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# 1935 - "Viagem Literária", uma iniciativa da Porto Editora

por Carlos Pereira \foleirices, em 10.04.15

Bragança vai ser, dia 25 de abril, palco da primeira etapa de "Viagem Literária", uma iniciativa que pretende fomentar o gosto pela leitura e pelo pensamento e que, neste dia, contará com as participações dos escritores Luís Sepúlveda e Valter Hugo Mãe.

O espaço escolhido para este encontro, que se inicia pelas 17 horas, é o Teatro Municipal da cidade. As entradas são gratuitas.

Pela primeira vez, um evento literário compromete-se a, mensalmente, percorrer o país, de norte a sul, do litoral ao interior, passando pelos Açores e pela Madeira, indo ao encontro dos leitores e desafiando-os para uma viagem na qual participarão grandes nomes da literatura.

A "Viagem Literária", uma iniciativa apresentada, esta quinta-feira, pela Porto Editora, vai acontecer em 18 cidades e terminará em Viana do Castelo, em setembro do próximo ano. De fora ficam Lisboa e Porto, "vincando-se assim a projeção nacional deste evento que pretende envolver os públicos que, regra geral, não têm acesso à mesma oferta cultural que existe nos dois maiores centros urbanos", sublinham os organizadores.

A ideia da "Viagem Literária" é a de que, em cada cidade estejam dois escritores à conversa, tendo como moderador o jornalista João Paulo Sacadura.

A Porto Editora esclarece que "os espaços em que decorrerão as sessões serão, preferencialmente, os teatros municipais, por forma a permitir a participação de centenas de leitores", e que "os bilhetes serão gratuitos".

Depois de Bragança, a "Viagem Literária" vai passar por Vila Real, Viseu, Guarda e pelas restantes cidades, só terminando em Viana do Castelo, em setembro de 2016. Confirmadas estão já as participações de autores como Laurentino Gomes, Richard Zimler, Francisco José Viegas, José Eduardo Agualusa, José Rentes de Carvalho, Miguel Esteves Cardoso, Rosa Montero e Gonçalo M. Tavares, numa lista que vai crescer e que, a seu tempo, será atualizada.

In "Jornal de Notícias", por Ana Vitória

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publicado às 19:24


#1910 -Livraria Lello no topo das livrarias mais estilosas do mundo

por Carlos Pereira \foleirices, em 21.01.15

 A revista "Travel + Leisure" colocou a Lello, no Porto, no topo da lista das 15 livrarias mundiais mais estilosas (cool, em inglês), referindo que o átrio coloca o enfoque na escadaria encarnada, "espetacular o suficiente para te fazer parar".

 

In "JORNAL DE NOTÍCIAS"

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publicado às 15:30


#1722 - Constituição a pedido

por Carlos Pereira \foleirices, em 30.07.12

 

O presidente do BPI, Fernando Ulrich, já classificara a decisão do TC que confirmou a inconstitucionalidade dos confiscos dos subsídios de férias e Natal a funcionários públicos e pensionistas de "negativa", "perigosa" e "inaceitável". Agora é o presidente do BCP, Nuno Amado, a clamar que foi "uma decisão muitíssimo infeliz".

 

A banca (falta conhecer a opinião de Ricardo Salgado, do omnipresente BES, para o ramalhete ficar completo) não só tem enormes responsabilidades na crise como tem sido beneficiária da maior parte dos sacrifícios que, a pretexto dela, vêm sendo impostos aos portugueses. Mas a banca quer mais do que o seu financiamento com a "ajuda" que a 'troika' cobra ao país em desemprego, fome e miséria ou do que a destruição do SNS que alimenta os seus negócios na Saúde, a banca quer também uma Constituição "sua", já que a Constituição da República se revela, pelos vistos, "negativa", "perigosa", "inaceitável" e "muitíssimo infeliz" para os seus interesses.

 

Nem Ulrich nem Amado o escondem: "É premente alguma revisão da Constituição" (Amado), e a decisão do TC pode "justificar a discussão de uma revisão constitucional, o que até seria positivo" (Ulrich).

 

Numa democracia que cumprisse os serviços mínimos, os desejos de dois banqueiros valeriam apenas dois votos. Não tardará que vejamos quanto valem num regime do género "que se lixem as eleições".

 

 

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publicado às 19:55


#1694 - Incompetência ou fraude?

por Carlos Pereira \foleirices, em 15.05.12

 

A notícia ontem conhecida segundo a qual as remunerações dos gestores das principais empresas cotadas subiram 5,3% em 2011 enquanto o salário médio dos trabalhadores (dos privilegiados que ainda têm trabalho e salário) baixou quase 11%, apenas confirma - se isso precisasse de confirmação - a quem está o Governo a cobrar os custos da "crise" e contra quem é dirigida a política de "empobrecimento" de que fala o primeiro-ministro.

 

Cresceu igualmente o fosso da desigualdade entre salários de topo e de base: em 2010, os executivos recebiam 37 vezes mais do que os trabalhadores; em 2011, com a propalada "austeridade para todos", essa diferença aumentou... para 44 vezes.

 

Tudo isto nos deveria levar a cotejar "as propostas (...) para levar a cabo e as medidas que (...) são para cumprir", do programa eleitoral do PSD com o que o PSD fez mal chegou ao poder.

 

Se tudo o que o PSD prometeu sob "compromisso de honra" a que "não faltaremos em circunstância alguma", foi, como assegura o programa, "estudado, testado e ponderado", é de temer que notícias como a referida (ou como os catastróficos números do desemprego e da pobreza) sejam resultado, não apenas de incompetência e pusilânime servilismo ante as forças financeiras de (não tenhamos medo da palava) ocupação, mas de fraude premeditada.

 

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publicado às 11:48


#1690 - A fé que move montanhas

por Carlos Pereira \foleirices, em 09.05.12

 

A fé cega de Vítor Gaspar em que a receita neoliberal que aprendeu nos livros (mais empobrecimento dos pobres e mais enriquecimento dos ricos) resolverá, se o Deus Mercado quiser, todos os problemas do país é de tipo mágico e não de tipo racional, a versão em economista do mito infantil segundo o qual, se acreditarmos muito numa coisa, ela acabará por realizar-se. 

 

Da História, tal tipo de fé aproveita apenas aquilo que a reforça, ignorando tudo o que a contraria: se funcionou no Chile de Pinochet, porque não há-de funcionar em Portugal?; ou: "Portugal não é a Grécia". E o mesmo da realidade: ainda há dias, uma descida episódica dos juros da dívida pública era um "sinal" de que vamos no bom caminho, agora que os juros voltaram a subir, isso já não é sinal de coisa nenhuma.

 

O método até pode, sabe-se lá, vir a dar certo. Pelo menos deu certo com aquele personagem de Carl Sandburg que comprou o 42 na Lotaria, anunciando que era nesse número que iria sair a "taluda" e que, quando o 42 de facto saiu, perguntado se acertara por palpite ou se usara um método, respondeu algo do género: "Usei um método científico: atirei ao ar o álbum de família e ele caiu aberto na página 7, onde estavam as fotos do meu avô e da minha avó. O meu avô e a minha avó ambos na página 7, estão a ver? Ora 7 vezes 7 são 42..."

 

JN

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publicado às 11:58


#1662 - "Nos países desenvolvidos"

por Carlos Pereira \foleirices, em 19.04.12

 

É conhecida a anedota da singular noção de causalidade daquele investigador que cortou as patas a uma rã e lhe disse: "Salta!"; e que, como a rã não saltasse, concluiu que, quando se cortam as patas às rãs, elas deixam de ouvir. 

 

Ocorreu-me essa história ao saber do estudo que sustenta mais uma nova redução das indemnizações por despedimento que o ministro Álvaro (quem haveria de ser?) anunciou que levará à Concertação Social, estudo que conclui que... nos países desenvolvidos indemnizar trabalhadores despedidos não é obrigatório. Assim, acabam-se com as indemnizações por despedimento e, zás!, passamos a "país desenvolvido". E poder-se-ia ainda aumentar também os salários para os níveis praticados nos países desenvolvidos e então é que ficaríamos tão desenvolvidos, ou mais, que os países desenvolvidos. A ideia, no entanto, não ocorreu ao ministro Álvaro, como não lhe ocorreu a ideia de se demitir, pois nos países desenvolvidos ninguém salta da blogosfera para ministro...

 

mesma provinciana lógica causal foi recentemente invocada pelo secretário de Estado da Saúde para justificar uma nova cruzada antitabagista: nos países desenvolvidos - mais um esforço, portugueses, se quereis ser nova-iorquinos! - é proibido fumar na rua, no automóvel, na própria casa de cada um.

 

E, já agora, por que não restaurar também a pena de morte, seguindo esse exemplo extremo de país desenvolvido que são os Estados Unidos?

 

Crónica de Manuel António Pina in 

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publicado às 19:15


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