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#1722 - Constituição a pedido

por Carlos Pereira \foleirices, em 30.07.12

 

O presidente do BPI, Fernando Ulrich, já classificara a decisão do TC que confirmou a inconstitucionalidade dos confiscos dos subsídios de férias e Natal a funcionários públicos e pensionistas de "negativa", "perigosa" e "inaceitável". Agora é o presidente do BCP, Nuno Amado, a clamar que foi "uma decisão muitíssimo infeliz".

 

A banca (falta conhecer a opinião de Ricardo Salgado, do omnipresente BES, para o ramalhete ficar completo) não só tem enormes responsabilidades na crise como tem sido beneficiária da maior parte dos sacrifícios que, a pretexto dela, vêm sendo impostos aos portugueses. Mas a banca quer mais do que o seu financiamento com a "ajuda" que a 'troika' cobra ao país em desemprego, fome e miséria ou do que a destruição do SNS que alimenta os seus negócios na Saúde, a banca quer também uma Constituição "sua", já que a Constituição da República se revela, pelos vistos, "negativa", "perigosa", "inaceitável" e "muitíssimo infeliz" para os seus interesses.

 

Nem Ulrich nem Amado o escondem: "É premente alguma revisão da Constituição" (Amado), e a decisão do TC pode "justificar a discussão de uma revisão constitucional, o que até seria positivo" (Ulrich).

 

Numa democracia que cumprisse os serviços mínimos, os desejos de dois banqueiros valeriam apenas dois votos. Não tardará que vejamos quanto valem num regime do género "que se lixem as eleições".

 

 

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publicado às 19:55


#1721 - O tempo das suaves raparigas e outros poemas de amor

por Carlos Pereira \foleirices, em 29.07.12

 

ATRAVÉS DA CHUVA E DA NÉVOA

 

 

Chovia e vi-te entrar no mar

longe de aqui há muito tempo já

ó meu amor o teu olhar

o meu olhar o teu amor

Mais tarde olhei-te e nem te conhecia

Agora aqui relembro e pergunto:

Qual é a realidade de tudo isto?

Afinal onde é que as coisas continuam

e como continuam se é que continuam?

Apenas deixarei atrás de mim tubos de comprimidos

a casa povoada o nome no registo

uma menção no livro das primeiras letras?

Chovia e vi-te entrar no mar

ó meu amor o teu olhar

o meu olhar o teu amor

Que importa que algures continues?

Tudo morreu: tu eu esse tempo esse lugar

Que posso eu fazer por tudo isso agora?

Talvez dizer apenas

chovia e vi-te entrar no mar

E aceitar a irremediável morte para tudo e todos

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publicado às 20:13

 

'Tempo Contado', o livro de J. Rentes de Carvalho, é o vencedor do Grande Prémio de Literatura Biográfica 2010/2011 atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores (APE).

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publicado às 23:30


#1719 - A capitulação

por Carlos Pereira \foleirices, em 24.07.12

É o tempo em que muitos homens se transformaram em figuras paradas, caricaturas dos homens bravos e corajosos que já foram. De lutadores nada resta; apenas a cobardia humilhante e desprezível perante a rendição.

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publicado às 15:42


#1718 - Orcas - Until Then

por Carlos Pereira \foleirices, em 21.07.12

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publicado às 20:38


#1717 - Citações

por Carlos Pereira \foleirices, em 06.07.12

O homem caça e luta. A mulher intriga e sonha; é a mãe da fantasia, dos deuses. Possui a segunda visão, as asas que lhe permitem voar até ao infinito do desejo e da imaginação... Os deuses são como os homens: nascem e morrem sobre o peito de uma mulher...

 

Jules Michelet

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publicado às 12:46


#1716 - O Amor

por Carlos Pereira \foleirices, em 05.07.12

Tecidos e resina de poliéster sobre gesso
15x30x10cm
ALEXANDRA DE PINHO

 

 

O AMOR

 

De repente soube

que estava na solidão como numa casa

conhecida e opaca.

Durava o meu silêncio, poderia durar

qualquer momento: amor, entrega

ao infinito lume de cada ser.

Pouco importava.

 

Nem era a solidão que importava.

Nem o amor.

Podia eu respirar? Sim, podia.

Os ruídos da casa acentuavam-se no escuro.

Longe, um vidro refractava uma luz insidiosa,

terna e obsessiva.

Mas isso era longe. Noutro quarto alguém dormia.

 

Eu, excluído

de todos os encontros. Mas isso, agora,

tornava-se igualmente irrelevante.

 

A luz modificava proporções e relevos.

Os quartos abriam-se à claridade

e o teu corpo que dormia era apenas mais uma peça

de uma misteriosa mecânica.

 

Eu, excluído.

O silêncio por dentro da casa habitava

o começo da luz.

 

Os ruídos eram soltos,

aparentemente incongruentes.

Como os quartos, que abriam para outros quartos

ou para o vazio,

como os corredores, sem saída

aparente,

como as escadas

abertas para o céu

frio.

 

Do mesmo modo, amar pode muitas vezes

passar por esse despido desamor

que o teu corpo deitado no quarto, aberto apenas

à luz desconhecida,

me pedia e continha.

Este silêncio é da casa e é de fora da casa.

A mecânica do amor não conhece

pausas.

 

Desola tanta frieza,

tanta aridez consentida,

tanta angústia antiga afugentada como um erro.

É o amor. O teu corpo dorme,

o quarto arde já de tanta luz.

Vem, tudo se perdeu.

Vem, rasga, ou abre com indiferença as cortinas,

a luz há muito já que entrou

para dentro do quarto, alastrou pelos móveis,

infectou madeiras, corroeu os corredores e as passagens,

anulou os segredos.

 

Olha: é o amor, por fim.

Desolação e queda.

 

Poema de Luís Filipe Castro Mendes

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publicado às 19:03


#1715 - Mount Eerie - The Place I Live

por Carlos Pereira \foleirices, em 05.07.12

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publicado às 17:56


#1714 - Piano Magic - When You Leave Me Alone

por Carlos Pereira \foleirices, em 05.07.12

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publicado às 17:22


#1713 - O silêncio dos condenados

por Carlos Pereira \foleirices, em 04.07.12

A elogiada paciência dos portugueses perante a austeridade imposta pelo governo é um dos verdadeiros motivos pela situação de desastre económico em que nos encontramos

 

Crónica de Nuno Ramos de Almeida no Jornal i

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publicado às 17:50


#1712 - Uma mente super brilhante

por Carlos Pereira \foleirices, em 04.07.12

 

No currículo tinha uma longa experiência política e vários cargos. Já tinha estado no Governo. E concluíra uma disciplina de Direito em 1985. O ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares Miguel Relvas requereu a sua admissão à Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias (Lisboa) em Setembro de 2006. E concluiu uma licenciatura em Ciência Política e Relações Internacionais em Outubro de 2007, com 11 de classificação final. O curso tem um plano de estudos de 36 cadeiras semestrais, distribuídas por três anos. O presidente da Associação Portuguesa do Ensino Superior Privado (Apesp), João Redondo, diz que fazer uma licenciatura de três anos só num ano “não é de todo vulgar”.

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publicado às 01:03


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