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Espero o vento que há-de trazer as notícias das terras frias do norte.
Espero pacientemente o momento do derrame sobre as palmas das minhas mãos de todas as palavras que ouviu durante a sua longa viagem até às terras quentes do sul. E as guardarei em sítio mais adequado da minha memória. E para não esquecer as gravarei bem fundo em pedra que resista à erosão dos tempos - para memória futura.
Depois, o vento descansará no chão quente da minha casa, e quando for o tempo , fará a viagem mais para sul em direcção a outro continente onde alguém estará à espera.
Só assim se constrói o futuro.
Se preserva e enriquece a memória.
Se compreende as diferenças.
Se apazigua o passado.
Se salvará a humanidade.