Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
LÍDIA JORGE
A escritora portuguesa Lídia Jorge vence o Prémio da Feira Internacional do Livro de Guadalajara. É o segundo autor português a ser distinguido com este prémio. O primeiro foi António Lobo Antunes.
Lídia Jorge, 74 anos de idade, foi já distinguida com os seguintes prémios:
- Grande Prémio de Literatura dst (2019);
- Prémio Vergílio Ferreira (2015);
- Prémio Luso-Espanhol de Cultura (2014);
- Prémio Internacional de Literatura da Fundação Günter Grass (2006);
- Grande Prémio de Romande da Associação Portuguesa de Escritores (2002);
- Prémio Corrente d'Escritas (2002)
- Prémio Jean Monet de Literatura Europeia (2000);
- Prémio D. Diniz da Casa de Mateus (1998).
«O Dia dos Prodígios», de 1989, foi o primeiro livro de Lídia Jorge.
O Prémio Vergílio Ferreira 2015 foi atribuído à escritora Lídia Jorge. Este galardão incide sobre o conjunto da obra de um autor que se tenha distinguido nos domínios da ficção ou do ensaio.
EDUCAÇÃO: ponto da situação por Lídia Jorge
Nestes tempos de furor autoritário e de cárcere Sócratista, em que tudo e todos estão reféns da charamela do novo Partido Popular (moderado), é grato ler alguém que ouse ir contra essa bravata do"grande reformador" que os zeladores da ordem e da situação apodam ao "grande educador" Sócrates
Os docentes foram, durante o ano que passou, a única "tribo" a repudiar tais teorias postas a correr por gente ignorante e sem escrúpulos, alguns com copiosos interesses no sistema e no pensamento único. E a única classe profissional a exercer, em plenitude, oexercício de cidadania.
A discrição do intelectual nativo, neste assunto da resistência da classe docente contra o fim da Escola Pública e da Educação, foi total. Não se ouviu do repertório intelectual indígena, curiosamente sempre alvoroçado em abaixo-assinados & outras ilustradas sentenças, nenhuma posição sobre os atropelos do Ministério da Educação contra a classe mais ilustrada do país. E que sempre, com elevada solidariedade, esteve ao lado dos que lutam contra o medo, pela democracia contra o despotismo, pela liberdade contra a ignorância. O desprezo de toda essa corja de putativos intelectuais pelos cidadãos, passado o tempo da ditadura e agora muito bem instalados na vidinha, explica em parte as décadas de atraso cultural (social e económico) deste malfadado país.
Por isso o desagravo da escritora Lídia Jorge [Público, 9 de Janiero de 2008, p. 38] soou alto, nesta miséria caseira. Por isso, o texto que corajosamente ofereceu a este colégio interno onde habitamos, foi generoso e até, mesmo, benevolente. E por tudo isso, merece ser lido e reflectido. E arquivado.
Nota :
clicar no Fullscreen para ler tudo.