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Gonçalo M. Tavares
a interrogação, o questionar
Começar aqui é interromper uma tarefa noutro lado, claro.
Para Heidegger, segundo a interpretação de Steiner, as "técnicas metafísicas de argumentação e sistematização impedem-nos [...] de exprimir os nossos pensamentos no registo vital da interrogação"(4). Mas a interrogação é essencial. Impor afirmações que põem questões.
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(1) - Steiner, George - Heidegger, 1990, p. 53, Dom Quixote.
(2) - Idem, p. 54.
(3) - Muitas das vezes, escreve ainda Musil, no mesmo excerto, o Homem encontra um sentido único e fecha-se nele: "o Homem não faz mais do que repetir, durante toda a sua vida, um só acto: ingressa numa profissão e progride nela".(Musil, Robert, O Homem sem Qualidades, 3.º Tomo, p. 90, Livros do Brasil)
(4) - Steiner, George - Heidegger, 1990, p.54, Dom Quixote
Excerto retirado do livro Atlas do Corpo e da Imaginação de Gonçalo M. Tavares, Capítulo I - O Corpo no Método, pags., 25 e 26 - Editorial Caminho, Setembro de 2013