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Cuidar dos ricos

por Carlos Pereira \foleirices, em 29.05.08


Por outras palavras de Manuel António Pina


Segundo a "Forbes", os milionários americanos gastam milhões para se protegerem e às suas fortunas casas equipadas com "robots" que localizam automaticamente intrusos e os imobilizam com descargas de alta tensão, leitores biométricos, portas falsas, salas blindadas de refúgio de onde é possível encher o resto da habitação de gás lacrimogéneo, cães treinados (55 mil dólares cada um), seguranças oriundos de forças especiais (SEAL, fuzileiros, comandos) a 600 dólares a hora. Em Portugal, país que ostenta o mais desonroso dos recordes europeus, o da pobreza e desigualdade, milionários como Jean-Pierre Bemba, acusado pelo TPI de crimes contra a humanidade, são protegidos por polícias pago pelo… Orçamento de Estado. E, se for para a frente uma proposta de lei do ministro Alberto Costa, as fortunas dos milionários ficarão agora a salvo não só dos ladrões mas até dos direitos dos credores, e mesmo das penhoras do fisco e Segurança Social. Assim, de acordo com uma notícia do "Público", o CEF do Ministério das Finanças está a estudar a criação de um fundo, idealizado pelo Ministério da Justiça, que visa proteger as grandes fortunas "de credores privados, bem como do fisco e da Segurança Social". É o "Estado Social" na versão socialista "moderna" e neoliberal.

 

Crónica de Manuel António Pina publicada no "JN" de hoje

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publicado às 17:07


Intimidade à força

por Carlos Pereira \foleirices, em 27.05.08
 

O aspecto desagradável do episódio do cigarro fumado pelo primeiro-ministro não tem que ver com a denúncia dos jornalistas, nem com o exagero na cobertura mediática, mas com o aproveitamento do próprio José Sócrates da atenção recebida. Ficámos então a saber que o primeiro-ministro de Portugal está a tentar deixar de fumar. Tal qual o nosso primo ou o nosso irmão mais velho. Será que também usa aquelas pastilhas ou uns pensos quaisquer que se colam não sei onde? José Sócrates é um ser humano, um ser aliás tão humano que chega a haver uma vaga hipótese de ser nosso parente. Mal chega da Venezuela avisa sorridente num encontro em Braga que já não fuma há uma série de dias. O povo português não tem de ser informado disso mas Sócrates insiste em contar. A insistência galhofeira é um claro aproveitamento da situação em que se viu apanhado e uma tentativa de tirar partido do seu erro. Afinal, não passa de uma pessoa como outras, com um problema aborrecido, que provoca ansiedade e uma imensa empatia com os amantes de cigarros. O primeiro-ministro não deu o exemplo. Isso seria demagogia. O primeiro-ministro emenda-se e cria empatia. Isso é intimidade à força.

 

Publicado na Tabu, Cinco Sentidos, 24-05.08.



publicado por Charlotte

 

post retirado do blog "Bomba Inteligente"

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publicado às 00:34


Até que a vista nos doa. Horas de contemplação.

por Carlos Pereira \foleirices, em 27.05.08

O erotismo e a beleza poética das mulheres do

Miguel Marujo

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publicado às 00:29


Na Costa Oeste nada de novo.

por Carlos Pereira \foleirices, em 27.05.08

O Tomás Vasques escreveu

 

 

Esta semana, jornais e televisões debruçaram-se sobre a pobreza em Portugal. Mas a coisa saiu frouxa. À falta de melhor, os jornais fizeram uso de dois estudos, um, elaborado pela Comissão Europeia sobre a situação social na União Europeia no ano de 2004; o outro, dirigido por Bruto da Costa, analisa a pobreza em Portugal no período compreendido entre 1995 e 2000. O tratamento não é sério. Serve apenas para marcar a agenda política do jornalismo. As televisões, por seu lado, tratam editorialmente o tema da pobreza com o mesmo «rigor» e a mesma «eloquência» com que nos dão o menu da selecção nacional de futebol. O tratamento também não é sério. Serve apenas o show off permanente das televisões, onde já é difícil distinguir informação de entretenimento. De resto, temos a selecção nacional em estágio, em Viseu, onde permanecem dezenas de jornalistas à espera que Cristiano Ronaldo vá à casa de banho e, ainda, as mornas «directas» no PSD. Talvez esta bonança seja o pronuncio de tempestades…



Por Tomás Vasques às 13:25

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publicado às 00:18


Os dramas de W.Shakespeare

por Carlos Pereira \foleirices, em 26.05.08

"... era uma vez um rei! Ponde os chapéus;

não zombeis, com solenes reverências,

do que é só carne e sangue. Despojai-vos

do respeito, das formas, dos costumes

tradicionais, dos gestos exteriores,

que equivocados todos estivestes

a meu respeito. Como vós, eu vivo

também de pão, padeço privações,

necessito de amigos, sou sensível

às dores. Se, a tal ponto, eu sou escravo,

como ousais vir dizer-me que eu sou um rei?"

 

A tragédia do rei Ricardo II, de William Shakespeare

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publicado às 19:59


A sonda phoenix chegou a Marte

por Carlos Pereira \foleirices, em 26.05.08

Não sei da importância de uma sonda chegar a Marte. Poderá ser vital para a humanidade, talvez... Compreendo esta férrea e indomável vontade de o homem romper fronteiras em busca do imaginário, do sonho, da quimera. Sempre foi assim desde que o homem de si tomou consciência e aprendeu, observando a natureza, a construir as ferramentas necessárias para conhecer novos mundos, realidades novas, gentes diferentes, oportunidades.

Mas o que me inquieta é que na ânsia febril de descobrir novas vidas, novos mundos, nos esqueçamos que há muita gente, neste planeta, cujas vidas precisam  urgentemente de ser descobertas, de ser lembradas, resgatadas. E estão muito mais perto de nós.

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publicado às 18:26


Phoenix chegou a Marte

por Carlos Pereira \foleirices, em 26.05.08



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publicado às 17:32


O Almocreve

por Carlos Pereira \foleirices, em 26.05.08

O "Almocreve das Petas" celebra o seu quinto aniversário. É motivo de regozijo para um blog que considero imprescindível e incontornável.

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publicado às 13:02


Alfredo Saramago [1938-2008]

por Carlos Pereira \foleirices, em 26.05.08

Alfredo Saramago, autor de várias obras de história e antropologia das tradições gastronómicas portuguesas, morreu hoje, aos 70 anos.

Nascido em 1938, no concelho alentejano de Arronches, Alfredo Saramago formou-se na área das Ciências Sociais e Humanas. Em Inglaterra, doutorou-se em Antropologia e trabalhou como investigador.

Como um dos principais investigadores portugueses da história da Alimentação, centrou grande parte da sua obra na gastronomia do país, passando pelos hábitos alimentares alentejanos, algarvios, das beiras, Minho e Trás-os-Montes. Também os vinhos tiveram destaque no seu trabalho. No livro “125 vinhos”, publicado no ano passado pela Assírio Alvim, a editora que ao longo de dez anos representou Alfredo Saramago, o alentejano escolheu os melhores vinhos do país.

É também autor de "Cozinha Para Homens - a honesta volúpia" (2007), "Para uma História da Alimentação de Lisboa e seu Termo" (2004), "Para uma História da Alimentação no Alentejo" (1997), "Doçaria dos Conventos de Portugal" (1997), entre outras obras.

Era actualmente director da revista "Épicur".


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publicado às 12:50


As canções que ouvia

por Carlos Pereira \foleirices, em 25.05.08
Jacques Brel - La Chanson des Vieux Amants

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publicado às 23:10


As canções que ouvia

por Carlos Pereira \foleirices, em 23.05.08

Jane Birkin & Serge Gainsbourg - Je T'aime... Moi Non Plus

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publicado às 18:15


As canções que ouvia

por Carlos Pereira \foleirices, em 23.05.08

Léo Ferré - "Avec le temps"

 

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publicado às 18:07


As canções que ouvia

por Carlos Pereira \foleirices, em 23.05.08

Léo Ferré - "Tu ne dis jamais rien"

 

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publicado às 18:06


As canções que ouvia

por Carlos Pereira \foleirices, em 23.05.08

Léo Ferré -"Requiem"

 

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publicado às 18:02


As canções que ouvia

por Carlos Pereira \foleirices, em 23.05.08

Léo Ferré - "La Solitude"

 

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publicado às 17:59


Boicote aos produtos GALP

por Carlos Pereira \foleirices, em 22.05.08

O JumentoA Barbearia do Senhor Luís e outros blogs defendem, nos seus blogs, um boicote aos produtos da GALP.

Aqui fica o desafio.

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publicado às 16:28


Hoje apetece-me ouvir

por Carlos Pereira \foleirices, em 21.05.08

Sei de um rio - Camané

 

 

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publicado às 23:23


Por favor, desliga a televisão

por Carlos Pereira \foleirices, em 21.05.08

Contas-me uma história? Uma história com estórias. Que fale de chuva, de gotas de orvalho, de esperança. De pessoas não; já me aborrecem, provocam bocejos de tédio, dizem sempre as mesmas coisas, aparecem sempre nos mesmos lugares nem que seja em sítios diferentes; põem-se em bicos de pé, entram-nos pela casa adentro, não pedem licença; são rudes, não têm pudor.

Não... não fales de pessoas, essas vejo-as todos os dias disfarçadas em roupas de papel, ou em gritantes anúncios em néon.

Conta-me uma história de estórias simples, singelas, não importa que sejam absurdas, mas, por favor, desliga a televisão.

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publicado às 17:27


O fiasco das câmaras de vigilância em Inglaterra

por Carlos Pereira \foleirices, em 21.05.08

"Sorria, está a ser filmado"


Por outras palavras, de  Manuel, António, Pina

Por feliz ou infeliz coincidência, justamente quando a Associação de Bares da Zona Histórica do Porto (às vezes referida na imprensa pelo colorido "petit nom" de ABZHP) anuncia para o início do próximo mês a instalação de 14 câmaras de vigilância na Ribeira ("só falta a ligação do ramal ao local onde está instalado o sistema, na Câmara do Porto"), o inspector-chefe da unidade responsável pelas câmaras de vigilância (CCTV) na Polícia Metropolitana de Londres, Mick Neville, afirma ao "Guardian" que o resultado da videovigilância no Reino Unido - onde foram investidos muitos milhões de libras no sistema e onde existem hoje, não 14, mas milhares de câmaras por todo o lado, até em mini-helicópeteros telecomandados - "é um completo fiasco". Não só, revela o mesmo responsável, apenas 3% de crimes foram resolvidos com ajuda do sistema como "ninguém tem medo das câmaras". Ou seja, afinal o "big brother" electrónico, se é um assinalável sucesso ("sorria, está a ser filmado") no que toca a bisbilhotar a vida privada do cidadão comum, falha redondamente tanto no que respeita à repressão como à prevenção da criminalidade. Conhecida, no entanto, a vocação da Câmara do Porto para filmar cidadãos e denunciar no seu "site" o que fazem nas horas vagas, as câmaras da Ribeira, como as também já anunciadas para a Baixa, se não servirem para apanhar criminosos, não serão totalmente inúteis.

 

Crónica de Manuel António Pina publicada no "JN" de hoje

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publicado às 15:57


O sentido de humor do Ruim

por Carlos Pereira \foleirices, em 20.05.08

PONTO MORTO E A DESCER

 

Se até o autocarro da seleção, que é patrocinado pela galp, só lá vai de empurrão, o que será dos nossos carros???

 

publicado por RUIM às 09:52

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publicado às 22:04


Hoje há conquilhas, amanhã não sabemos

por Carlos Pereira \foleirices, em 18.05.08

O tomás Vasques mudou de sítio, agora está no sapo.

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publicado às 16:01


Os Negócios na Saúde

por Carlos Pereira \foleirices, em 17.05.08

"O Ministério da Saúde não sabe quanto foi pago à Empresa Alert Life Sciences, S.A. pela informatização dos serviços de urgência de 37 hospitais entre 2003 e Outubro de 2007".

 

De acordo com a notícia publicada na Revista "Visão", n.º 793, de 15 de Maio, a ministra Ana Jorge forçou, segundo o Jornal "Público", a saída de Armando Brito de Sá, da Missão para os Cuidados de Saúde Primários, por este ser também consultor da Alert.

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publicado às 15:45


"O Povo é sereno, isto é só fumaça"

por Carlos Pereira \foleirices, em 17.05.08

Do blog de Francisco José Viegas

 

Moral.

 

Quando se abordam questões relacionadas com o tabaco, entramos num domínio claramente irracional, comparável ao do futebol. Por um lado, é um método para os blogs subirem audiências; por outro, sobretudo naqueles que têm comentários abertos, é uma oportunidade de abrir debates e de receber vários insultos. Três notas apenas, independentemente do que escrevi antes:

1) O Francisco Mendes da Silva localizou a questão da moral; ou seja, mudou-a de lugar, e fez bem. Eu tinha chamado moralista à notícia do Público; o FMS acha que a questão moral se deve colocar no âmbito da moralidade política básica: para que «nos perguntemos se a lei que com tanta gravidade nos impuseram é verdadeiramente para ser aplicada ou se não passará, afinal, de uma proposta de vida do tipo religioso e, portanto, de letra-morta jurídica». Ou seja, se bem entendi: se se trata de uma lei, é uma prescrição para levar à letra e não para eleger apenas como princípio orientador, sujeito ao livre-arbítrio. Resposta: é uma lei assinada por José Sócrates.

2) O ressentimento seria natural. Se Sócrates assinou a lei, se a Direcção de Saúde evangelizou com espalhafato, e se a larga maioria da sociedade («sociedade» é um termo difuso, sim) apoiou a lei, então é preciso fazer com que Sócrates pague: a multa, em primeiro lugar; politicamente, em segundo lugar. É uma vingança que qualquer fumador exige em nome da coerência. E, no entanto, é de ressentimento que se trata. Ou de como um cigarro abalou a cena política e lançou ainda mais desconfiança sobre os políticos e os jornalistas, uma vez que se podia geralmente fumar nas três ou quatro últimas filas dos aviões das comitivas oficiais. O grau de ressentimento é maior porque a notícia, que podia ser dada há oito anos, quando creio que se deixou de fumar a bordo da TAP, só foi dada agora.

3. O pior de tudo: a declaração de José Sócrates, aceitando a punição e dando um passo em frente. Ninguém lhe tinha pedido para deixar de fumar. Mas, depois de um «mau exemplo» (do ponto de vista da moral), o «bom exemplo», porque vai «deixar de fumar». Mais uma vez, a moral. Não há paciência.


 


 

[ Publicado por FJV ]

 

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publicado às 15:34


Poema Patético

por Carlos Pereira \foleirices, em 16.05.08

Que barulho é esse na escada?

É o amor que está acabando,

é o homem que fechou a porta

e se enforcou na cortina.

 

Que barulho é esse na escada?

É o Guiomar que tapou os olhos

e se assoou com estrondo.

É a lua imóvel sobre os pratos

e os metais que brilham na copa.

 

Que barulho é esse na escada?

É a torneira pingando água,

é o lamento imperceptível

de alguém que perdeu no jogo

enquanto a banda de música

vai baixando, baixando de tom.

 

Que barulho é esse na escada?

É a virgem com um trombone,

a criança com um tambor,

o bispo com uma campainha

e alguém abafando o rumor

que salta de meu coração.

 

Poema de Carlos Drummond de Andrade - Antologia Poética - Relógio ´D'Água, 2007

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publicado às 18:49


Esquecer é possível? - Manuel António Pina

por Carlos Pereira \foleirices, em 16.05.08

POR OUTRAS PALAVRAS, DE MANUEL ANTÓNIO PINA

Noticia o EcoDiário que o Ministério do Fomento espanhol vai mudar o nome da ponte José León de Carranza, em Cádis, por ela evocar o nome de um presidente da Câmara franquista que esteve à frente da autarquia entre 1948 e 1969. Igualmente o Estádio Ramon Carranza terá que mudar de nome, pois Ramon Carranza, pai de José León, exerceu o mesmo cargo durante a ditadura de Primo de Rivera e, depois, na sequência da rebelião de Franco. A imposição resulta da Lei da Memória Histórica, que visa erradicar de ruas e monumentos espanhóis todos os símbolos do franquismo. Apagar o passado e a História (vem imediatamente à memória, por se ter tornado também um símbolo, Trotsky apagado da fotografia por Estaline) é uma arte antiga e perigosa. O problema é se o passado, o dos povos como o dos indivíduos, pode apagar-se, se é possível esquecer, recomeçar esquizofrenicamente de novo como se atrás fosse o vazio. Porque, reprimido, o passado torna-se às vezes um animal acossado. No curso de uma revolução, arrancar uma placa toponímica, destruir um monumento, podem ser actos simbólicos. Mas uma democracia forte e saudável não deve temer enfrentar os fantasmas inscritos no corpo colectivo. E recordar é decerto, como ensina a vulgata freudiana, a melhor forma de o fazer.

 

Crónica de Manuel António Pina no "JN" de hoje

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publicado às 18:43


Agradecimento

por Carlos Pereira \foleirices, em 16.05.08

Agradeço ao RUIM a inclusão deste blog no seu blog.

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publicado às 18:18


Jorge Luis Borges

por Carlos Pereira \foleirices, em 15.05.08

Mario Delgado Aparain entrevistou Jorge Luis Borges - que pode ler na Revista LER, n.º 51, Verão de 2001;

 

Mario Delgado pergunta: "Como concebe uma sociedade melhor do que aquela em que vivemos?"

 

Borges responde: "Não sei, não sou entendido em política. Mas, por exemplo, já vivi na Suíça. Na Suíça, o governo é eficaz e é mais ou menos imperceptível. Ninguém sabe o nome do presidente, por exemplo. Os políticos não são personalidades públicas. Uma prima minha é amiga da filha do Presidente da República. Fizeram férias juntas, nenhum jornal se ocupou delas e viajaram em segunda classe, isso parece-me bem. Agora, pelo contrário, os políticos são públicos, digamos que, de alguma forma, são actores, maus actores..."

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publicado às 22:57


As profecias de McCain

por Carlos Pereira \foleirices, em 15.05.08
McCain diz que EUA vão vencer a guerra no Iraque até 2013

Os EUA vão vencer a guerra do Iraque até 2013, e até esse ano o líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, estará morto ou capturado, prometeu hoje o candidato republicano à Casa Branca, John McCain, num discurso sobre os objectivos do respectivo mandato, caso seja eleito.

 

Diário Digital

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publicado às 21:26


...

por Carlos Pereira \foleirices, em 15.05.08

"Escrevo coisas incríveis. Só que não as escrevo.

É como se as escrevesse, andam assim por dentro."

 

Manuel Hermínio Monteiro (1953-2001)

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publicado às 20:18


Cidades Invisíveis

por Carlos Pereira \foleirices, em 15.05.08

Valparaíso é um velho balcão debruçado sobre o Pacífico. Viajantes, cineastas, poetas, pintores, fotógrafos gravaram a sua história sob os céus secretos do Cruzeiro do Sul.

Mas quem melhor  descobriu a sua alma profunda de porto de partidas e chegadas foi Neruda, que a reiventou a partir da sua casa La Sebastiana, construída no cerro Florida.

 

...Valparaíso é um lugar metafísico, situado para além da física, para lá do tempo e do espaço, para lá da história, uma urbe parada no tempo, fora desta época e que, todavia, vive e muda constantemente. É um centro mágico da existência.

 

Excertos de um texto de Sergio Vuskovic Rojo publicados na Revista Atlântica, N.º 5

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publicado às 20:04


Desassossegos

por Carlos Pereira \foleirices, em 15.05.08

Não faço teorias a respeito da vida. Se ela é boa ou má não sei, não penso.

Para meus olhos é dura e triste, com sonhos deliciosos de permeio. Que me importa o que ela é para os outros?

A vida dos outros só me serve para eu lhes viver, a cada um a vida que me parece que lhes convém no meu sonho.

 

Do livro "Desassossego" de Bernardo Soares, edição Richard Zenith, Assírio & Alvim, 2005

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publicado às 19:23


As Raízes

por Carlos Pereira \foleirices, em 15.05.08

As raízes não falam. Não estão atrás. Nem no fundo.

As raízes vão à frente. Puxam-nos para a frente.

Por vezes engrossam nos sapatos. Cheias de suor e cobertas de bocas.

Trazem os olhos cheios de noite e de formigas

e têm o peso de séculos de pão e morte, de mãe e cal.

Projectam-se para o sol em latidos de sangue

mas caem num fundo de chumbo ou numa imóvel sombra.

Crescem, crescem sempre com as cabeças feridas,

orfãs de um horizonte soterrado em escamas.

Ascendem à garganta com os dentes da terra

mas sustêm o grito como se fosse um osso.

Que querem elas dizer? Alegria, árvores,

astros? Ou a intensa sombra do silêncio?

Elas impelem-nos para a frente, para um futuro antigo

de lágrimas adolescentes e marinhas,

de rios juvenis, de grandes luas

e o coração late em águas vivas.

 

Poema de António Ramos Rosa, do Livro Antologia Poética - Publicações Dom Quixote, 2001

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publicado às 18:57


Viagem ao ponto de fuga

por Carlos Pereira \foleirices, em 15.05.08

 

Ilustração de Fernando Campos do seu livro "Viagem ao ponto de fuga" (Contos) - Edição Difel

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publicado às 18:52


...

por Carlos Pereira \foleirices, em 15.05.08

"Preciso de luz. Mas onde encontrá-la?"

 

Do livro "Deus não joga aos dados" de Henri Laborit - Éditions Grasset et Fasquelle, 1987

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publicado às 18:21


Proibições 8

por Carlos Pereira \foleirices, em 15.05.08

 

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publicado às 18:03


Proibições 7

por Carlos Pereira \foleirices, em 15.05.08

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publicado às 18:01


Proibições 6

por Carlos Pereira \foleirices, em 15.05.08

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publicado às 18:00


Proibições 5

por Carlos Pereira \foleirices, em 15.05.08

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publicado às 17:55


Falsos «analistas militares» a soldo do Pentágono

por Carlos Pereira \foleirices, em 15.05.08

Este post foi retirado do blog "Um Homem das Cidades"

 

 
Jon Stewart, do Daily Show, põe a nu a desinformação sobre o Iraque veiculada pelo Pentágono através dos «independentes» meios de comunicação americanos:

Jon Stewart: Olhem para estas adoráveis e bondosas ex-máquinas de matar. Os canais contrataram-nos para dar opiniões de especialistas acerca do esforço bélico do nosso país.

Especialista 1: Estamos a vencer a guerra contra o terrorismo.

Especialista 2: Esta é a força mais bem preparada que já tivemos.

Especialista 3: Esta é a melhor liderança que os militares já tiveram.

Especialista 4: Quando pergunto a amigos meus de longa data do exército, que não vão mentir-me sobre como estamos a sair-nos e se estamos a ganhar ou a perder, eles dizem que estamos a ganhar.

Jon Stewart: Pois parece que muitos destes ex-militares não eram assim tão «ex», trabalhando para empresas de armamento e do Pentágono. Enquanto os canais noticiosos lhes chamam «analistas militares», o Pentágono, em memorandos vindos a público há pouco tempo, referia-se a eles como «multiplicadores de mensagens».

 
 

Etiquetas: Complexo Militar-Industrial, Daily Show, Iraque, Jon Stewart

 

 

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publicado às 16:05


Canções a propósito. Zeca Pagodinho, «Maneiras».

por Carlos Pereira \foleirices, em 14.05.08

Da leitura do Blog "A Origem das Espécies"

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publicado às 17:28


Galiza e a língua portuguesa

por Carlos Pereira \foleirices, em 14.05.08

A Associação Galega da Língua (AGAL) promove domingo uma manifestação em Santiago de Compostela para defender o reconhecimento do galego como parte integrante da lusofonia e denunciar as políticas de normalização linguística desenvolvidas pelo Estado espanhol.

 

Diário Digital

 

 

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publicado às 17:03


Os Cínicos e o Futebol

por Carlos Pereira \foleirices, em 14.05.08

Parece-me que algumas pessoas ao manifestarem o seu contentamento às sanções impostas pela Comissão Disciplinar da Liga Portuguesa de Futebol a alguns dirigentes e clubes, fizeram-no,  não por acreditarem e defenderem as questões da justiça, moral e ética no futebol,  mas somente movidos pelo doce sentimento da vingança.

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publicado às 16:48


Trivialidades

por Carlos Pereira \foleirices, em 14.05.08

 

O primeiro-ministro fumou um cigarro, após o jantar, a bordo de um avião fretado a caminho de Caracas. O facto foi notícia do dia. Meteu declarações comoventes de todos os partidos da oposição e chamaram-se os constitucionalistas a depor, como se estivéssemos à beira de um golpe de Estado. Feliz país que se pode dar ao luxo de se centrar em tais trivialidades.

 

 

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publicado às 13:17


Robert Rauschenberg

por Carlos Pereira \foleirices, em 14.05.08

Robert Rauschenberg faleceu aos 82 anos de idade, na Florida. Considerado um dos  mais importantes pintores do Mundo, esteve recentemente em Portugal aquando da inauguração da sua exposição que esteve patente ao público entre 26 de Outubro de 2007 e 30 de Março deste ano no Museu de Arte  Contemporânea de Serralves.

Parte das obras expostas em Serralves, estão actualmente a ser exibidas no Museu Haus der Kunst, em Munique e depois seguirão para o Museo d'Arte Contemporanea Donna Regina, em Nápoles, Itália.

 

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publicado às 12:57


Um partido com duas caras

por Carlos Pereira \foleirices, em 14.05.08

Por outras palavras,  de Manuel António Pina

Termina hoje a visita de uma delegação do PCP, chefiada por Albano Nunes, membro da Comissão Política, à China. E são chocantes os elogios dos comunistas portugueses aos "êxitos chineses na construção socialista", obtidos, como o PCP não ignora, à custa do mais selvagem capitalismo ultraliberal e, levados a níveis extremos, de todos os pecados que o PCP aponta em Portugal às políticas económicas do Governo fome, desemprego, precariedade, salários (de miséria) em atraso, segurança social inexistente, fosso abissal entre ricos e pobres, gritantes e escandalosas injustiças sociais. E que dizer do apoio do PCP à repressão no Tibete e às políticas chinesas de direitos humanos, apoio que o secretário do Comité Central do PC Chinês, Liu Yunshan, já enalteceu e agradeceu? Arauto das "amplas liberdades" e denunciante de qualquer pontual deriva autoritária em Portugal, o PCP aceita com normalidade as prisões arbitrárias, a tortura, a ausência de liberdade de expressão ou de liberdade de associação política na China (como as aceitara antes na URSS). Talvez, depois de apresentar uma moção de censura ao Governo a pretexto do novo Código do Trabalho, o PCP queira explicar aos portugueses os direitos de que gozam os trabalhadores no paraíso "socialista" chinês.

 

Crónica de Manuel António Pina, publicada no "JN", de hoje

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publicado às 12:42


Proibições 4

por Carlos Pereira \foleirices, em 14.05.08

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publicado às 12:39


Proibições 3

por Carlos Pereira \foleirices, em 14.05.08

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publicado às 12:37


Proibições 2

por Carlos Pereira \foleirices, em 14.05.08

 

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publicado às 12:35


Proibições 1

por Carlos Pereira \foleirices, em 14.05.08

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publicado às 12:33


Conversar sobre arquitectura

por Carlos Pereira \foleirices, em 13.05.08

"Pensar espaço público, Desenhar contexto urbano, Construir cidade".

Álvaro Siza Vieira, Eduardo Souto Moura e Yehuda Safran, os arquitectos;

Bernardo Rodrigues e Tiago Figueiredo, os coordenadores;

Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira;

17 de Maio de 2008;

17 horas.

 

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publicado às 19:37


As esculturas do Paulo Neves

por Carlos Pereira \foleirices, em 12.05.08

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publicado às 17:37


Imaginarius - Queda de uma avião

por Carlos Pereira \foleirices, em 12.05.08

 

Avião despenha-se nos jardins da Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira. A bordo apenas seguia o "Princepezinho"

 

Ler notícia em www.imaginarius.pt

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publicado às 17:12


Ganância e escravidão

por Carlos Pereira \foleirices, em 12.05.08

Em nome da ganância e dos lucros fabulosos, a obscenidade da servidão.

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publicado às 16:50


O seu pecado? apaixonar-se

por Carlos Pereira \foleirices, em 12.05.08

Rapariga de 17 anos foi assassinada pelo seu pai porque cometeu o enorme pecado de se apaixonar pela pessoa "errada".

Aconteceu em Baçorá, no Iraque.

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publicado às 16:42


As relações entre Portugal e Angola

por Carlos Pereira \foleirices, em 12.05.08

Daniel Oliveira, no seu artigo de opinião publicado no Expresso, escreve que o "rei vai nu".

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publicado às 12:33


O apelo de Miguel Sousa Tavares

por Carlos Pereira \foleirices, em 12.05.08

"Por favor, não governem mais!", é o apelo que Miguel Sousa Tavares faz na sua crónica publicada no Expresso deste fim-de-semana.

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publicado às 12:28


Festa é festa III

por Carlos Pereira \foleirices, em 09.05.08

 

 

 

Em tempo de festa, a propensão marginal para a liquidez é lei económica pública e incontrolável!...
E os serviços públicos correspondem!...
 

 

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publicado às 18:59


Leituras de outros blog's

por Carlos Pereira \foleirices, em 09.05.08
com agressividade

A queda do boavista é uma enorme perda para o futebol português em geral e para os médicos ortopedistas em particular.



 

publicado por Rodrigo Moita de Deus às 16:14
 

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publicado às 18:46


Carta a meus filhos (texto retirado do blog 2+2=5)

por Carlos Pereira \foleirices, em 09.05.08

CARTA A MEUS FILHOS

Sobre os fuzilamentos de Goya
 
 
 
 
 
Não sei, meus filhos, que mundo será o vosso.
É possível, porque tudo é possível, que ele seja aquele que eu desejo para vós.
Um simples mundo, onde tudo tenha apenas a dificuldade que advém de nada haver que não seja simples e natural. Um mundo em que tudo seja permitido, conforme o vosso gosto, o vosso anseio, o vosso prazer, o vosso respeito pelos outros, o respeito dos outros por vós.

E é possível que não seja isto, nem seja sequer isto o que vos interesse para viver. Tudo é possível, ainda quando lutemos, como devemos lutar, por quanto nos pareça a liberdade e a justiça, ou mais que qualquer delas uma fiel dedicação à honra de estar vivo.

Um dia sabereis que mais que a humanidade não tem conta o número dos que pensaram assim, amaram o seu semelhante no que ele tinha de único, de insólito, de livre, de diferente, e foram sacrificados, torturados, espancados, e entregues hipocritamente à secular justiça, para que os liquidasse «com suma piedade e sem efusão de sangue.»

Por serem fiéis a um deus, a um pensamento, a uma pátria, uma esperança, ou muito apenas à fome irrespondível que lhes roía as entranhas, foram estripados, esfolados, queimados, gaseados, e os seus corpos amontoados tão anonimamente quanto haviam vivido, ou suas cinzas dispersas para que delas não restasse memória.

Às vezes, por serem de uma raça, outras por serem de uma classe, expiaram todos os erros que não tinham cometido ou não tinham consciência de haver cometido. Mas também aconteceu e acontece que não foram mortos.

Houve sempre infinitas maneiras de prevalecer, aniquilando mansamente, delicadamente, por ínvios caminhos quais se diz que são ínvios os de Deus.
Estes fuzilamentos, este heroísmo, este horror, foi uma coisa, entre mil, acontecida em Espanha há mais de um século e que por violenta e injusta ofendeu o coração de um pintor chamado Goya, que tinha um coração muito grande, cheio de fúria e de amor. Mas isto nada é, meus filhos.

Apenas um episódio, um episódio breve, nesta cadeia de que sois um elo (ou não sereis) de ferro e de suor e sangue e algum sémen a caminho do mundo que vos sonho. ~

Acreditai que nenhum mundo, que nada nem ninguém vale mais que uma vida ou a alegria de tê-la. É isto o que mais importa - essa alegria.
Acreditai que a dignidade em que hão-de falar-vos tanto não é senão essa alegria que vem de estar-se vivo e sabendo que nenhuma vez alguém está menos vivo ou sofre ou morre para que um só de vós resista um pouco mais à morte que é de todos e virá.

Que tudo isto sabereis serenamente, sem culpas a ninguém, sem terror, sem ambição, e sobretudo sem desapego ou indiferença, ardentemente espero. Tanto sangue, tanta dor, tanta angústia, um dia - mesmo que o tédio de um mundo feliz vos persiga - não hão-de ser em vão.
 
 
Confesso que muitas vezes, pensando no horror de tantos séculos de opressão e crueldade, hesito por momentos e uma amargura me submerge inconsolável.
Serão ou não em vão? Mas, mesmo que o não sejam, quem ressuscita esses milhões, quem restitui não só a vida, mas tudo o que lhes foi tirado?

Nenhum Juízo Final, meus filhos, pode dar-lhes aquele instante que não viveram, aquele objecto que não fruíram, aquele gesto de amor, que fariam «amanhã».

E. por isso, o mesmo mundo que criemos nos cumpre tê-lo com cuidado, como coisa que não é nossa, que nos é cedida para a guardarmos respeitosamente em memória do sangue que nos corre nas veias, da nossa carne que foi outra, do amor que outros não amaram porque lho roubaram.
 
 
JORGE DE SENA

 

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publicado às 18:32

"Desenhar espaço público, pensar contexto urbano, construir cidade". Estes são os temas que servirão de pretexto para uma conversa na Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira no dia 17 de Maio, às 17 horas. Esta conversa/conferência pretende reflectir sobre arquitectura enquanto primeira forma de arte pública.

 

Yehuda Safran é crítico,  e professor na Universidade de Columbia, Nova Iorque.

 

Esta conversa/conferência será moderada pelo arquitecto Bernardo Rodrigues.

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publicado às 20:15

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