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Para o Tó e para Lu, algures no continente americano, com muito carinho.
Um sítio online dedicado à arte contemporânea, Blablart.com, acaba de ser criado para dar acesso a 10 mil museus e galerias de todo o mundo.
Os fundadores do projecto são três: a jornalista portuguesa Maria Manuel Stocker, a curadora madrilena Helena Tatay e o "web master" catalão Alberto Lucas, que apostaram em construir "um site útil e actual", com informação sobre o sector proveniente de uma centena de países.
Em declarações à Agência Lusa sobre o Blabart, Maria Manuel Stoker justificou que esta iniciativa resultou da constatação de que "não havia um único sítio na internet onde fosse possível visitar o mundo da arte contemporânea na sua globalidade".
"Há muitos sítios de arte contemporânea mas estão orientados por zonas geográficas, ou com um grande foco nos dois lados do Atlântico – Londres, Nova Iorque, Paris - ou então concentrados apenas no mercado americano", observou. Maria Manuel Stocker comentou que "todo o desenvolvimento do mercado da arte contemporânea na Índia, China, Coreia, Japão, Austrália, Brasil e Médio Oriente não tem grande repercussão nos sítios existentes, que se concentram em divulgar apenas as grandes galerias internacionais com representação em Deli ou em Pequim". Verificada esta "falha de informação organizada" no sector da arte contemporânea, o grupo procurou soluções que conjugassem simplicidade e, ao mesmo tempo, "um máximo de interactividade entre os utentes e o uso das tecnologias de imagem sofisticadas, dado que a imagem é fundamental na arte". O grupo decidiu criar o Blablart.com - de acesso gratuito para quem nele se inscreve – para permitir "a qualquer pessoa visitar as galerias e museus do mundo sem sair do sofá, e com poucos clickes". É dirigido sobretudo a profissionais da arte, galeristas, curadores, artistas, que poderão comunicar entre si dentro da plataforma e dar conhecimento à comunidade global das suas exposições, eventos e obras. O Blablart é composto por um directório (intitulado "The Art World") com museus e galerias de cerca de uma centena de países, que demorou dois anos a criar. Contém ainda uma rede de comunicação ("Who´s On") entre todas as galerias e museus que fazem parte do directório, mas também aberta a artistas, coleccionadores ou qualquer pessoa interessada em arte. O "Talk Art" está aberto a quem quiser debater a arte contemporânea online, em qualquer língua, tal com o sítio, que tem a possibilidade de ser lido em tradução Google em dezenas de idiomas. A primeira página do Blabart tem também uma secção de notícias actualizadas regularmente que cobre galerias, museus, colecções e também artes performativas. Maria Manuel Stocker considera que o sector da arte contemporânea pode beneficiar da forma como o sítio está organizado, "dado o crescimento global do mercado e o interesse também óbvio do público pela cultura". "O Blablart permite a alguém no sul da Índia visitar os museus do Canadá, as colecções brasileiras ou as galerias de Berlim, sem ter que as procurar uma a uma em sítios díspares", exemplificou. Segundo a jornalista portuguesa, o projecto começou sem financiamento, mas no ano passado a empresa Energies Nouvelles deu um apoio à execução e o sítio foi concretizado. Actualmente, o grupo procura patrocínios e publicidade de empresas e serviços desde as energias limpas às seguradoras ou telecomunicações e empresas ligadas ao turismo, "com mais vocação para se anunciarem nas páginas das cidades".
A entrevista ao Ministro da Cultura foi uma manifestação deprimente da pobreza dos objectivos do Governo.
O escritor Vasco Graça Moura defendeu hoje que o primeiro-ministro não faz “a mínima ideia” do que seja política cultural, depois de Sócrates ter apontado como um erro do Governo a ausência de um maior investimento na Cultura.
“Não me parece que ele tenha descoberto a pólvora vindo agora dizer isso: um Governo como o dele, que decapitou o Teatro de São Carlos mandando embora o Pinamonti, o Teatro Nacional D. Maria II mandando embora o António Lagarto e o Museu Nacional de Arte Antiga mandando embora Dalila Rodrigues mostra bem que o primeiro-ministro não só nunca prestou atenção nenhuma à Cultura, como não faz a mínima ideia do que seja política cultural”, disse hoje à Lusa Vasco Graça Moura.
Empresa de obras públicas de Braga promove, juntos dos seus trabalhadores idas ao teatro e organiza simpósios de escultura.
A primeira inciativa da empresa, hà 14 anos, foi a instituição de um Prémio Literário
inicialmente dirigido apenas a autores do distrito de Braga. O concurso adquiriu dimensão nacional há três anos (distinguindo os escritores Nuno Júdice, Filomena Marona Beja e Gastão Cruz) e hoje atribui um prémio monetário no valor de 15 mil euros, superior, por exemplo, ao galardão da Associação Portuguesa de Escritores.
Esta notícia pode ser lida na secção de cultura do "JN", de hoje.