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Para receberem a alegria de um raio puro
os homens seguiam a direcção do vento
e nas mãos obscuras erguiam as silenciosas colunas
que edificavam a terra
Era o azul no centro e povoado de astros
e na arca da noite os cavalos e as serpentes
atravessavam os espelhos e bebiam o esplendor
como um fruto inteiro de argila e fogo
Repousavam no horizonte entre um ribeiro e um bosque
e nas suas sombras agurdavam os tesouros das constelações
O seu ritmo natural era o ritmo do universo
e eram seres recém-nascidos navegando nas veias
de um corpo paradisíaco
poema de antónio ramos rosa - lâmpadas com alguns insectos - Edição: Pedra Formosa Edições, 1992