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(... ) Tocando embora a censurada e dita escolar mania das classificações, poder-se-á, quase estabelecer um esquema das variações do esteticismo órfico:
Paùlismo
Directa ultrapassagem de A Águia.
Raízes no simbolismo e decadentismo.
Influência difusa dos nossos líricos e contistas afins.
Fernando Pessoa; Sá-Carneiro; Alfredo Pedro Guisado; Cortes Rodrigues; paúlicos à margem do paùlismo, Raul Leal e Ângelo Lima.
Interseccionismo
Ajustamento a uma diferente exploração psíquica. Vaga aproximação à liberdade futurista e ao orfismo de Delaunay.
Fernando Pessoa - Álvaro de Campos; Sá-Carneiro.
Simultaneísmo
Tradução de uma visão essencialmente plástica.
Sugestão da técnica de continuidade de James Joyce.
Almada Negreiros.
Futurismo
Profissão de fé aos manifestos futuristas. Exaltação do precursor Walt Whitman.
Álvaro de Campos; Almada Negreiros; Santa-Rita Pintor; José Pacheco; Amadeu de Sousa-Cardoso, em parte.
Simbolismo
Peristência quase pura ou contaminada de classicismo, da poética simbolista.
Luís de Montalvor; Ronald de Carvalho; Eduardo Guimarães; Fernando Pessoa.
Decadentismo
Quase sempre confundido na estética paúlica.
Emprego de verso ou de prosa.
Sá-Carneiro, Albino de Meneses; Castelo de Morais.
Sensacionismo
Classificação genérica que incluia toda e qualquer tonalidade órfica.
Excerto retirado do livro ORPHEU, vol. 1, edições Ática, Lisboa