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Alberto Manguel nasceu em 1948, em Buenos Aires, e cresceu em Telavive e na Argentina. Tem como línguas maternas o inglês, o espanhol e o alemão (que aprendeu com a ama).
Aos 16 anos, trabalhava na livraria Pygmalion, em Buenos Aires, quando Jorge Luis Borges lhe pediu que lesse para ele em sua casa. Foi leitor de Borges entre 1964 e 1968. Frequentou o Colegio Nacional de Buenos Aires e, em 1968, mudou-se para a Europa. Viveu em Espanha, França, Itália e Inglaterra, ganhando a vida como leitor e tradutor para várias editoras.
Editou cerca de uma dezena de antologias de contos sobre temas tão díspares como o fantástico ou a literatura erótica. É ensaísta, romancista premiado e autor de vários best‑sellers internacionais, como Dicionário de Lugares Imaginários (2013) ou Uma História da Curiosidade (2015), ambos publicados pela Tinta-da-china. É actualmente cidadão canadiano e foi director da Biblioteca Nacional da Argentina entre 2016 e 2018. Foi galardoado com o Prémio Formentor das Letras em 2017.
George Steiner chamou-lhe "O Don Juan das Bibliotecas". Bibliófilo, Alberto Manguel decidiu doar a sua fabulosa colecção de 40 000 volumes à cidade de Lisboa e cuja biblioteca irá funcionar no palacete dos Marqueses de Pombal, na Rua das Janelas Verdes. Neste espaço funcionará, além da biblioteca, um Centro de Estudos sobre História da Leitura.
Biblioteca da Universidade de Coimbra (1290), Portugal
Ao longo de toda a existência, o homem sempre buscou formas de perpetuar o seu conhecimento e transmiti-lo a gerações futuras. O que seria da história ou do conhecimento se os episódios e vicissitudes da humanidade não estivessem escritos e armazenados em algum lugar? Simplesmente seriam factos que muito rapidamente se tornariam lendas.
Todos nós temos um local que nos fascina. Um local que possui uma aura quase mágica que nos faz pensar e reflectir sobre os mais diversos aspectos. Um dos locais que mais me fascina e atrai é uma biblioteca antiga, cheia de livros e conhecimento. Percorrer o mesmo local que alguém percorreu há centenas de anos, prateleira após prateleira, armário após armário, com livros que outrora foram a única porta aberta para o conhecimento e evolução da própria humanidade é uma experiência arrebatadora.
Saber que alguns dos livros de uma biblioteca foram outrora folheados por alunos e mestres que muito possivelmente alteraram a realidade humana através dos seus contributos em áreas como a medicina, filosofia, engenharia ou poesia, torna toda a experiência de estar num local destes, no mínimo, fascinante.
Deixo-vos algumas imagens destas fantásticas salas de conhecimento.
Real Gabinete Português de leitura (1837), Rio de Janeiro, Brasil (talvez um dos espaços mais cativantes)
Biblioteca Abbey (613), Suíça
Biblioteca do Palácio e Convento de Mafra (1715), Portugal
Biblioteca Strahov (1143)- Sala Teológica - Praga, República Checa
Biblioteca George Peabody (1857), USA
Biblioteca do Mosteiro Beneditino (1074), Áustria
Biblioteca do Mosteiro de Melk (1089), Áustria
Biblioteca Sansovino (1560), Roma
Biblioteca do Colégio de Trinity (Séc. XVI), Dublin, Irlanda
Biblioteca do Vaticano (Séc. IV), Vaticano, Roma
Biblioteca Nacional de Áustria (1493), Vienna, Áustria
Biblioteca Klementium, Praga, Republica Checa
publicado em artes e ideias por benjamin júnior
Leia mais: http://obviousmag.org/archives/2007/11/as_fantasticas.html#ixzz1lpOV3Qq0
World Digital Library será apresentada hoje de manhã na sede da UNESCO, em Paris, durante uma conferência de imprensa.
A partir de hoje, o acervo de diversas bibliotecas e arquivos mundiais estará reunido num só site. A plataforma, de nome World Digital Library (Biblioteca Digital Mundial), será apresentada pelas 11.00 na sede da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura), em Paris. Depois, no endereço www.worlddigitallibrary.org poderão ser consultados, gratuitamente, livros e manuscritos, mas também mapas, gravuras, fotografias e pinturas, bem como partituras ou filmes.
O português é uma das sete línguas em que o site estará disponível, juntamente com o inglês, o francês, o espanhol, o chinês e o russo. Não obstante, as bibliotecas e arquivos nacionais decidiram ficar de fora desta iniciativa. Todos os materiais em língua portuguesa disponíveis na nova plataforma digital foram por isso doados por instituições do Brasil.
Apesar do projecto ter a chancela da UNESCO, a ideia partiu de James Billington, director da Biblioteca do Congresso dos EUA, que em 2005 o apresentou aos responsáveis por aquela organização da ONU. O objectivo é não só facilitar o acesso a um vasto leque de objectos e materiais, mas também promover valores como a diversidade linguística e cultural, unindo os vários povos e, simultaneamente, reduzindo o "fosso digital" entre os países desenvolvidos e o Terceiro Mundo.
De acordo um comunicado da UNESCO, o projecto visa ainda aumentar a qualidade e a variedade da oferta cultural na Internet, através da divulgação de materiais que poderão ser utilizados por "professores e académicos, mas também pelo grande público". Para atingir estes objectivos, e desenvolver a nova plataforma, a Biblioteca do Congresso (EUA), colaborou com 32 outras instituições internacionais, incluindo a Biblioteca de Alexandria.
Entre os artigos que a partir de hoje poderão ser encontrados online encontra-se o Codex Giga, cedido pela Biblioteca Nacional da Suécia e considerado o maior manuscrito medieval. A Biblioteca Nacional do Brasil, por outro lado, cedeu algumas das mais antigas fotografias da América Latina, bem como mapas e obras cartográficas da época dos Descobrimentos.