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#2429 - CÂNTICO DA JUVENTUDE CONDENADA

por Carlos Pereira \foleirices, em 05.06.17

WILFRED OWEN (1893-1918)

 

CÂNTICO DA JUVENTUDE CONDENADA

 

Que sinos dobram por estes que morrem como gado?

- Apenas a monstruosa ira das armas.

Apenas o estrépito veloz do  gaguejar das espingardas

Lhes pode recitar maquinalmente apressadas preces.

Por eles não há agora motejo; nem orações nem sinos,

Nem nenhuma voz de pranto a não ser a dos coros -

Coros estridentes e loucos de granadas lastimando-se;

E clarins reclamando-os em terras tristes.

 

Que velas se poderão acender para os apressar a todos?

Não nas mãos dos rapazes, mas nos seus olhos

Brilharão os sagrados lampejos das despedidas.

Os rostos pálidos das raparigas são as suas mortalhas;

As suas flores, a ternura de mentes resignadas,

E cada lento anoitecer um cerrar de persianas.

 

Poema do poeta inglês Wilfred Owen

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Wilfred Edward Salter Owen (18 de março, 18934 de novembro, 1918) foi um poeta e militar inglês (Plas Wilmot, Shropshire, 1893-Batalha de la Sambre, 1918). Estudou nas Universidades de Liverpool e Londres, e veio a morrer em combate, sete dias antes do armistício. As suas elegias sobre a guerra — Poems — publicadas por S. Sassoon em 1920, revelam-nos um poeta, na linha de Keats, de gosto depurado e pleno de autenticidade, que veio a exercer um fascínio decisivo na poesia inglesa da década de 30. Alguns dos seus poemas inspiraram o War Requiem de B. Britten.

 

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publicado às 21:06


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