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Eu sei que a palavra dita corrompe a palavra escrita e as estações, sítios de embarque e desembarque, abraços e despedidas ou simplesmente de passagem.
Eu sei quando os rostos diurnos revelam os excessos da noite comprida, e que um sorriso pode ser amarelo, vermelho ou de um branco complacente.
Eu sei que o sol nasce todos os dias, acorda sempre do mesmo lado e, às vezes, de humores difíceis e que a corrupção é o pecado original do homem aquando da perda da sua inocência; e o seu fim só com o seu fim. Alguém conhece outra maneira?
Eu sei que a nudez não é uma estátua e que ter um pensamento fora do estabelecido é, em alguns casos, passível de causar a morte.
Eu sei que é bom regressarmos aos lugares onde já fomos felizes e que uma mentira mil vezes repetida continuará a ser uma mentira.
Eu sei que um pássaro todos os dias me espreita da janela do meu quarto.
Eu sei que é um delator.