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O pântano sopra um cheiro triste, amargo e podre.
E os mortos estão calados.
Os vivos estão mortos.
As raízes secaram de medo.
Todas as águas apodreceram no veneno de pequenos anões de cabeças quadradas,
risos fúnebres estampados nos olhos oblíquos e delirantes
que pisam com arrogância a Terra.
Apesar da inteligência rarefeita,
impõem-se pela enorme capacidade de se multiplicarem
e criarem réplicas
cegas e obedientes
que espalham o boato e a mentira
aprisionando a verdade num imenso algoritmo.
A lua, envergonhada, escondeu-se numa perpétua nuvem.
As estrelas explodiram por já não poderem ver tanta vergonha e tamanha demência.
O mundo ao contrário
o homem rasteja
já não caminha
disseram-lhe:
tu és lagarto.