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#2628 - Portugal, um país em chamas

por Carlos Pereira \foleirices, em 17.10.17

 A aparente resignação e derrota de um homem que perdeu tudo;  a brutalidade de um drama que se repete todos os anos, que destrói, rouba e mata.

A força  de uma fotografia que mostra, também, a enorme dignidade de um homem perante a desgraça.

 

Fotografia de Adriano Miranda, Jornal Público

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publicado às 14:53

 

 Helder Macedo acaba de lançar o volume de ensaios Camões e Outros Contemporâneos, um olhar sobre oito séculos de literatura portuguesa com paragens em D. Dinis, Bernardim ou Camões, mas também em alguns apeadeiros menos óbvios, de Manuel Teixeira Gomes a Manuel de Castro.

 

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TRABALHO DO JORNALISTA Luís Miguel Queirós  LUÍS MIGUEL QUEIRÓS in PÚBLICO ON-LINE

 

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publicado às 18:46


#2162 - A conspiração contra a América

por Carlos Pereira \foleirices, em 14.02.17

 BERNARD-HENRI LEVY

 

Não é bizarro, perguntei a Roth, que a maior democracia do mundo dependa de um sistema de separação de poderes tão improvável?

 

No dia da tomada de posse de Donald Trump conheci Philip Roth. Foi uma experiência estranha passar, com o nosso amigo comum Adam Gopnik, o fim de um dia louco na companhia do escritor que, há 13 anos, em A Conspiração contra a América (Dom Quixote, 2005), descrevia exactamente o pesadelo arrepiante em que os EUA entraram.

Encontrámo-nos no seu apartamento forrado a livros de Manhattan, para onde se mudou depois de ter anunciado que se reformava da escrita. Ttinha passado a manhã desse dia de 20 de Janeiro em frente à televisão. Tal como muitos americanos, mas talvez com um grau de estupefacção suplementar, viu as imagens chocantes do bebé crescido que, com grande estardalhaço, pequenos punhos erguidos, insultava as elites de Washington, o povo americano, o mundo inteiro.

Falámos da outra criança, a verdadeira, o pequeno Barron Trump, vestido como príncipe de comédia e deslocado como se fosse um pacote, ou um troféu, entre os pódios onde se celebrou o triunfo de César seu pai.

Roth tem, como se sabe, um carinho particular pelas heroínas literárias, por isso detivemo-nos no caso de Melania, a first lady, com o seu ar estranhamente ausente durante a cerimónia — lúcida? Informada? Pressentindo, melhor do que todos nós, as catástrofes que se estão a preparar? Ou será apenas a história da mais bonita rapariga do subúrbio que um adolescente ávido convidou para dançar e aperta de mais?

Roth falou também das forças que, no seu romance ou mais exactamente no novo romance que o mundo está a escrever, e de que ele, conhecedor, extrai as linhas cómicas e trágicas, podem resistir a esta maré negra de vulgaridade e de violência. 1. O povo soberano que desceu em massa às ruas das grandes cidades do país, lembrando que em termos de votos totais foi ele, e não Trump, que ganhou as eleições. 2. Os republicanos que sabem que entre Trump, o antigo democrata que se tornou populista, e o grand old party, que ele usou como trampolim, se trava uma luta de morte. 3. A CIA, cuja sede Trump visitou no dia após a posse, sem dispensar uma palavra aos 117 agentes mortos em missão, cujos nomes estão gravados na parede mesmo por trás dele, quando se entregou a um exercício de auto-satisfação pueril e grotesco sobre o número de apoiantes que tinham chegado a Washington para celebrar [a tomada de posse]. 4. Os responsáveis do FBI que não lhe perdoarão ter duvidado da sua probidade no caso da pirataria informática por parte dos serviços secretos russos para influenciar os resultados da campanha a seu favor. 

Não é bizarro, perguntei a Roth, que a maior democracia do mundo dependa de um sistema de separação de poderes tão improvável? O que é bizarro, responde-me ele, com uma grande gargalhada, inclinando a cabeça para trás, é o estado de insurreição em suspenso, pelo qual é responsável este Presidente mal eleito e para o qual se pode prever um mandato ainda mais curto do que o do herói do seu romance. 

Claro que as situações não são comparáveis. O romance decorre em 1940.

Retrata Charles Lindbergh, o herói aviador com simpattias nazis, que ganha por pouco ao candidato favorito da época, F. D. Roosevelt. Lindbergh era um anti-semita assumido.

Mas ao mesmo tempo....

Esta retórica mussoliniana...

E depois há o slogan "América primeiro", surpreendendo que nos EUA não se tenha agitado o coração de gente com um pouco de cultura política, independentemente das simpatias políticas – porque era este o slogan oficial dos nazis americanos no tempo de Charles Lindbergh. Era a resposta aos que queriam que a América resistisse à Alemanha de Hitler. Foi em seu nome que foram denunciados os "judeus belicistas". E foi este slogan que Trump repetiu na escadaria do Capitólio e fez com que David Duke, antigo líder do Klu Klux Klan, soltasse um estrondoso: "Conseguimos!"

Donald Trump sabe tudo isso e, quando lho apontam, responde que está a olhar "para o futuro", não "para o passado".

Mas o mundo divide-se entre os niilistas sem memória e os que sabem que as línguas têm uma história. O jogo faz-se entre os que crêem que se pode, sem mal, repetir 15 vezes num discurso o slogan dos supremacistas brancos e os que sabem que a genealogia das palavras, quando negada, vinga-se.

Trump, um pseudo-aliado dos maiores demagogos do nosso tempo, está a ser rejeitado em todo o mundo. Mas consideremos esta estranha e sinistra particularidade: o mais impopular Presidente da América visitou recentemente Jerusalém e criou um afinidade com aqueles que o seu predecessor na ficção considerava sub-humanos.

E há o seu slogan "América primeiro". É surpreendente que estas palavras não tenham dado a volta ao estômago a todo o espectro político americano.

Possam os destinatários desta súbita solicitude protegerem-se deste seu novo amigo como fazem em relação aos seus inimigos.

Possam nunca esquecer que o destino de Israel é uma coisa demasiado séria para que um aventureiro impulsivo e inculto o use para demonstrar a sua autoridade ou o seu suposto talento para fazer negócios.

E que sejam poupados ao dilema, descrito no romance de Roth, de ter de escolher entre dois destinos igualmente funestos: o da vítima, Winchell, e do refém, Bengelsdorf.

A America não leu Philip Roth tanto quanto devia.

O mundo de Roth ou o de Trump: essa é a questão.

 

CRÓNICA DE  BERNARD-HENRI LEVY PUBLICADA NO JORNAL ON-LINE  "PÚBLICO" DE 14 DE FEVEREIRO DE 2017

 

 

 

 

 

 

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publicado às 21:29


#1899 - Alexandra Lucas Coelho vence Grande Prémio de Romance da APE

por Carlos Pereira \foleirices, em 26.11.13

 

 

 

O romance E a Noite Roda de Alexandra Lucas Coelho (Tinta da China) é o vencedor do Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE) relativo a 2012. O prémio, que tem o valor de 15 mil euros e é co-promovido pela Direcção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas, foi atribuído por unanimidade.

 

José Correia Tavares, Ana Marques Gastão, Clara Rocha, Isabel Cristina Rodrigues, Luís Mourão e Manuel Gusmão compuseram o júri, que já se reunira por duas vezes antes de tomar uma decisão final, esta segunda-feira.

 

E a Noite Roda, história de amor entre uma jornalista catalã – Ana Blau, a narradora – e um jornalista belga, batia-se com mais cinco finalistas:O Varandim seguido de Ocaso em Carvangel, de Mário de Carvalho, Jesus Cristo Bebia Cerveja, de Afonso Cruz, A Rapariga Sem Carne, de Jaime Rocha, e O Banquete, de Patrícia Portela.


Jornal "Público on-line"

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publicado às 17:54


#1640 - O vazio das não-notícias

por Carlos Pereira \foleirices, em 05.03.12

 

Vivemos mum país desconhecido. Por baixo da informação tangível, dos números e das estatísticas, correm fluxos de acontecimentos inquantificáveis e que, no entanto, condicionam decisivamente a nossa vida. Quantas doenças psíquicas foram desencadeadas pela crise? Quanta energia vital se desperdiça na fabricação da imagem de um rosto jovem  necessário exigido por tal profissão? São "dados" incognoscíveis ou imateriais, não susceptíveis de se tornarem informação. São não-notícias.

 

O Público deu-nos a possibilidade, neste número, (Jornal Público, edição de 5 de Março de 2012), de fazer aparecer esse avesso do estado da nação, levantando uma ponta do véu que o recobre e o esconde. Não se tratou, pois, de informar ou de desinformar, mas de fazer pensar diferentemente no país que temos e na informação que dele dispomos.

 

Ordenámos a não-informação em três categorias: o que é impossível conhecer (por exemplo, aquele factor decisivo, singular, único do "talento", que não entra numa grelha de avaliação de competências de um aluno), mas é condição essencial para que se ordene de modo inteligente, ético e eficaz a infoemação que se conhece; o que não se conhece mas que se poderia e deveria conhecer (o número de mortes estimado por atraso na lista de espera de uma operação) para o fazer entrar numa decisão política ou outra; o que seria possível conhecer mas que se torna impossível saber porque o seu conhecimento poria radicalmente em questão o regime das nossas sociedades pós-democráticas (por exemplo, o número de políticos corruptos). As inúmeras perguntas que fizemos aos organismos competentes receberam não-respostas, confirmando a ideia de um vazio obrigatório de informação: na secção "Pobreza" os dados recolhidos não permitem um plano de combate exaustivo e eficaz à pobreza; na secção "Política" a ausência de números oficiais sobre os políticos que detêm depósitos em offshores indica que a transparência nesse domínio subverteria o nosso regime político; e assim por diante.

 

O nosso país está demasiado "cheio" (de informações, imagens, bugigangas de toda a espécie) e quanto mais se enche mais se enterra o vazio essencial a que não se dá a importância que tem. Acreditamos que a informação que, por definição, vive da positividade do dado, do pleno, que nos enche os olhos e o cérebro criando a ilusão de pensamento, pode ser tratada de outra forma. A massa de informação a que hoje temos acesso contribui para uma espécie de visão global que faz da realidade um conjunto de coisas e factos objectivos - de que decorre ao mesmo tempo a despoetização do mundo e um crescente caos afectivo. Contra isso, acreditemos nas virtudes do vazio.

 

O que fizemos - em trabalho extraordinário de equipa -  sugere a possibilidade de traçar um mapa de Portugal que mostre os trajectos duplos, de um pleno que constantemente atropela e exclui o vazio; e dos movimentos do vazio que abrem linhas de fuga, incita a pensar diferentemente, desencadeia poderosas forças de criação. Não estamos condenados ao que julgamos que nos condenaram. Só assim poderemos conceber reformas radicais que libertem as energias e mudem o país.

 

Editorial de José Gil no Jornal Público de 5 de Março de 2012

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publicado às 17:47


#1164 - O artigo de Mário Crespo - As sequelas

por Carlos Pereira \foleirices, em 02.02.10

O jornalista Mário Crespo garante que, na alegada conversa entre o primeiro-ministro, o ministro dos Assuntos Parlamentares e o ministro da Presidência foi referido também o nome de Medina Carreira como um "outro problema a solucionar".

 

A revelação foi feita durante uma intervenção nas jornadas parlamentares do CDS-PP, em Guimarães. O jornalista foi convidado para falar sobre o primeiro ano de presidência de Barack Obama, mas esgotou quase todo o tempo a falar das referências pouco elogiosas que Sócrates lhe terá feito durante um almoço na terça-feira da semana passada, num restaurante em Lisboa.

"Era preciso solucionar o problema Mário Crespo e Medina Carreira", disse Mário Crespo, referindo-se à alegada conversa que lhe foi relatada por uma pessoa que estava noutra mesa e que o jornalista não revela. Noutra mesa, estava sentado Nuno Santos, director-geral da SIC, e a quem Sócrates se terá dirigido, repetindo as afirmações sobre os "problemas a resolver", segundo Mário Crespo.

Medina Carreira foi ministro das Finanças de um governo PS liderado por Mário Soares, mas rompeu com o partido e é hoje uma voz crítica das políticas socialistas. O economista participa no programa Plano Inclinado, da SIC-Notícias, moderado por Mário Crespo, e vai agora escrever o prefácio do livro do jornalista com as crónicas publicadas no "Jornal de Notícias".

Na intervenção, Mário Crespo teceu duras críticas ao comportamento do primeiro-ministro no dia em que o Governo apresentava a proposta de Orçamento do Estado na Assembleia da República. “Ingenuamente pensava que o chefe de Governo do meu país estaria envolvido em retoques de última hora, mas estava empenhado em produzir diagnósticos médicos sobre a minha sanidade mental. Julgo que ainda não tem credenciais nesse sentido, mas pode vir a obtê-las”, disse o jornalista, perante os deputados do CDS-PP. [In Jornal "Público"]

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publicado às 21:30


#1125 - Os melhores livros de 2009, segundo a Ípsilon

por Carlos Pereira \foleirices, em 05.01.10

Diversos críticos literários do suplemento Ípsilon, do jornal Público, elegeram os 20 melhores livros publicados em Portugal durante o ano de 2009:

 

 

Pitta, Gustavo Rubim, Isabel Coutinho, José Riço Direitinho, Luís Miguel Queirós, Maria da Conceição Caleiro, Rui Lagartinho

 

1. A2666
Roberto Bolaño
Quetzal

 

Com esta obra-prima o génio do malogrado chileno Roberto Bolaño (1953-2003) abriu à literatura novos horizontes, como antes Borges, Musil, Faulkner ou Joyce - e poucos mais. "2666" é um livro pela persistência da memória na literatura, e em que a História contemporânea desfila diante dos nossos olhos como longa sucessão de desastres, de monstruosidades sem fim à vista. Este testamento literário - reflexão sobre o Mal, sobre a normalização da barbárie na América Latina e o desolador destino da Humanidade - é-nos dado numa escrita  sem floreados, de onde emerge vivo esse "realismo visceral" profundo e complexo, preciso na sua ambiguidade. No fundo, as características da grande literatura. J.R.D.

 

2. Caderno Afegão
Alexandra Lucas Coelho
Tinta da China

 

Alexandra Lucas Coelho escreve muito bem, para além do rigor dos fios temáticos sobre o que escreve. Aqui, não se trata de escrever bem ou mal, é outro patamar. É escrever, como diria Duras. "Caderno Afegão" é a travessia rigorosa e lírica por um país desde há muito convulso. País do pó, do cheiro a podre, porém de rosas que mesmo assim  vingam. M.C.C.

 

3. Obra completa 1969-1985
Nuno Bragança
Dom Quixote

 

Em 1969, quando Nuno Bragança (1929-1985) publicou "A Noite e o Riso", não havia muita gente a escrever assim em Portugal. Ou até haveria um ou dois, mas eram poetas. Se "A Noite e o Riso" está há muito reconhecido como um dos livros decisivos para a renovação da ficção portuguesa na segunda metade do século XX, "Directa" (1979), "Square Tolstoi" (1981), os contos de "Estação" (1984) e a novela póstuma "Do Fim do Mundo" merecem igualmente ser relidos. A "Obra Completa" inclui ainda a peça radiofónica "A Morte da Perdiz", que nunca saíra em livro. L.M.Q.

 

4. Contos Completos - I
John Cheever
Sextante

 

John Updike tinha razão: John Cheever foi o maior estilista da sua geração. O primeiro volume de "Contos Completos" é um prodígio de virtuose que nos transporta a um mundo desaparecido, quando "Nova Iorque era ainda inundada pela luz do rio [...] e quase toda a gente usava chapéu." Foi o cronista dos subúrbios da classe média americana e da sua teia de códigos sociais. Dissecou com mordacidade uma série de "interditos" na década de 1940-50. A sexualidade foi um deles. Atormentado com a sua condição de homossexual, ridicularizou-a em "Clancy na Torre de Babel". Outros, como  "" juventude e beleza!" e "Os malefícios do gin", são clássicos absolutos. E.P.

 

5. Obra Poética Completa de Edgar Allan Poe
Tradução, introdução de Margarida Vale de Gato e ilustrações de Filipe Abranches
Tinta da China

 

Comemorou-se em 2009 o bicentenário (1809-1849) do nascimento de Poe, o que terá induzido a edição de "Obra Poética Completa" (assim como "Todos os Contos"). Tradução cuidada de Margarida Val de Gato, belas ilustrações de Filipe Abranches. Poesia que faz a difícil simbiose da atenção e da imaginação, ambas delirantes, ébrias e justíssimas. Põe terá sucumbido à moral americana que o rotulou de devasso. Acabou pobre, bêbado e inanimado em Light Street, Baltimore. M.C.C.

 

6. Ofício Cantante  - Poesia Completa
Herberto Helder
Assírio & Alvim

 

É a obra poética de Herberto Helder em 2009. No mesmo sentido em que poderíamos dizer de uma fotografia: este é Herberto Helder aos 45 ou aos 67 anos. Isto, claro, se existissem fotografias das quais se pudesse dizer tais coisas. Em português, a palavra "obra" tanto é mero sinónimo de bibliografia como designação de um corpo orgânico que tem de ir mudando para ser o mesmo. O mesmo que o autor. "Ofício Cantante", que recupera o título da primeira compilação dos poemas de Herberto, publicada em 1967, inclui, além de reescritas várias e da entrada de inéditos, o livro "A Faca Não Corta o Fogo", cujos dois mil exemplares se esgotaram num ápice no final de 2008. L.M.Q.

 

7. Veneza
Jan Morris
Tinta da China

 

De Ruskin a Brodsky, sem esquecer o pessoal menor, já toda a gente escreveu sobre Veneza. Não obstante, a quota de Jan Morris é decisiva. O livro dela (não esquecer que "ela" foi homem até aos 46 anos) não se pretende de História veneziana nem mera derivação turística. O que Morris fez com superior mestria foi cerzir informação prosaica com erudição, sem beliscar a melodia da frase. Pela sua mão, percorremos as vielas e os "palácios periclitantes" da Sereníssima, cidade em conflito aberto com a realidade do mundo  contemporâneo. E.P.

 

8. O Homem Sem Qualidades  - Volume III
Robert Musil
Dom Quixote

 

Musil compôs, ao longo de vinte penosos anos, esta saga demencial sobre a decadência, enquanto presenciava o fim do Império Austro-Húngaro, a Iª Guerra e a ascensão do nazismo. (Coetzee disse que "este livro foi ultrapassado pela História, enquanto foi escrito"). Neste III volume, com material inédito, é possível vislumbrar um trabalho de composição tão gigantesco, violento e labiríntico como o homem que o criou e o tempo  que ele viveu. H.V.

 

9. Os Desaparecidos
Daniel Mendelsohn
Dom Quixote

 

Não é ensaio histórico. Não é  autobiografia, nem livro de memórias. Não é um romance, muito menos uma auto-ficção. Não é uma reportagem, nem um livro de viagens. Não é um livro sobre os alicerces do judaísmo e da cultura clássica. Mas tudo isso cabe em "Os Desaparecidos", de Daniel Mendelsohn, jornalista americano que no início do século XXI correu os quatro cantos do mundo para tentar perceber o que aconteceu a alguns dos seus parentes durante o Holocausto. R.L.

 

10. A Breve e Assombrosa Vida de Oscar Wao
Junot Diaz
Porto Editora

 

Junot Díaz nasceu dominicano mas hoje é cidadão americano. Levou onze anos a escrever "A Breve e Assombrosa Vida de Oscar Wao". O ajuste de contas com a ditadura de Trujillo é um exercício de mnemónica em clave pós-colonial (Díaz era uma criança quando deixou a ilha). Questionando a América por interposta administração Johnson, quando "Santo Domingo foi o Iraque antes de o Iraque ter sido o Iraque", constrói a epopeia dos imigrantes assimilados, divididos entre o "fukú" (maldição) e o vórtice do Império. Absolutamente singular. E.P.

 

11. O Resto é Ruído. À Escuta  do Século XX
Alex Ross
Casa das Letras

 

Alex Ross é crítico de música da "The New Yorker" e com "O Resto é Ruído" embarcou num projecto ambicioso: não apenas uma história da música contemporânea mas um retrato da época contemporânea através da música, incluindo os grandes debates estéticos e ideológicos. A música "erudita" tem destaque, mas Ross não despreza a música "popular", num ensaio que vai do dodecafonismo aos Radiohead. Uma obra estimulante para compreender o século passado (e para comprar bons discos). P.M.

 

12. História de Portugal
Coordenação de Rui Ramos
A Esfera dos Livros

 

A História está na moda, mas faltava uma boa História de Portugal num único volume (a mais fiável era a coordenada por José Mattoso, em vários tomos). Este conjunto de ensaios agora editado reúne três especialistas que fazem belíssimas sínteses interpretativas: Bernardo Vasconcelos e Sousa para a Idade Média, Nuno Gonçalo Monteiro para a idade moderna e Rui Ramos (que coordenou o projecto) para o período contemporâneo. É a obra de referência de 2009 e da História portuguesa. P.M.

 

13. A Edição de Livros e a Gestão Estratégica
José Afonso Furtado
ed. Booktailors

 

A cadeia de valor do livro tem vindo a sofrer alterações e a forma como se produzem e comercializam livros neste início do século XXI está a ser repensada por todos. O sector editorial confronta-se com novos paradigmas,  consumidores e leitores. É sobre estes temas que o director da Biblioteca de Arte da Fundação Gulbenkian - que foi Presidente do Instituto Português do Livro e da Leitura entre 1987 e 1991 - reflecte. I.C.

 

14. Caderno de Memórias Coloniais
Isabela Figueiredo
Angelus Novus

 

Sente-se o abalo que este "Caderno" causa no marasmo literário nacional em passagens como esta: "Foder. O meu pai gostava de foder. Eu nunca vi, mas via-se." Relato cru do racismo português em Moçambique no fim do Império, memória do amor de uma filha pelo corpo do pai, história de traição a uma "verdade" que morreu com a morte do colonialismo. Um texto parcial, violento, escrito como se escrevem cadernos: com o fantasma da verdade sempre ao lado. Isabela Figueiredo afirma-se escritora, num país onde só proliferam "autores", esses manequins de vender autógrafos. G.R.

 

15. A Rainha no Palácio das Correntes de Ar
Stieg Larsson
Oceanos

 

A adesão dos portugueses à saga "Millennium" é lenta quando comparado com outros países, mas tem dado passos seguros. "A rainha no palácio das correntes de ar" marca o fim da trilogia do autor sueco. A espécie de Pipi das Meias Altas versão gótica que é a "hacker" rebelde Lizbeth Salander passa quatro quintos do livro numa cama de hospital. Mesmo assim é a mais trepidante das três aventuras. R.L.

 

16. História de Israel
Martin Gilbert
Trad. Patrícia Xavier
Edições 70

 

As origens do Estado de Israel são ignoradas pela generalidade da opinião pública, condicionada pela barragem de propaganda anti-sionista que faz a "norma" dos media ocidentais. Se outra razão não houvesse, a "História de Israel" contribui para esclarecer o óbvio. Gilbert dispensa apresentações: é o mais famoso dos biógrafos de Churchill e um respeitado historiador inglês. Sem proselitismo, sistematiza factos a partir do fim do mandato britânico que antecedeu a fundação do Estado de Israel. Contextualiza com igual minúcia o essencial e o (aparentemente) acessório. E.P.

 

17. A Montanha Mágica
Thomas Mann
Dom Quixote

 

Esta tradução tem algo de milagroso. Lê-se desde as primeiras páginas sentindo que se Thomas Mann fosse português teria escrito assim. Hans Castorp, burguês, visita um primo, tuberculoso, no sanatório. Deixa-se abarcar pela atmosfera mágica do lugar. Julga-se ele próprio doente e aí fica até que a guerra de 1914 o desperta do seu sonho. Um dos pilares literários do século XX. M.C.C.

 

18. Entrevistas da Paris-Review
VV.AA.
Selecção, tradução e notas de Carlos Vaz Marques
Tinta da China

 

As entrevistas da "Paris Review" são lendárias. Carlos Vaz Marques seleccionou e traduziu dez: as de E. M. Forster, Graham Greene, Faulkner, Capote, Hemingway, Lawrence Durrell, Pasternak, Saul Bellow, Borges e Kerouac. São naturalmente desiguais, entre a excelência de Forster ou Bellow e a indigência de Kerouac. Nenhum autor vivo (havia por onde escolher), nenhuma mulher (idem). "Arquivo de fascínio", chama Vaz Marques à selecção. Assino por baixo. E.P.

 

19. Luz Fraterna
António Osório
Assírio & Alvim

 

Depois de ter publicado a antologia "A Casa das Sementes", em 2006, António Osório vê agora editada num só volume toda a sua poesia, desde "A Raiz Afectuosa" (1972) até "Libertação da Peste" (2002). "A Luz Fraterna", título desta compilação, inclui ainda inéditos e dispersos. Oportunidade para reler uma obra que, no seu aparente, e talvez real, anti-vanguardismo, na sua revalorização do sentimento, na sua comunicabilidade, marcou muito mais do que geralmente se reconhece a poesia portuguesa das últimas décadas. L.M.Q.

 

20. A Ilha
Giani Stuparich
Ahab

 

Giani Stuparich (1891-1961) escreveu um dos contos mais emblemáticos da literatura europeia do século XX. Um homem doente pede ao filho que o acompanhe naquela que será a sua última viagem à ilha adriática onde nasceu. Debaixo de uma luz crua, desapiedada e agreste, a meditação sobre a morte é transformada num sentimento vital, essencial e positivo. E tudo feito numa escrita elementar, límpida e despojada. J.R.D.

 

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publicado às 22:08


#1124 - Prémio Literário Casino da Póvoa

por Carlos Pereira \foleirices, em 05.01.10

Sete escritores portugueses, uma brasileira, um espanhol e um mexicano são os dez finalistas do Prémio Literário Casino da Póvoa, no valor de 20 mil euros. O vencedor será anunciado na 11ª Edição do Correntes D’ Escritas – Encontro de Escritores de Expressão Ibérica, que se realizará de 24 a 27 de Fevereiro, na Póvoa de Varzim.


“Rakushisha”, da brasileira Adriana Lisboa (Quetzal); “O Cónego”, de A.M. Pires Cabral (Cotovia); “O Verão Selvagem dos Teus Olhos", de Ana Teresa Pereira (Relógio d’Água); “Três Lindas Cubanas” do mexicano Gonzalo Celorio (Quetzal); “A Eternidade e o Desejo”, de Inês Pedrosa (Dom Quixote); “O Mundo - o mundo é a rua da tua infância”, do espanhol Juan José Millás (Planeta); “Myra”, de Maria Velho da Costa (Assírio & Alvim); “A Sala Magenta” de Mário de Carvalho (Caminho), "A Mão Esquerda de Deus" de Pedro Almeida Vieira (Dom Quixote) e “O Apocalipse dos Trabalhadores”, de valter hugo mãe (Quidnovi) são as obras escolhidas pelo júri desta edição dedicada a trabalhos em prosa de autores de língua portuguesa, castelhana ou hispânica publicados em Portugal entre Julho de 2007 e Junho de 2009 (excluindo obras póstumas e de autores que receberam este prémio nos últimos seis anos).


O júri constituído por Carlos Vaz Marques, Dulce Maria Cardoso, Fernando J. B. Martinho, Patrícia Reis, Vergílio Alberto Vieira irá decidir qual o vencedor numa reunião que acontecerá no dia 22 de Fevereiro.

In "Jornal Público"

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publicado às 21:58


#1106 - A. M. Pires Cabral ganha prémio Luís Miguel Nava

por Carlos Pereira \foleirices, em 22.12.09

 

O Prémio de Poesia Luís Miguel Nava 2009, agora bienal e referente aos livros de poesia publicados em 2007 e 2008, foi atribuído ao livro As Têmporas da Cinza, de A. M. Pires Cabral, publicado pelas Edições Cotovia.


O galardão, no valor de cinco mil euros, foi dado por decisão unânime do júri constituído, por quatro membros da direcção da Fundação Luís Miguel Nava (Carlos Mendes de Sousa, Fernando Pinto do Amaral, Gastão Cruz e Luís Quintais), e pelo poeta e crítico António Carlos Cortez.

Segundo um comunicado da fundação, "a limpidez e a precisão da escrita de A. M. Pires Cabral, a sua penetrante e austera visão dum mundo cuja expressão encontra numa espécie de imitação da terra o modelo para uma linguagem poética de invulgar intensidade, fazem deste autor um dos casos mais representativos da nossa melhor poesia contemporânea".

Pires Cabral, 68 anos, já escreveu poesia, teatro, romance, conto, ensaio e crítica.

Nas edições anteriores, o Prémio de Poesia Luís Miguel Nava foi atrtibuído aos poetas Sophia de Mello Breyner Andresen, Fernando Echevarría, António Franco Alexandre, Armando Silva Carvalho, Manuel Gusmão, Fernando Guimarães, Manuel António Pina, Luís Quintais, António Ramos Rosa e Pedro Tamen.

Luís Miguel Nava (1957-1995) foi um poeta e ensaísta português, que se radicou em Bruxelas, onde foi assassinado.

In "Jornal Público"

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publicado às 20:43



“Diário de luto”, que reúne os escritos inéditos do francês Roland Barthes após a morte da mãe, é publicado esta semana pelas Edições 70.


A obra, “Journal du deuil” no original, foi editada em final de Fevereiro com chancela das Éditions Seuil, envolta em alguma polémica. François Whal, editor e seu amigo, considerou que os textos até então inéditos não seriam do agrado do próprio Barthes, que era “muito cuidadoso”.


No dia seguinte ao da morte da mãe, a 26 de Outubro de 1977, Roland Barthes iniciou um “Diário de Luto” que escreveu até 15 de Setembro de 1979.


Nathalie Léger, responsável pela fixação de texto e notas, afirma na introdução que Barthes “escreve a tinta, e por vezes a lápis, em fichas que ele próprio prepara a partir de folhas A4 cortadas em quatro, e das quais mantém sempre uma reserva em cima da mesa de trabalho”.


Nas 330 fichas, dia a dia, o ensaísta registou as suas impressões, emoções e sentimentos, face ao luto da mãe, Henriette Binger que faleceu aos 84 anos. Henriette casou com Louis Barthes aos 20 anos, foi mãe aos 22 e aos 23 enviuvou.


Nathalie Léger alerta na introdução que este não é “um livro concluído pelo autor mas a hipótese de um livro por ele desejado”.

Fonte da editora portuguesa disse que o outro livro, “Carnets du Voyage en Chine”, que Barthes não tinha também publicado em vida, mas que foi já editado pela Bourgois, sairá em Portugal em Março do próximo ano, quando passam 30 anos sobre a morte do filósofo francês.


Roland Barthes faleceu em 1980, atropelado por um veículo de transporte de carga que, ironicamente, pertencia a uma firma cuja publicidade o escritor criticara nas suas “Mitologias”.


A obra de Barthes influenciou transversalmente ciências humanas, arte e literatura.


As Edições 70 com a publicação de “Carnets du Voyage en Chine” completam a colecção “Obras de Roland Barthes” que integra já 12 títulos.

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publicado às 12:43



A curta-metragem de ficção “Um Dia Frio", da realizadora portuguesa Cláudia Varejão, conquistou o Grande Prémio de Curta-Metragem no Festival Internacional de Cinema Mediterrâneo de Montpellier, em França.

 

A 31.ª edição do festival decorreu entre 23 de Outubro e 1 de Novembro em Montpellier, onde foram exibidos 239 filmes, passando pelas longas e curtas-metragens de ficção e documentários. Segundo a organização, este ano contabilizaram-se 87.200 espectadores.


Do palmarés, consta a realizadora Cláudia Varejão, premiada com o Grande Prémio de Curta-Metragem pelo filme “Um Dia Frio”, também galardoado em Outubro com o Prémio Especial do Júri no Festival Internacional de Curtas-Metragens de Tânger, em Marrocos.


A curta-metragem foi produzida pela Filmes do Tejo II em co-produção com a RTP2 e a Fundação Calouste Gulbenkian, no âmbito do Programa Criatividade e Criação Artística.


Com Adriano Luz, Ágata Pinho, Ana Rodrigues, Isabel Ruth, Maria D´Aires e Vicente Wallenstein, a película tem argumento de Cláudia Varejão e de Graça Castanheira, e música de Bernardo Sassetti.


No filme, sobre o quotidiano de uma família, a realizadora quis “retratar a intimidade, a partir de gestos e palavras que nos identificam”, informa uma nota sobre a curta-metragem de 27 minutos.


“Procuro um cinema onde, por momentos, se esqueça a ficção e a paisagem humana se insinue, frontal, em cada plano. Onde, quanto mais prováveis e até rotineiros os movimentos das personagens, maior a possibilidade e a probabilidade de se chegar ao âmago de nós”, explica a realizadora no texto.


Nascida no Porto, em 1980, Cláudia Varejão estudou imagem em movimento no curso de câmara, e mais tarde no curso de realização, no centro Restart, em Lisboa.

 

Frequentou o curso de direcção de cinema de ficção na Academia Internacional de Cinema em São Paulo e o curso de cinema do Programa de Criatividade da Fundação Calouste Gulbenkian, com a Deutsche Film und Fernsehakademie Berlim.


A filmografia de Cláudia Varejão inclui o documentário “Falta-me”, de 2005 e a curta-metragem “Fim-de-semana”, de 2007.


Cláudia Varejão tem trabalhado ainda em direcção de fotografia e em projectos de vídeo com artistas de diferentes áreas como Beatriz Batarda, Inês de Medeiros, Joana Vasconcelos, Madalena Victorino, Maria João Pires, Miguel Bonneville e Sandra Faleiro, entre outros.


In Jornal Público

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publicado às 18:54


ÍPSILON

por Carlos Pereira \foleirices, em 10.12.08

ípsilon

Já está a funcionar a versão online do suplemento cultural do Público. Muito bom.

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publicado às 13:11


A lâmpada de Aladino, de Luís Sepúlveda

por Carlos Pereira \foleirices, em 25.10.08
 

O novo livro de Luís Sepúlveda, "A lâmpada de Aladino", com a chancela da Porto Editora, é apresentado amanhã à tarde em Lisboa. "A lâmpada de Aladino" é um dos treze contos, histórias desenroladas em vários locais do mundo, de Hamburgo ao Rio de Janeiro passando por Santiago do Chile.

Trata-se de "um livro muito esperado pelo público", disse Manuela Ribeiro, comissária das Correntes d'Escritas, o encontro anual de escritores de línguas ibéricas da Póvoa de Varzim. "É um escritor que criou público que o acompanha e está sempre atento. Relativamente a este livro, penso que há uma maior expectativa pois o anterior, ‘O poder dos sonhos’ (2006), ficou um pouco aquém do esperado". A comissária das Correntes d'Escritas conta com o escritor na próxima edição que acontecerá naquela cidade minhota de 11 e 14 de Fevereiro próximo.

António Diegues Ramos da Livraria Byblos considera que "é um escritor com público fiel e sobre o qual há sempre uma certa expectativa". "Relativamente a este título, confirma-se isso mesmo, tanto mais que um dos contos refere-se a Portugal", disse Diegues Ramos. "Desventura final do capitão Valdemar do Alentejo" é como se intitula o conto sobre um velho marinheiro que está a morrer, mas cuja acção se passa no Oceano Pacífico. "Não sendo um conto sobre Portugal, ou sobre a região alentejana, fala de nós e isso interessará ao público", acrescentou.

"O velho que lia romances de amor" (1989) foi o título que colocou o nome de Sepúlveda na ribalta literária internacional. Um livro que dedica ao amigo brasileiro Chico Mendes, activista ambiental, e que reflecte a sua aproximação desde 1987 à organização ecologista Greenpeace.

Périplo para apresentação do novo livro em Portugal

Depois da primeira apresentação amanhã às 18h30 no El Corte Inglés, em Lisboa, Sepúlveda apresentará o livro, em acentuado ritmo em várias livrarias, "devido ao interesse manifestado, a que se procurou responder da melhor forma", segundo fonte da Porto Editora.

Sexta-feira o escritor chileno fará três apresentações em Lisboa, às 12h30 na Livraria Bulhosa, ao Campo Grande, às 16h00 na Bertrand do Chiado e às 19h30 na FNAC do Colombo.

No sábado "A lâmpada de Aladino" será apresentado em Oeiras na Bulhosa pelas 12h30, seguindo o escritor para o Porto onde falará sobre estes contos na Bertarnd das Antas às 16h00 e na FNAC do NorteShopping às 19h00. Domingo estará em Braga, na Bertrand às 12h30; em Vila Nova de Gaia no El Corte Inglés, às 18h00, e à noite, pelas 21h30, no Diana Bar, na Póvoa de Varzim.

Luís Sepúlveda foi já distinguido com vários prémios, entre eles, o Prémio Gabriela Mistral de Poesia (1976), Prémio Rómulo Gallegos de Novela (1978), Primer Prémio de Novela Corta Juan Chabás (1990), Prix France de Culture (1992) e Prémio Internazionale Ennio Flaiano (1993).

Entre as suas obras, refira-se "Encontro de amor num país em guerra", (1997), "Nome de toureiro" (1994), "História de uma gaivota e de um gato que a ensinoua voar" (1996) "Patagonia Express" (1996) e "Uma História Suja" (2004).

Notícia retirada do Jornal Público

Ver  Bibliografia no Portal da Literatura

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publicado às 00:21


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