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PAUL CELAN
QUEM
DOMINA?
Cercada de cores a vida, comprimida por cifras.
O relógio
rouba o tempo no cometa,
as espadas
pescam,
o nome
doura as fintas,
a balsamina, de elmo,
cifra os pontos na pedra.
Dor, enquanto sombra de lesma.
Ouço que não se faz mais tarde.
Insípido e errado, nas selas,
medem também isto aqui.
Lâmpadas esféricas em vea da tua.
Ciladas de luz, divino-liminar, em vez de
nossas casas.
O gurupés do mágico
diáfano-negro
em culminação
inferior.
A metafonia conquistada na impalavra:
teu reflexo: o epitáfio
de uma das sombras de pensamento
aqui.
POEMA DE PAUL CELAN RETIRADO DO LIVRO "NÃO SABEMOS MESMO O QUE IMPORTA", EDIÇÃO RELÓGIO D'ÁGUA, OUTUBRO DE 2014