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#2831 - QUESTÕES DE SEMÂNTICA

por Carlos Pereira \foleirices, em 21.04.18

Há homens que gostam de exibir a sua virilidade ao promover e provocar conflitos.  Mas na realidade o que exibem é a sua imbecilidade.

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publicado às 17:57


#2830 - PRÉMIOS PULITZER 2018

por Carlos Pereira \foleirices, em 19.04.18

2018 Pulitzer Prizes

See 2018 Board Members

JOURNALISM

The New York Times, for reporting led by Jodi Kantor and Megan Twohey, and The New Yorker, for reporting by Ronan Farrow

For explosive, impactful journalism that exposed powerful and wealthy sexual predators, including allegations against one of Hollywood’s most influential producers, bringing them to account for long-suppressed allegations of coercion, brutality and victim silencing, thus spurring a worldwide reckoning about sexual abuse of women.

Staff of The Press Democrat, Santa Rosa, Calif.

For lucid and tenacious coverage of historic wildfires that ravaged the city of Santa Rosa and Sonoma County, expertly utilizing an array of tools, including photography, video and social media platforms, to bring clarity to its readers — in real time and in subsequent in-depth reporting.

Staff of The Washington Post

For purposeful and relentless reporting that changed the course of a Senate race in Alabama by revealing a candidate’s alleged past sexual harassment of teenage girls and subsequent efforts to undermine the journalism that exposed it.

Staffs of The Arizona Republic and USA Today Network

For vivid and timely reporting that masterfully combined text, video, podcasts and virtual reality to examine, from multiple perspectives, the difficulties and unintended consequences of fulfilling President Trump's pledge to construct a wall along the U.S. border with Mexico.

The Cincinnati Enquirer Staff

For a riveting and insightful narrative and video documenting seven days of greater Cincinnati's heroin epidemic, revealing how the deadly addiction has ravaged families and communities.

Staffs of The New York Times and The Washington Post

For deeply sourced, relentlessly reported coverage in the public interest that dramatically furthered the nation’s understanding of Russian interference in the 2016 presidential election and its connections to the Trump campaign, the President-elect’s transition team and his eventual administration. (The New York Times entry, submitted in this category, was moved into contention by the Board and then jointly awarded the Prize.)

Clare Baldwin, Andrew R.C. Marshall and Manuel Mogato of Reuters

For relentless reporting that exposed the brutal killing campaign behind Philippines President Rodrigo Duterte’s war on drugs.

 

Rachel Kaadzi Ghansah, freelance reporter, GQ

For an unforgettable portrait of murderer Dylann Roof, using a unique and powerful mix of reportage, first-person reflection and analysis of the historical and cultural forces behind his killing of nine people inside Emanuel AME Church in Charleston, S.C.

 

John Archibald of Alabama Media Group, Birmingham, Ala.

For lyrical and courageous commentary that is rooted in Alabama but has a national resonance in scrutinizing corrupt politicians, championing the rights of women and calling out hypocrisy.

Jerry Saltz of New York magazine

For a robust body of work that conveyed a canny and often daring perspective on visual art in America, encompassing the personal, the political, the pure and the profane.

Andie Dominick of The Des Moines Register

For examining in a clear, indignant voice, free of cliché or sentimentality, the damaging consequences for poor Iowa residents of privatizing the state’s administration of Medicaid.

Jake Halpern, freelance writer, and Michael Sloan, freelance cartoonist, The New York Times

For an emotionally powerful series, told in graphic narrative form, that chronicled the daily struggles of a real-life family of refugees and its fear of deportation.

Ryan Kelly of The Daily Progress, Charlottesville, Va.

For a chilling image that reflected the photographer’s reflexes and concentration in capturing the moment of impact of a car attack during a racially charged protest in Charlottesville, Va.

Photography Staff of Reuters

For shocking photographs that exposed the world to the violence Rohingya refugees faced in fleeing Myanmar. (Moved by the Board from the Breaking News Photography category, where it was entered.)

LETTERS, DRAMA & MUSIC

Less, by Andrew Sean Greer (Lee Boudreaux Books/Little, Brown and Company)

A generous book, musical in its prose and expansive in its structure and range, about growing older and the essential nature of love.

Cost of Living, by Martyna Majok

An honest, original work that invites audiences to examine diverse perceptions of privilege and human connection through two pairs of mismatched individuals: a former trucker and his recently paralyzed ex-wife, and an arrogant young man with cerebral palsy and his new caregiver.

Prairie Fires: The American Dreams of Laura Ingalls Wilder, by Caroline Fraser (Metropolitan Books)

A deeply researched and elegantly written portrait of Laura Ingalls Wilder, author of the Little House on the Prairie series, that describes how Wilder transformed her family’s story of poverty, failure and struggle into an uplifting tale of self-reliance, familial love and perseverance.

Half-light: Collected Poems 1965-2016, by Frank Bidart (Farrar, Straus and Giroux)

A volume of unyielding ambition and remarkable scope that mixes long dramatic poems with short elliptical lyrics, building on classical mythology and reinventing forms of desires that defy societal norms.

DAMN., by Kendrick Lamar

Recording released on April 14, 2017, a virtuosic song collection unified by its vernacular authenticity and rhythmic dynamism that offers affecting vignettes capturing the complexity of modern African-American life.

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publicado às 07:44


#2829 - Poema de Hilda Hilst

por Carlos Pereira \foleirices, em 12.04.18

HILDA HILST

 

Alcoólicas (trechos)

É crua a vida. Alça de tripa e metal.
Nela despenco: pedra mórula ferida.
É crua e dura a vida. Como um naco de víbora.
Como-a no livor da língua
Tinta, lavo-te os antebraços, Vida, lavo-me
No estreito-pouco
Do meu corpo, lavo as vigas dos ossos, minha vida
Tua unha plúmbea, meu casaco rosso.
E perambulamos de coturno pela rua
Rubras, góticas, altas de corpo e copos.
A vida é crua. Faminta como o bico dos corvos.
E pode ser tão generosa e mítica: arroio, lágrima
Olho d’água, bebida. A vida é líquida.

 

Também são cruas e duras as palavras e as caras
Antes de nos sentarmos à mesa, tu e eu, Vida
Diante do coruscante ouro da bebida. Aos poucos
Vão se fazendo remansos, lentilhas d’água, diamantes
Sobre os insultos do passado e do agora. Aos poucos
Somos duas senhoras, encharcadas de riso, rosadas
De um amora, um que entrevi no teu hálito, amigo
Quando me permitiste o paraíso. O sinistro das horas
Vai se fazendo tempo de conquista. Langor e sofrimento
Vão se fazendo olvido. Depois deitadas, a morte
É um rei que nos visita e nos cobre de mirra.
Sussurras: ah, a vida é líquida.

 

Alturas, tiras, subo-as, recorto-as
E pairamos as duas, eu e a Vida
No carmim da borrasca. Embriagadas
Mergulhamos nítidas num borraçal que coaxa.
Que estilosa galhofa. Que desempenados
Serafins. Nós duas nos vapores
Lobotômicas líricas, e a gaivagem
se transforma em galarim, e é translúcida
A lama e é extremoso o Nada.
Descasco o dementado cotidiano
E seu rito pastoso de parábolas.
Pacientes, canonisas, muito bem-educadas
Aguardamos o tépido poente, o copo, a casa.

 

POEMA DE HILDA HILST

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publicado às 18:26


#2828 - Questões de Semântica

por Carlos Pereira \foleirices, em 11.04.18

 Foto: Ameer Alhalbi/Reprodução

 

Homens graúdos disputam contra outros homens graúdos, e usam a força e o poder para despejar sobre gente muito mais pequena os seus brinquedos de estimação que matam, mutilam e  destroem, julgando que é desta maneira que resolvem as suas diferenças e os conflitos.

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publicado às 10:44


#2827 - Adiamento de uma declaração que era suposto ser importante

por Carlos Pereira \foleirices, em 08.04.18

Adiamento de uma declaração que era suposto ser importante

 

Uma pequena conversa como intróito

diálogos curtos

poupar as palavras

disparates podem ser ditos mas

não atropeles a minha fala

o silêncio é a minha deixa

lavas a garganta com o vinho que ainda não beberas

aclaras a voz

sacodes a rouquidão até ao lenço

brincas nervosa com as pontas onduladas do cabelo

uma porta abre-se

o empregado entra

com delicadeza diz as horas

e a declaração fica adiada

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publicado às 17:51


#2826 - Boduf Songs - The Rotted Names

por Carlos Pereira \foleirices, em 08.04.18

 

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publicado às 17:41

 

 
 
 

 Pascal Bost

 

 

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publicado às 17:36


#2824 - A terapia do silêncio

por Carlos Pereira \foleirices, em 05.04.18

Gosto do silêncio. Não do silêncio branco, asséptico e surdo.

 

Às vezes o corpo reclama-o quando precisa de combater contra qualquer desequilíbrio.

 

O silêncio pode ser comovente quando se torna transparente. E através dessa transparência  descobrimos que as árvores falam entre si (senão a vida delas seria tragicamente monótona e secavam por tristeza); as abelhas são chamadas pelas flores quando precisam de ser polinizadas; o vento confidencia com os cata-ventos, dizendo-lhes em que sentido devem indicar a força do seu sopro.

 

O silêncio serve para lavarmos a boca, os ouvidos, os olhos;  para ouvir as angústias da alma; expulsar os vários demónios que nos inquietam.

 

O mundo seria muito melhor se ouvissemos as vozes do silêncio.

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publicado às 16:28


#2823 - LIVROS [LANÇAMENTOS PREVISTOS PARA ESTE MÊS ]

por Carlos Pereira \foleirices, em 05.04.18

Uma nova edição do "Fausto" de Fernando Pessoa, os contos completos de Marcel Proust e o novo romance de Salman Rushdie, "A Casa Golden": estes são alguns dos lançamentos que pode esperar em abril.

 

O mês de abril vai ficar sobretudo marcado por bons lançamentos de ficção

Getty Images/iStockphoto/MaskaRad

Livros de ficção

A Tinta-da-China vai publicar, neste mês de abril, uma nova edição de Fausto, de Fernando Pessoa. A obra, inacabada, foi editada pela primeira e única vez em 1988 por Teresa Sobral Cunha, com prefácio de Eduardo Lourenço. Esta será, portanto, a primeira edição nova em 30 anos. Da responsabilidade de Carlos Pittela (co-autor de Como Fernando Pessoa pode mudar a sua vida), esta nova edição de Fausto será também a primeira a ter aparato crítico.

 

A E-Primatur vai editar Contos Completos e Outros Textos, de Marcel Proust enquanto que pela Elsinore vai sair O Gato, o Ankou e o Maori, de Michel Rio, e A Devastidão do Silêncio, de João Reis. Já a Cavalo de Ferro vai publicar A Mente Aprisionada, de Czeslaw Milosz, e A Língua Resgatada, de Elias Canetti, na continuação da publicação das obras do escritor búlgaro. A Alfaguara vai publicar Tu não és como as outras mães, de Angelina Schrobsdorff.

A Língua Resgatada, do Prémio Nobel da Literatura Elias Canetti, vai sair no dia 16 de abril pela Cavalo de Ferro

 

A Livros do Brasil vai editar neste mês de abril Um Crime em Glenlitten, de E. Phillips Oppenheim, o novo volume da coleção “Vampiro”, e Um Diário Russo, o relato da viagem que John Steinbeck fez pela Rússia do pós-Segunda Grande Guerra, com fotografias de Robert Capa. A Porto Editora vai publicar Burgueses somos nós todos ou ainda menos, de Mário de Carvalho, e O Caderno, um volume com textos escritos por José Saramago entre setembro de 2008 e março de 2009.

 

Depois de Dois Irmãos, a Companhia das Letras vai editar Relato de um certo oriente, do brasileiro Miltom Hatoum. “Entre o Oriente e o Amazonas, este é o relato da procura de um mundo perdido, como perdidos estão sempre os lugares das nossas recordações. Nele, as memórias fluem como o rio, entre este e oeste, entre cidade e selva, entre vida e morte”, refere a editora. “Carregado do magnetismo e beleza da Amazónia, submerso no lirismo doce e envolvente da escrita de Milton Hatoum, Relato de um certo oriente traz o sopro das obras que vieram para ficar.”

 

Companhia das Ilhas vai publicar Puta de Filosofia, de Carlos Alberto Machado, “um romance político-policial, polvilhado por cenas eróticas, literárias e gastronómicas”. Pela Caminho vai sair, a 24 de abril, Juncos à beira do Caminho, um livro de poesia de Francisco José Viegas. É também mais ou menos na mesma altura que vai chegar às livrarias Poemas Escolhidos, do poeta inglês William Wordsworth, com chancela da Assírio & Alvim.

A Companhia das Letras vai publicar outro romance do premiado escritor brasileiro Milton Hatoum. Relato de um certo oriente chega às livrarias a 17 de abril

 

A Dom Quixote vai publicar Memórias Secretas, de Mário Cláudio, Autobiografias Alheias, de Antonio Tabuchi (cujos seis anos da sua morte serão assinalados em abril pela Fundação Calouste Gulbenkian com uma série de iniciativas), A Casa Golden, o novo romance de Salman Rushdie, e A Mãe, de Pearl S. Buck. Pela Planeta vai sair Beren e Lúthien, de J.R.R. Tolkien.

 

A ASA vai lançar uma nova edição de A Trança de Inês, o romance de Rosa Lobato de Faria que deu origem ao filme “Pedro e Inês”, realizado por António Ferreira, e Tempo Suspenso, de Elizabeth Jane Howard. A Guerra & Paz vai publicar três clássicos: Drácula, de Bram Stoker, O Alienista, de Machado de Assis, e A Letra Escarlate, de Nataniel Hawthorne.

Livros de não-ficção

A Dom Quixote vai editar Maio de 68. Uma Contrarevolução conseguida, de Régis Debray, A Ordem do Dia, de Éric Vuillar, vencendor do Prémio Goncourt em 2017, e À conversa sobre negociações – um diálogo sobre a arte da negociação ao longo da História, de José Miguel Júdice e Pedro Fontes Falcão. A BookBuilders vai lançar em abril O Mar, Uma História Cultural, de John Mack (com prefácio de Álvaro Garrido).

 

A Guerra & Paz vai publicar Cabinda – Um Território em Disputa. Organizado pelo jornalista e ativista Sedrick de Carvalho, o livro reúne “ensaios de oito autores influentes e decisivos, mostrando diferentes perspectivas sobre a questão e o estatuto do território” angolano, refere a editora. Pela Ítaca — que agora pertence à Relógio d’Água — vai sair Mercadores de gente  Como os jiadistase o Estado Islâmico transformaram o rapto e tráfico de refugiados num negócio multimilionário, uma investigação meticulosa da jornalista e economista italiana Loretta Napoleoni sobre a indústria do rapto no Médio Oriente e Norte de África.

Cabinda — Um Território em Disputa, com organização de Sedrick Carvalho, vai ser publicado já no dia 3 de abril pela Guerra & Paz

 

A Saída de Emergência vai lançar Lava-Jato, a investigação do jornalista brasileiro Vladimir Netto sobre o complexo processo de corrupção e lavagem de dinheiro que já deu origem a mais de mil mandados de busca, apreensão e detenção no Brasil. Pela Planeta vai sair A Filha do Profeta, de Rachel Jeffs.

 

Informação retirada do jornal online "Observador" e cuja autora é Rita Cipriano

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publicado às 07:45

 

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publicado às 00:54


#2821 - Questões de Semântica

por Carlos Pereira \foleirices, em 05.04.18

Palavras rugosas naufragam nos meus ouvidos por não terem qualquer valor, significado, afecto e emoção. Por que não prestam afogo-as num mar cínico e sarcástico acompanhadas por uma assassina gargalhada.

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publicado às 00:37


#2820 - Destroyer "Girl in a Sling" (Official Music Video)

por Carlos Pereira \foleirices, em 05.04.18

 

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publicado às 00:22


#2819 - Questões de Semântica

por Carlos Pereira \foleirices, em 05.04.18

Viver é morrer devagarinho todos os dias.

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publicado às 00:18


#2818 - Son Lux feat. Faux Fix - Race To Erase

por Carlos Pereira \foleirices, em 03.04.18

 

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publicado às 23:19


#2817 - Son Lux - No Fate Awaits Me (Audio) ft. Faux Fix

por Carlos Pereira \foleirices, em 03.04.18

 

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publicado às 23:15


#2816 - Grita...o mais alto que puderes

por Carlos Pereira \foleirices, em 03.04.18

 ALEXANDRA DE PINHO  EXPRESSÕES

 

Sobe

sobe até ao ponto mais alto do monte

e grita

Grita o teu nome

o nome dos teus pais

o nome dos teus filhos

se os tens

 

Grita

grita o mais alto que puderes

até sentires o peito a arder

mas grita

não te importes com a dor

muitas vezes alivia

 

Sobe

sobe ao sítio mais alto do monte 

e berra

berra as provocações que sofreste

as humilhações cravadas na cabeça para que não esquecesses

os maus e feios nomes tatuados na face da tua pele

 

Não gemas

grita

berra

o mais alto que a dor conseguir suportar

até as nuvens sumirem e

o céu ficar todo azul

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publicado às 18:53


#2815 - sob a voz contraída da poesia [um poema de Rosa Oliveira]

por Carlos Pereira \foleirices, em 03.04.18

podia bordar a minha cara 

sobre tantas caras

do mundo

(abro parêntese

nele entra o voo desta paisagem

tão inútil

como mudar uma vírgula a alguém)

 

rostos que só vimos um momento

rostos que encontramos pelo caminho

os últimos momentos de um rosto

as ideias que se têm sobre um rosto

os seus longos trajectos ínvios

desde o latim liceal

o dorso dos rostos coberto de mato

 

olhos débeis palpitam dentro dos olhos

mal nos deixam ver os rostos nublados

por excesso de vegetação

palpitam

sobrepõem-se páginas de rostos

vemos rostos nos rostos

há rostos que choram tanto

que acabam por se partir

 

um molho de folhas arrefece

entre os meus olhos líricos de cortiça

por vezes olhamos para o espelho

não há nada lá dentro

por vezes morremos na rua

reflectidos nos vidros partidos

da varanda materna

no clarão intempestivo do fósforo

ilusão fulgurante

 

morremos um pouco

na mudança de linha

em cada parágrafo

mal assinalado

 

alguém

espera o primeiro choro da criança

para entrar nela

ainda suja da lama genética

 

venceste a insidiosa

a cadela que exige sangue

(julgas tu...)

 

Poema de Rosa Oliveira in tardio

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publicado às 18:07


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