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A obra-prima de Roberto Bolaño chega às livrarias portuguesas a 26 de Setembro. Pode ser o romance do ano. Pode ser o romance da década. O entusiasmo por 2666 é inegável. Veja aqui o booktrailer.
A Teorema ficou para trás: 2666, de Roberto Bolaño, um dos livros mais aguardados dos últimos anos vai ser publicado pela Quetzal. A notícia é avançada pelo blogue Senhor Palomar, que, citando fonte da editora, acrescenta a data de 26 de Setembro para a publicação da tradução portuguesa do volume.
2666, diz-se, é a obra-prima do chileno que, entre outros, escreveu Os Detectives Selvagens. Era precisamente este título, forte aposta da Teorema em 2008, já depois de publicar Estrela Distante (2006) — ainda este ano reeditado —, que fazia prever a continuidade de Bolaño no mesmo catálogo em Portugal. Embora, anos antes, tenha sido a Gótica a introduzir o escritor no mercado português, através de Nocturno Chileno (2003).
Roberto Bolaño faleceu em 2003, pouco depois de entregar o primeiro rascunho de 2666, de insuficiência hepática. A edição espanhola, com a chancela da Anagrama, tem mais de 1100 páginas, que resultam quase todas dos esforços dos seus cinco últimos anos de vida. Isto porque das cinco partes em que se divide o romance, apenas quatro e meia são da responsabilidade de Bolaño.
Publicado pela primeira vez em 2004, seria a tradução inglesa de Natasha Wimmer, levada ao prelo nos Estados Unidos em Novembro de 2008 pela Farrar, Straus and Giroux, a valer a Bolaño, postumamente, o National Book Critics Circle Award. A mesma versão foi publicada pela Picard, dois meses mais tarde, em Janeiro de 2009, no Reino Unido. Ainda não é conhecido o tradutor para a edição portuguesa.
A violência e a morte são panos de fundo em 2666, que liga várias estórias através dos assassinatos de 300 jovens e pobres raparigas da cidade ficcional de Santa Teresa (que terá correspondência na real Ciudad Juarez, no México). A crítica respondeu de forma entusiástica. Houve quem falasse num momento definidor da literatura sul-americana, comparando esta obra de fôlego a uma outra – Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez.
Para já, os leitores portugueses podem ir descobrindo 2666 a partir do booktrailer, que pode ser visto abaixo.