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A mente separada do corpo
vagueia por etéreas estrelas,
mas o corpo, matéria frágil,
decadente,
vagueia por esquinas de pedra,
medo
raiva
pecado,
sem sentido, desnorteado, à procura do nada.
olhos já cegos, as lágrimas que secaram
os pés que choram em
sapatos desassossegados
já disformes de tanto cansaço
tropeçam em corpos semelhantes
tão famintos
esfarrapados
silenciosos
que não se queixam,
já não se importam
as dores às vezes esquecidas no
fundo de uma garrafa.
As mãos ainda arregassam a alma,
e espantam, às vezes, o esquecimento;
outras vezes,
um sorriso infantil em noite de natal,
a desesperança na esperança de saber
o nome por que o chamarão
não importa se amanhã
mas esse dia,
num amanhã qualquer
acabará por acordar