais se recompuseram, os eternos favoritos, os que caíram no esquecimento, os que recusaram, etc. Por José Mário Silva.
José Mattoso surpreendeu-se como livro O Mito das Nações, de Patrick J.Geary — e escreve sobre isso.
Listas: Miguel Real escolhe os cinco personagens que gostaria de ter criado nos seus romances e Maria Filomena Mónica aponta, um a um, os livros da sua vida.
Rogério Casanova sobre G.K. Chesterton: Cem anos depois, a leitura de O Homem Que Era Quinta-Feira continua a ser uma boa maneira de combater a anarquia do aborrecimento, garante Casanova, que também escreve sobre Martin Amis na sua coluna Pastoral Portuguesa, onde analisa os «programas culturais» da SIC e da TVI.
A Sala do Escritor: Manuel António Pina trabalha prerencialmente de madrugada, entre gatos, livros e fotografias – à espera do «remorso» de Borges.
Frederico Lourenço. Novos Ensaios Helénicos e Alemães é o próximo livro deste escritor e tradutor premiado. Como sempre, editado pela Cotovia.
Crónicas de Abel Barros Baptista, José Eduardo Agualusa, Pedro Mexia, Eduardo Pitta, Filipe Nunes Vicente, Francisco Belard, Inês Pedrosa e Onésimo Teotónio de Almeida. Colunas sobre livros de ensaio, de Rui Bebiano, de economia & gestão, de Fernando Sobral, e infantis, de Carla Maia de Almeida.