por Carlos Pereira \foleirices, em 17.10.08
Os Estados Unidos tornaram a matar o n.º 2 da al-Qaeda no Iraque. É a sétima ou oitava vez que o matam. Não sei quantas vidas terá o homem, mas, por este andar, já não lhe hão-de restar muitas (mas só Aquele Que Não Morre o sabe), sendo difícil julgar o que é mais admirável, se o seu apego às inúmeras vidas com que o Poderoso o favoreceu para o servir se a persistência americana em dar cabo delas uma a uma.
De qualquer modo, suscita perplexidade e escândalo tanto encarniçamento contra o desgraçado n.º 2. Deixando de parte o n.º 1 (que Alá o tenha bem guardado), o Exército norte-americano manifesta um desinteresse que roça a maravilha pelo n.º 3 e números seguintes.
Pode acontecer que os americanos designem de "n.º 2" qualquer morto de túnica e turbante, o que explicaria que ele ora se chame Ayman al Zawahiri, ora Hamad Jama al-Saedi, ora Abu Ayyub al-Masri, ora Abu Azzam, ora Abu Qaswarah. Há também a hipótese de, morto o n.º 2, o n.º 3 passar a n.º 2, o n.º 4 a n.º 3 e por aí fora. Neste caso, até acabarem com a al-Qaeda, os americanos ainda hão-de anunciar a morte do n.º 2 aí umas 50 mil vezes.
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