Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Todos os anos há violentos incêndios, há violentas inundações.
Chegou o momento do ajuste de contas, de medir forças, de contar espingardas; é tempo de eleições. E as desgraças muito recentes vão servir, infelizmente, esse propósito.
Os partidos da oposição vão esquecer que já foram poder e olvidaram os conselhos sábios e avisos prudentes de pessoas eminentes nas áreas da floresta e ordenamento territorial, e vão exigir com algazarra que as cabeças comecem a rolar.
O partido no poder vai defender-se acusando, quem os acusa, de nada terem feito, e de aproveitamento da desgraça para obterem proveito.
Inquéritos vão ser abertos - pura perda de tempo - ninguém vai ser culpado e condenado: é o costume. A culpa é sempre da responsabilidade não se sabe muito bem de quem, ou, então, se se descobre um culpado o processo é arquivado por falhas processuais.
É tempo de eleições, a seguir ao Verão. Vai ser o tempo das promessas mil vezes prometidas, vai ser o tempo da caça ao eleitor. Todos os anos a floresta arde. Todos os anos há inundações. E há, e haverá sempre vítimas para vergonha nossa.
E as velhas políticas com ou sem novos protagonistas irão continuar de incêndio em incêndio, de juramento em juramento, de acusação em acusação até acontecer uma desgraça maior.
As rotas dos caçadores de votos.