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#1612 - os sem-abrigo não vão sair de casa.

por Carlos Pereira \foleirices, em 08.02.12
A secretária de Estado da Saúde francesa escreveu, a propósito da vaga de frio: «as pessoas mais vulneráveis devem evitar sair de casa, sobretudo os sem-abrigo, as crianças e os idosos». Isto não é uma gaffe. É um modo de pensar da maior parte dos governantes na Europa. A sua «zona de conforto» está distante da realidade. Os «sem-abrigo» são uma categoria estatistica, como «os jovens desempregados» ou os «reformados» ou o «salário minimo». Eles não sabem que os sem-abrigo não têm casa, como não sabem como conseguem viver os desempregados ou, mesmo os que trabalham, mas que recebem o salário minimo. Eles não fazem a menor ideia. É por isso que dizem que  todos eles «vivem acima das suas possibilidades» e, por isso, ainda os empobrecem mais.



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publicado às 21:52


#1567 - Leitura de outros blogs

por Carlos Pereira \foleirices, em 11.01.12
Prostituta é presa após morder o pénis de um cliente.

 

 

Leio os jornais: Eduardo Catroga está reformado e aufere uma pensão de reforma de cerca de 10 000 euros por mês. Leio os jornais: Eduardo
Catroga foi convidado pelos «accionistas» da EDP para um cargo qualquer, onde vai auferir a quantia de 45 000 euros por mês. Primeiro, um país em que isto acontece, já não é um país é uma choldra imunda; segundo, os milhões de portugueses que recebem o salário mínimo, e pensões de reforma miseráveis (o equivalente ao que os Catrogas deste regime entregam de gorjeta no restaurante), ou os desempregados têm o legítimo direito de pregarem fogo a este palheiro; terceiro, a luta de classes, na época em que vivemos, é de todo um povo contra
as castas que vivem, como vampiros, à custa do sangue dos outros; quarto, quando pago a factura de electricidade só me vem à memória a notícia:
prostituta é presa após morder o pénis de um cliente. Só que nesta história de
prostitutas ninguém é preso. O regime abandalhou-se a este ponto. Paz à sua alma! 



Por Tomás Vasques às 15:17

Post retirado do blog "Hoje há conquilhas amanhã não sabemos"

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publicado às 20:58


#1546 - Os novos descamisados.

por Carlos Pereira \foleirices, em 07.12.11

Hoje quase ninguém tem dúvidas sobre o desastre iminente do Euro e da União Europeia. Nem sequer aqueles que, no último ano meio, Cimeira após Cimeira, se congratulavam com as «decisões históricas» aí tomadas. Independentemente das decisões e dos rumos que forem tomados na próxima Cimeira de 8 e 9 de Dezembro, já desenhados no discurso da chanceler alemã, no Bundestag, onde os destinos dos povos europeus passaram a ser tratados, uma coisa é certa: mesmo que seja travada a implosão do Euro – o que ainda não é um dado adquirido –, a UE deixará de ser um espaço de solidariedade e do bem-estar social. No mínimo, durante a próxima década, a Europa será governada por Berlim; viverá em empobrecimento profundo e acelerado, com a destruição massiva de direitos, nomeadamente na área do Trabalho, na Saúde e na Educação, e com uma forte tentação para soluções governativas anti-democráticas. A Europa que conhecemos até aqui está a ser engolida pelas suas contradições e incapacidades políticas e, sobretudo, pelo poder do sistema financeiro.

 

(Ler mais )



Por Tomás Vasques às 09:08 - Hoje há conquilhas amanhã não sabemos

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publicado às 18:41


#1410 - Leitura de outros blogs

por Carlos Pereira \foleirices, em 16.06.11
Telegrama.

A Grécia está a ferro e fogo, na rua. Atenas está paralisada. Primeiro-ministro com apoio maioritário no parlamento propôs demitir-se para dar espaço à formação de um governo de salvação nacional. A Europa ignora. A Alemanha está, há um século, sempre na origem das grandes catástrofes europeias. Estamos a avançar perigosamente para o momento em que haverá uma inversão de situações: os mercados vão ter de pagar as dívidas dos Estados. E com juros. Altíssimos. Os povos, as nações e os Estados não acabam. Os «mercados» podem acabar.

 

 


Por Tomás Vasques, do blog "Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos"

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publicado às 22:16


#1174 - Leitura de outros blogs

por Carlos Pereira \foleirices, em 04.02.10
 
Big Brother.

Leio nos jornais que o PS se prepara para apresentar um projecto de Lei que, a ser aprovado, colocará on-line os rendimentos brutos anuais de todos os cidadãos portugueses contribuintes. O combate à corrupção só pode acabar num grande big brother. Já se perdeu a noção de direitos individuais, de privacidade. Não vão acabar com a corrupção, mas vão acabar com as sociedades democráticas.

Adenda:

«Francisco Assis, líder da bancada parlamentar do PS, deixou hoje cair uma proposta que três deputados socialistas e vice-presidentes da bancada tinham feito com o objectivo de tornar públicos os rendimentos dos contribuintes.»

Adenda 2: Desculpem-me a ousadia. Não sei se alguém chamou louco ao Mário Crespo ou não, mas isso não é relevante, porque de louco todos temos um pouco. Mas, digo eu, se Strecht Ribeiro, deputado do PS, produziu mesmo esta afirmação, pode ser desde já internado, com dispensa de exames médicos:

 

«Parece-nos razoável que, sendo nós um imenso condomínio de 10 milhões, cada um de nós saiba a permilagem de cada um dos outros para sabermos se há um efectivo contributo que corresponda àquilo que é o bocado que temos neste imenso latifúndio»



Por Tomás Vasques, autor do blog 'Hoje há conquilhas amanhã não sabemos'

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publicado às 13:06


#1146 - Leitura de outros blogs

por Carlos Pereira \foleirices, em 24.01.10
O deboche.

Escutas a Pinto da Costa foram colocadas no Youtube. Há gente no Ministério Público que já há muito tempo que entrou em rota de colisão com o Estado de Direito (recuso ouvir estas escutas, como recuso piratear filmes na internet).

 

Post retirado do blog de Tomás Vasques "Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos"

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publicado às 22:56


#1040 - António Aleixo.

por Carlos Pereira \foleirices, em 20.11.09
António Aleixo.

 

Fez anteontem 60 anos que morreu António Aleixo, o mais conhecido poeta popular algarvio. Homem pobre, nobre e de uma grande sabedoria. Aqui ficam 5 quadras em sua memória.

 

Tu, que tanto prometeste

Enquanto nada podias,

Hoje que podes – esqueceste

Tudo quanto prometias…

 

Os que bons conselhos dão

Às vezes fazem-me rir,

- Por ver que eles próprios são

Incapazes de os seguir.

 

P'ra a mentira ser segura

e atingir profundidade,

tem de trazer à mistura

qualquer coisa de verdade.


Que importa perder a vida

em luta contra a traição,

se a razão, mesmo vencida

não deixa de ser Razão.


Embora os meus olhos sejam

os mais pequenos do Mundo,

o que importa é que eles vejam

o que os homens são no fundo.

 



Por Tomás Vasques às 18:34  do Blog "Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos"

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publicado às 00:20


Histórias de um país do sul da europa

por Carlos Pereira \foleirices, em 12.05.09

Uma miragem chamada Europa.

 

Há meia dúzia de dias, por volta das sete da tarde, fui «levantar» dinheiro a um Multibanco. Estava completamente sozinho, sem ninguém à vista. Prestes a terminar a operação, alguém chegou e colocou-se atrás de mim. Era um homem de oitenta e tal anos, um típico camponês do barrocal algarvio. Ao retirar-me, ele pediu-me um favor: passou-me para a mão um cartão Multibanco, deu-me um pequeno papel branco onde estava escrito o código e pediu-me para lhe levantar vinte euros. Ainda esbocei uma crítica à sua imprudência, mas desisti perante a ingenuidade da resposta: já não vejo bem. Fiz a operação, entreguei-lhe o cartão, o papel com o código, o dinheiro, o talão do recebimento e parti, enquanto ele contava as 4 notas de cinco euros. Hoje, ao ver a primeira meia-hora do «debate» (medidas contra o crescimento do desemprego) com os candidatos às europeias, na RTP1, lembrei-me do bom homem que me abordou no Multibanco. Nem um dos candidatos lhe dirigiu uma frase, uma palavra que ele entendesse. O abismo entre os eleitos e os eleitores, sobretudo as pessoas «simples» do interior do país, está irremediavelmente cavado e ainda é mais visível nos temas «europeus». Todos os candidatos falam num «dialecto» esquisito, como se estivessem a falar para os seus pares, no Parlamento, na Universidade, na redacção de um jornal. Um desastre!



Por Tomás Vasques às 23:57

Do Blog "Hoje há conquilhas,  amanhã não sabemos"

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publicado às 17:28


Mais Estado?

por Carlos Pereira \foleirices, em 04.03.09

Não há Simplex que resista à cegueira e à prepotência de um Estado que nos ofende e envergonha. Querem mais Estado para isto (não se esqueçam que «tudo isto» é obra de pessoas: «agentes da Administração Pública»):

 

«Um contribuinte, pensionista e portador de deficiência, perdeu os benefícios fiscais devido a uma alegada dívida de 1,97 euros referente ao Imposto Municipal sobre a Transacção de Imóveis. A dívida nem sequer existia, como o fisco acabou por reconhecer. Para resolver o problema, o contribuinte de Viseu teve que contratar um advogado e colocar uma acção no Tribunal Administrativo e Fiscal.» (Público, 04.03.09)

 


Post escrito por Tomás Vasques, autor do blog "Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos"

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publicado às 18:34


Leitura de Outros Blogues

por Carlos Pereira \foleirices, em 12.01.09

Despedidas.

 

 

Cruzamo-nos nos anos noventa por vicissitudes do destino, tal como nos descruzamos pelos mesmos motivos. Nele, a velha discussão entre a forma e o conteúdo perdia sentido porque uma correspondia à outra. Como jornalista, disse o que tinha dizer num texto derradeiro e lúcido: «o jornalismo contém em si uma epistemológica contradição. Como historiadores do instante, os jornalistas fabricam a memória, mas, incapazes de reter a História do Jornalismo (que não é a mesma coisa que a História da Imprensa), fabricam em simultâneo o seu próprio esquecimento. Na avidez na notícia, vampirizam o presente, e o presente paga-lhes na mesma moeda: jornalista que deixe de escrever deixa de existir, para em breve nunca sequer ter existido». Aos poucos, um a um, os bons vão-se embora. Assusta-me o futuro sem estes amigos que nos deixam por aqui.


Post retirado do blog "Hoje há conquilhas amanhã não sabemos"

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publicado às 18:36


Más notícias para os neo-liberais

por Carlos Pereira \foleirices, em 09.09.08

A Administração republicana, de Bush, nacionalizou – sim, nacionalizou – os dois grandes bancos norte-americanos especializados em crédito à habitação, antes que fossem nas águas da chuva. Uma operação que custou aos cofres do Estado – aos contribuintes, digo eu – cerca de 170 000 milhões de euros (cento e setenta mil milhões de euros). A partir daqui, a tradição deixou de ser o que era.

 

Post retirado do blog do Tomás Vasques "Hoje Há Conquilhas, Amanhã não sabemos"

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publicado às 23:45


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