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ANTÓNIO DE FREITAS
O currículo de António de Freitas não pode ser resumido, é um puzzle, onde todos os passos encaixam para compor um mapa-mundi de conhecimento excepcional. Licenciado em Matemática pela Universidade Simón Bolívar de Caracas, fez estudos de pós-graduação no Warburg Institute da Universidade de Londres, na área da Lógica Medieval, e escreveu a sua tese de doutoramento sobre a origem do pensamento filosófico grego e a sua relação com o Oriente Próximo, especialmente com os hititas. Fez estudos avançados de línguas e culturas do Oriente Próximo na School of Oriental and African Studies (Universidade de Londres) sob a direcção de David Hawkins e de língua grega na Universidade de Cambridge. É especialista em línguas do Oriente Próximo, acádico, outras línguas semitas e sumério, e em escrita cuneiforme. É também conhecedor de línguas indo-europeias como o hitita, o sânscrito e o grego. Tem sido professor de Matemática, Lógica, Filosofia e Linguística Indo-Europeia em diversas universidades portuguesas e estrangeiras. É membro especialista da equipa do projecto de escavação arqueológica de Tel Burna (Israel), comsultor científico do Museu Calouste Gulbenkian e investigador do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho. A sua área de investigação é a interacção entre o Oriente Próximo e o Médio Oriente, o mundo indo-europeu desde a Idade do Bronze até ao período arcaico da Grécia, com enfoque na origem do pensamento matemático-filosófico grego.
António de Freitas tem 55 anos de idade e pelo menos 43 de prática intensiva de estudo e reflexão. O seu actual projecto está relacionado com o estudo de relatos antigos sobre o fim do mundo, o qual terá como um dos resultados um livro. Em geral, o seu futuro aponta para estudos interculturais na zona do Levante até à Anatólia e à Grécia, nos períodos desde a Idade do Bronze até à Idade do Ferro.
TEXTO DE FILIPA MELO EM ENTREVISTA A ANTÓNIO DE FREITAS PUBLICADA NA REVISTA LER, EDIÇÃO DE VERÃO 2019, N.º 154
Mário Cláudio, 50 anos de vida literária - Entrevista de Isabel Lucas para a Revista LER
"Uma escrita tipo Gonçalo M. Tavares, que admiro imenso, é uma escrita sem musicalidade; é o chamado "rumor branco". O rumor branco é isso, é o som não plástico. A escrita dele é essa e é admirável. Está nos antípodas da minha. Não consigo escrever sem a musicalidade das palavras."
Mário Cláudio em entrevista conduzida por Isabel Lucas - Revista LER, n.º 154, Verão 2019
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Escritor português, de nome verdadeiro Rui Manuel Pinto Barbot Costa, nascido a 6 de novembro de 1941, no Porto. Formado em Direito pela Universidade de Coimbra, onde se diplomou também como bibliotecário-arquivista, e master of Arts em biblioteconomia e Ciências Documentais pelo University College de Londres, revelou-se como poeta com o volume Ciclo de Cypris (1969). Tradutor de autores como William Beckford, Odysseus Elytis, Nikos Gatsos e Virginia Woolf, foi, porém, como ficcionista que mais se afirmou.
Publicou com o nome próprio, uma vez que "Mário Cláudio" é pseudónimo, um Estudo do Analfabetismo em Portugal, obra que reúne a sua tese de mestrado e uma comunicação apresentada no 6.° Encontro de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas Portugueses, em 1978. Colaborador em várias publicações periódicas, como Loreto 13, Colóquio/Letras, Diário de Lisboa, Vértice, Jornal de Letras Artes e Ideias, O Jornal, entre outros, foi considerado pela crítica, desde a publicação de obras como Um Verão Assim, um autor para quem o verso e a prosa constituem modalidades intercambiáveis, detendo características comuns como a opacidade, a musicalidade e a rutura sintática, subvertendo a linearidade da leitura por uma escrita construída como "labirinto em espiral". A obra de Mário Cláudio apresenta uma faceta de investigador e de bibliófilo que, encontrando continuidade na sua atividade profissional, inscreve eruditamente cada um dos livros numa herança cultural e literária, portuguesa ou universal. Dir-se-ia que a sua escrita, seja romanesca, seja em coletâneas de pequenas narrativas (Itinerários, 1993), funciona como um espelho que devolve a cada período a sua imagem, perspetivada através de um rosto ou de um local, em que o próprio autor se reflete, e isto sem a preocupação de qualquer tipo de realismo, mas num todo difuso e compósito, capaz de evocar o sentido ou o tom de uma época que concorre ainda para formar a época presente.
Mário Cláudio recebeu, em 1985, o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores por Amadeo (1984), o primeiro romance de um conjunto posteriormente intitulado Trilogia da Mão (1993), em 2001 recebeu o prémio novela da mesma associação pelo livro A Cidade no Bolso e, em dezembro de 2004, foi distinguido com o Prémio Pessoa. Para além das obras já mencionadas, são também da sua autoria Guilhermina (1986), A Quinta das Virtudes, (1991), Tocata para Dois Clarins (1992), O Pórtico da Glória (1997), Peregrinação de Barnabé das Índias (1998), Ursamaior (2000), Orion (2003), Amadeu (2003), Gémeos (2004) e Triunfo do Amor Português (2004). O autor tem também trabalhos publicados na área da poesia (como Ciclo de Cypris, 1969, Terra Sigillata, de 1982, e Dois Equinócios, de 1996), dos ensaios (Para o Estudo do Alfabetismo e da Relutância à Leitura em Portugal, de 1979, entre outros), do teatro (por exemplo, O Estranho Caso do Trapezista Azul, de 1999) e da literatura juvenil (A Bruxa, o Poeta e o Anjo, de 1996).
Olga Tokarczuk, Prémio Nobel da Literatura 2018, tem novo livro com o título "Conduz o teu arado sobre os ossos da morte", edição Cavalo de Ferro e traduzido directamente do polaco por Teresa Fernandes Swiatkiewicz.
Este livro foi finalista do Prémio Booker Internacional deste ano.
José Bento (1932-2019)
José Bento, poeta e tradutor, e um dos principais divulgadores de autores célebres como Jorge Luis Borges, Garcia Lorca, Miguel Unamuno, Miguel de Cervantes, Santa Teresa de Àvila e San Juan de la Cruz, morreu aos 86 anos de idade.
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José Bento nasceu a 17 de novembro de 1932. Foi um dos fundadores, nos anos 50, da revista de poesia Cassiopeia. Desde então, traduziu, por exemplo, Fernando de Rojas, Jorge Luis Borges, Miguel de Unamuno, Santa Teresa de Ávila, e organizou antologias de Garcilaso, Quevedo, Antonio Machado, Manuel Machado, Juan Jimenez, Francisco Brines, Vicente Alexandre, Federico García Lorca, Cernuda. É considerado um dos melhores tradutores portugueses e já recebeu diversos prémios, inclusivamente o Prémio Cervantes, atribuído pelo governo espanhol pela sua atividade enquanto tradutor. É também autor de vários livros de poesia, como «Alguns Motetos» ou «Sítios», publicados na Assírio & Alvim.
Porque os romances concorrentes "... não correspondem aos parâmetros de qualidade literária exigidos" o júri do Prémio Literário Leya, presidido por Manuel Alegre deliberou não atribuir, este ano, o respectivo galardão.
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Prémio Leya
Com características únicas pela sua especificidade e valor -- 100 mil euros --, o Prémio LeYa foi criado em 2008 com o objectivo de distinguir um romance inédito escrito em português.
A procura de novos talentos da língua portuguesa e a sua promoção internacional são prioridades da LeYa. É nossa convicção que o grande crescimento e enriquecimento das literaturas de língua portuguesa nos últimos anos justificam inteiramente, e até exigem, a existência de um prémio desta natureza; a notável adesão de concorrentes de todo o mundo lusófono é sinal do interesse que o Prémio gerou junto do público leitor e de toda a comunidade dos escritores de língua portuguesa.
É também de grande importância a ampla promoção do prémio. A LeYa divulga o prémio e os seus vencedores em Portugal e em toda a vasta área geográfica da língua portuguesa, porque essa é verdadeiramente a sua vocação e o seu campo de acção como grupo editorial.
Com esta e outras iniciativas, a LeYa contribui para a criação de uma verdadeira comunidade, tão diversa nas suas manifestações literárias e culturais, mas tão próxima pela utilização de uma língua comum.
FONTE: LEYA
HAROLD BLOOM
Harold Bloom (11 de Julho de 1930 - 14 de Outubro de 2019) foi um reconhecido crítico literário, titular da cátedra Sterling de Humanidades e Inglês na Universidade de Yale, publicou mais de 40 livros, incluíndo 20 livros de crítica literária e editou centenas de antologias sobre numerosas figuras literárias e filosóficas para a editora Chelsea House.
Publicou o seu primeiro livro em 1959. Da sua vasta obra destacam-se «The Anxiety of Influence: A Theory of Poetry», «O Cânone Ocidental», «Shakespeare: The Invention of the Human», «The Anatomy of Influence» e «Génio - Os 100 Autores mais criativos da história da literatura».
Foi membro da Academia Americana de Artes e Letras, foi galardoado com muitos prémios e títulos honoríficos, incluíndo a Medalha de Ouro das Belas-Letras e Crítica dessa Academia, o Prémio Internacional da Catalunha e o Prémio Afonso Reys do México.
No seu livro "Génio - Os 100 autores mais criativos da história da literatura" estão 3 autores portugueses: Luís Vaz de Camões, Fernando Pessoa e José Maria Eça de Queirós.
HAROLD BLOOM, Escritor e crítico literário
RÁMON COTE BARAIBAR
NINHO DAS ÁGUIAS
Já eras misteriosa desde então
e nos mapas antigos chamavam-te Lissabona.
À distância contava as tuas sete colinas
como a Roma dos Césares, e repetia-me
as histórias de navegadores e as tuas lendas de conquista.
Apesar de nos separar a imensidade
do mar Atlântico, desde a minha carteira de colégio
acariciava a curvatura do globo terráqueo,
jurando que um dia chegaria às tuas margens.
Tantas vezes cortejada e celeste
apareceste aos meus olhos num dia de verão
de 1984, quando te vi do quarto
do Ninho das Águias,
um hotel estreito e suicida
que se persigna no monte de S. Jorge
de cada vez que Lisboa amanhece.
Um mapa durante anos dobrado e desdobrado
ardeu de véspera e de espera
sobre milhares de degraus, ardeu sobre as praças,
sobre a constante inclinação
das suas ruas, sobre o seu soçobrar marinho,
e atiramo-lo de uma ponte
para que seja o acaso a única bússola a orientar-nos.
Tento olhar os dias desde então
como se estivesse a uma janela do quarto
do hotel do Ninho das Águias,
vendo pela primeira vez como amanhece
a fragrante, a profunda, a ondulada
cidade de Lisboa.
POEMA DE RÁMON COTE BARAIBAR
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Ramón Cote Baraibar es un poeta, narrador y ensayista de Colombia, nacido en Cúcuta, Norte de Santander en 1963. Es hijo del poeta Eduardo Cote Lamus y de la galerista Alicia Baraibar. Se graduó en Historia del Arte por la Universidad Complutense en Madrid. Su poesía está marcada profundamente por su sentido de temporalidad, que busca a través de breves e intensos textos dar cuenta de experiencias pasadas, particularmente de la niñez y la adolescencia, así como mantener un presente con nitidez y fuerza en el lector. La libertad al caminar por las tapias de su barrio, la forma de los óvalos de unas sillas de acero, la luz del atardecer a las 5:30 de la tarde, el color y olor de las magnolias, los oficios de las profesiones idas aparecen y desaparecen a lo largo de treinta años de trabajo con la palabra. La ciudad de Bogotá es un referente constante a lo largo de su obra.
Tal como dice el escritor y compañero de colegio Mario Mendoza en el prólogo a Botella papel, en Cote Baraibar "Su potencia interior se formó en esos años de adolescencia como quien arma una muralla y construye un foso para evitar la invasión de bárbaros indeseables. De ahí ese ritmo sagrado de su escritura, de homilía, de cantos chamánicos enunciados en la mitad de la selva como conjuros que nos salvarán cuando llegue el desastre. El corazón del artista adolescente es el corazón de las tinieblas.1"
Cote Baraibar creció en Bogotá y a los 19 años viajó a Madrid a seguir una carrera en Historia del Arte. En España publicó su primer libro, Poemas para una fosa común (1984), con prólogo de Claudio Rodríguez y que ha sido publicado en tres oportunidades. Regresó a Colombia en 1990 y al año siguiente publicó El confuso trazado de las fundaciones, volumen de poemas en el que atisba su madurez. Allí están presentes temas urbanos de Bogotá y de Madrid y se destaca la atmósfera autoritaria del colegio en la que discurrió su infancia y adolescencia. También en 1991 publicó Informe sobre el estado de los trenes en la antigua estación de Las Delicias en el legendario Fondo Editorial Pequeña Venecia de Caracas, Venezuela. En esta plaquette da cuenta del antiguo y entonces abandonado cementerio de trenes de Madrid.
Durante la presidencia de César Gaviria Trujillo (1990-1994) trabajó en el área cultural del gobierno. Posteriormente ocupó un cargo diplomático en la representación de Colombia ante la Organización de Estados Americanos en Washington.
A su regreso a Colombia Cote Baraibar publicó Botella papel en 1999, libro que ha sido objeto de tres ediciones desde entonces. La última se realizó en diciembre de 2015, que incluye nuevos textos. Al decir de Juan Gustavo Cobo Borda, "a partir de la voz de quien compra bultos de periódico y botellas vacías, [Cote] intenta una antropología del recuerdo, al rescatar esas figuras ya casi desaparecidas que cruzaban Bogotá con el pregón de sus oficios: un afilador, un calderero, un vendedor de corbatas o un fotógrafo de parque.2"
En el año 2003 Cote Baraibar publica Colección privada, libro con el que gana el III Premio Casa de América de Poesía Americana. Este poemario hace un homenaje a cuadros de la historia de la pintura de gran afinidad para el autor, una "colección privada" compuesta por ocho salas de pinturas del arte medieval al contemporáneo colombiano. Estos textos "han sido escritos como una ceremonia de restitución, agradecimiento y apropiación, porque solo la poesía nos permite preservar en palabras esas contadas revelaciones que nos visitan a lo largo de nuetras vidas3". Este libro ha sido objeto de una tesis de maestría en Estados Unidos.4
Su siguiente poemario, titulado Los fuegos obligados, ganó el Premio Unicaja de poesía, que fue otorgado en Cádiz por José Manuel Caballero Bonald, entre otros miembros del jurado. En esta publicación Ramón Cote regresa al pasado, particularmente a su infancia: "Son los asuntos de tu vida, esas cosas con las que no puedes dejar de vivir, lo necesario que te hace lo que eres. Los recuerdos, la casa de tu infancia, mis padres que murieron hace poco", afirmó el escritor en una entrevista.5
Su trabajo más reciente es Como quien dice adiós a lo perdido, publicado a sus cincuenta años en 2013. Sobre él dice el poeta Jotamario Arbeláez: "Este libro da el adiós a esa imagen que pasaba como la verdadera cara de la poesía, llena de afeites, constelada de plumas de cacatúa. Retorna a señalar con el dedo de la palabra esos objetos que hacen parte de nuestra vida y de nuestro cuerpo, como el árbol del jardín y el libro de viejo. Este es el rostro poético. En la limpia descripción de los momentos y de las cosas, casi que en su sola enumeración acentuada con un exquisito adjetivo, nos sintoniza con un acontecer prodigioso, así sea común a todos, por la coloratura del verbo.6"
Cote Baraibar también ha escrito narrativa, destacándose por dos libros de cuentos, Páginas de enmedio (2002) y Tres pisos más arriba (2008) y una novela que mantiene inédita.7 Ha incursionado también en la literatura infantil con dos títulos: Feliza y el elefante y Magola contra la ley de la gravedad.
El escritor cucuteño ha preparado dos antologías de poesía para la Colección Visor de Poesía: Diez de ultramar. Joven poesía latinoamericana (1992), que tiene dos ediciones y La poesía del siglo XX en Colombia (2006).
Se encuentran dos antologías de poemas suyos: No todo es tuyo, olvido, publicado por la Universidad Nacional de Colombia en 2006 y Hábito del tiempo, editado por la Pontificia Universidad Javeriana de Bogotá en 2015 con un ensayo de Jorge Cadavid.
En octubre de 2016 participó en la presentación de la segunda edición de La vida cotidiana, de Eduardo Cote Lamus con un análisis sobre la influencia de este libro en la poesía colombiana.8
En diciembre de 2017 publicó en la Editorial Planeta la Antología de la poesía colombiana contemporánea.
En abril de 2019 la editorial El Ángel Editor, de Quito, Ecuador, publicó "Milagros comunes (Antología 1984-2014)", con un prólogo de Santiago Espinosa y un epílogo de Santiago Grijalva.
Cote Baraibar está preparando su octavo poemario.
Os prémios Nobel da Literatura de 2018 e 2019 foram atribuídos aos escritores Olga Tokarczuk, polaca, e Peter Handke, austríaco.
Afonso Reis Cabral, 29 anos, é o vencedor do Prémio Literário José Saramago com o romance "Pão de Açúcar".
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Afonso Reis Cabral nasceu em 1990. Aos quinze anos publicou o livro de poesia Condensação. É licenciado em Estudos Portugueses e Lusófonos, fez mestrado na mesma área e tem uma pós-graduação em Escrita de Ficção. Foi duas vezes à Alemanha de camião TIR em busca de uma história, a primeira das quais aos treze anos. Trabalhou numa vacaria, num escritório de turismo e num alfarrabista. Em 2014, ganhou o Prémio LeYa com o romance O Meu Irmão, que se encontra em tradução em Espanha e já foi publicado no Brasil e em Itália.
Tem contribuído com dezenas de textos para as mais variadas publicações. Em 2017, foi-lhe atribuído o Prémio Europa David Mourão-Ferreira na categoria de Promessa, e em 2018 o Prémio Novos na categoria de Literatura. No final de 2018, publicou o seu segundo romance, Pão de Açúcar, com forte acolhimento por parte da crítica. Entre Abril e Maio de 2019, percorreu Portugal a pé ao longo dos 738,5 quilómetros da Estrada Nacional 2, tendo registado essa viagem no livro Leva-me Contigo.
Trabalha actualmente como editor freelancer. Nos tempos livres, dedica-se à ornitologia, faz Scuba Diving e pratica boxe.
FONTE: WOOK