Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]
O eco que perturba o corpo
e acorda o medo invisível
que habita os esconderijos da pele
e uma luz bacenta derrama sobre os teus pés
lágrimas silenciosas,
enquanto o corpo,
já despido
roça nas paredes da memória
para apagar cicatrizes antigas tatuadas
no coração da alma.
Sobre a mesa rude e despida
os olhos desenham no corpo do pó imagens que julgavas esquecidas
mas
que a tua mão guardou na memória dos dedos os gestos
dramáticos e teatrais das borboletas e
dos corações com "AMO-TE, MAMÃ",
que na infância desenhavas em brancas e desertas folhas de papel
e, assim amordaçavas o eco
e iluminavas a luz.