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#1560 - Pedro Gadanho nomeado curador do MoMA de Nova Iorque

por Carlos Pereira \foleirices, em 22.12.11

 

O arquitecto português Pedro Gadanho será curador do Departamento de Arquitectura e Design do Museum of Modern Art de Nova Iorque, a partir de Janeiro, anunciou a instituição cultural norte-americana.

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publicado às 22:50


#1559 - Livros e Leituras

por Carlos Pereira \foleirices, em 21.12.11

 

Original, poderoso e soberbo, Jack é inesquecível: a coragem e o imenso amor numa história perturbante contada pela voz da inocência.
Para Jack, de cinco anos, o quarto é o mundo todo. É onde ele e a Mamã comem, dormem, brincam e aprendem. Embora Jack não saiba, o sítio onde ele se sente completamente seguro e protegido, aquele quarto é também a prisão onde a mãe tem sido mantida contra a sua vontade. Contada na divertida e comovente voz de Jack, esta é uma história de um amor imenso que sobrevive a circunstâncias aterradoras, e da ligação umbilical que une mãe e filho.
O quarto é um lugar que nunca vai esquecer; o mundo é um sítio que nunca mais olhará da mesma maneira.


Finalista do Man Booker Prize 2010
Finalista do Orange Prize
New York Times 10 Best Books 2010
Washington Post Top 10 Books - 2010
New York Times 100 Notable Books 2010
Barnes & Noble Best Books - 2010
Hudson Booksellers Best Fiction - 2010

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publicado às 17:19


#1558 - Eduardo Lourenço no nosso labirinto

por Carlos Pereira \foleirices, em 21.12.11

VIRIATO SOROMENHO-MARQUES

 

O Prémio Pessoa atribuído a Eduardo Lourenço não poderia ter chegado em hora mais adequada. Quando o País se encontra encurralado pela história, talvez forçado a improvisar em meses ou escassos anos uma correcção de rumo estratégico que, normalmente, as nações demoram décadas a amadurecer. É fundamental que os decisores políticos apurem o ouvido para os conselhos que um mergulhador das profundidades da alma lusa, e um arguto perscrutador dos horizontes longínquos do destino europeu e ocidental, tem para dar.

 

A "dramaturgia europeia" é um assunto que se respira em toda a obra de Eduardo Lourenço. Nos últimos anos, o seu pensamento tem chamado a atenção para o ruidoso movimento das placas tectónicas, que parece afastar a Europa dos Estados Unidos, e ambos das suas raízes fundamentais, empurrando-os para um futuro onde o Ocidente parece condenado a ocupar um lugar cada vez menos relevante. Em 1991, a Europa, acomodada num conforto negligente, deixou a guerra regressar aos Balcãs, e teve, no limite, de pedir socorro ao poderio militar norte-americano. Em 2003, na hubris do Iraque, G. W. Bush rasgava a tábua dos valores anti-imperialistas fundacionais. Obama resgatou, por algum tempo, a esperança de se reabrirem as pontes entre os dois lados do Atlântico, até que os europeus, tal como os gregos na Guerra do Peloponeso, se atiraram ao pescoço uns dos outros na catastrófica Guerra das Dívidas Soberanas, em pleno curso. Eduardo Lourenço diz sempre não ser Cassandra. Ainda bem, acrescento eu, pois precisamos que o seu aviso seja escutado. Em toda a Europa. Ele é o nosso Voltaire, mas a sua voz tem de ir mais longe do que a de Erasmo. Para que a Europa não se estilhace outra vez.

 

in 

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publicado às 17:07


#1557 - A mentira e o desprezo

por Carlos Pereira \foleirices, em 21.12.11

BAPTISTA-BASTOS

 

Parece que há excesso de portugueses em Portugal. Para remediar tão desgraçada contrariedade, o Governo decidiu minguar-nos tomando decisões definitivas. Há semanas, um secretário de Estado estimulou a emigração de estudantes. Há dias, o primeiro-ministro alvitrou que os professores desempregados ou com dificuldade em empregar-se deviam encaminhar-se para os países lusófonos, nos quais encontrariam a felicidade que lhes era negada na pátria. O dr. Telmo Correia, sempre inteligente e talentoso, elogiou, na SIC-Notícias, a sabedoria cristã de tão arguta ideia.

Acontece um porém: e os velhos? Que fazer dos velhos que enchem os jardins e a paciência de quem governa? Os velhos não servem para nada, nem sequer para mandar embora, não produzem a não ser chatices, e apenas valem para compor o poema do O'Neill, e só no poema do O'Neill eles saltam para o colo das pessoas. Os velhos arrastam-se pelas ruas, melancólicos, incómodos e inúteis, sentam--se a apanhar o sol; que fazer deles?

Talvez não fosse má ideia o Governo, este Governo embaraçado com a existência de tantos portugueses, e estorvado com a persistência dos velhos em continuar vivos, resolver oferecer-lhes uns comprimidos infalíveis, exactos e letais. Nada que a História não tivesse já feito. Os celtas atiravam os velhos dos penhascos e seguiam em frente, sem remorsos nem pesares.

Mas há outro problema. A fome. A fome que alastra como endemia, toca a quase todos, abate-se nos velhos e, agora, nos miúdos. Os miúdos das escolas chegam às aulas com as barrigas vazias: pais desempregados, famílias desgarradas, "a infância, ah!, a infância é um lugar de sofrimento, o mais secreto sítio para a solidão", disse-o Ruy Belo; e as escolas já não têm o que lhes dar. As cantinas reabrem, mesmo durante as férias, e sempre se arranja uma carcaça, um leite morno, nada mais, oferecidos por quem dá o pouco que não tem.

Vêm aí mais fome, mais miséria, mais desespero, mais assaltos, mais violência, mais velhos desamparados, mais miúdos espantados com tudo o que lhes acontece e não devia acontecer. Mais desemprego, num movimento cumulativo, mecânico a automático, como nos querem fazer crer. Diz o Governo. Como se esta realidade fosse natural; como se a semântica moderna da sociedade explicasse a amoralidade da eliminação da justiça e a inevitabilidade do que sucede.

 

Ler o resto aqui

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publicado às 17:03


#1556 - Fado de Camané foi pré-nomeado para os Óscares

por Carlos Pereira \foleirices, em 21.12.11










 

 

 

 


O fado "Já não estar", interpretado por Camané no documentário "José & Pilar", de Miguel Gonçalves Mendes, foi pré-seleccionado para o Óscar de "melhor canção original". Este documentário e o filme "Mistérios de Lisboa" estão na lista das 265 longas-metragens aceites para uma possível nomeação para o Óscar de "Melhor Filme".

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publicado às 16:32


#1555 - Novo livro de Gonçalo M. Tavares

por Carlos Pereira \foleirices, em 17.12.11

 

'Canções Mexicanas' é o mais recente livro de Gonçalo M. Tavares. Editado pela Relógio D'Água, o livro regista a passagem do escritor pela Cidade do México há quatro anos.

 

A obra é uma ficção fragmentária sobre um homem inquieto que mergulha numa cidade que "não tem rios de água mas sim de gente", onde as crianças mandam e os adultos obedecem, onde as casas e as ruas perdem as fronteiras.

A editorial Caminho editou, também este mês, outro livro de Tavares. Chama-se 'Short Movies' e representa uma tentativa de fazer um filme a partir de fragmentos de texto que aspiram chegar à máxima visualidade possível.

 

Ler as primeiras páginas deste livro aqui.

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publicado às 18:02


#1554 - Prémio Pessoa 2011

por Carlos Pereira \foleirices, em 17.12.11

 

O filósofo e ensaísta Eduardo Lourenço foi hoje distinguido com o Prémio Pessoa que desde 1987 premeia figuras com um papel relevante nas áreas da cultura e da ciência.

 

O anúncio foi feito, como habitualmente, no Palácio de Seteais em Sintra por Francisco Pinto Balsemão, que preside ao júri também constituído por Fernando Faria de Oliveira (Vice-Presidente), António Barreto, Clara Ferreira Alves, Diogo Lucena, João Lobo Antunes, José Luís Porfírio, Maria de Sousa, Mário Soares, Miguel Veiga e Rui Magalhães Baião.

 

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publicado às 17:53


#1553 - Cesária Évora (27 agosto 1941-17 dezembro 2011)

por Carlos Pereira \foleirices, em 17.12.11

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publicado às 17:18


#1552 - O primeiro livro de poemas de Deka Purim

por Carlos Pereira \foleirices, em 15.12.11

 

Brasileira, natural de Curitiba, a viver nos Açores, depois de ter trabalhado12 anos no Canadá. Deka Purim, 48 anos, acaba de lançar o seu primeiro livro de poemas: Rio Virando Mar.

Às vezes, o poema surge a meio da noite, no escuro. Acende a luz. Levanta-se, corre para encontrar um dos seus muitos "papelinhos" e escreve. De um jorro. Apaga a luz. E, se a poesia deixar, talvez volte a adormecer. Para a brasileira Deka Purim, 48 anos, os versos estão em todos os lugares e podem chegar a qualquer hora. "Basta estar atenta", diz ao JL, a propósito da recente publicação do seu primeiro livro Rio Virando Mar, uma edição do Instituto Açoriano de Cultura (71 pp, 10 euros).A viver no concelho de Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, nos Açores (ver caixa) e a trabalhar na freguesia da Praia - são cerca de 25 quilómetros de distância - a autora há muito que desistiu de fazer a viagem pela via rápida que une os dois lugares: "Prefiro a estrada nacional porque preciso de ver os lavradores, as velhotas a irem buscar os netos à escola. Preciso de 'xingar' o homem do trator que para no meio do caminho. Para mim, é material de escrita, é pura poesia".


Ler mais: http://aeiou.visao.pt/deka-purim-pura-poesia=f637638#ixzz1gcZEL7oR


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publicado às 16:16


#1551 - O caixote do lixo

por Carlos Pereira \foleirices, em 14.12.11

Vasco Graça Moura

 

Para o ano, é provável que Portugal seja um dos piores sítios da Europa para se viver. Tudo nos vai cair em cima, sem apelo nem agravo, e nesse monturo de entupimentos acumulados, deixará de fazer sentido o eufemismo que por enquanto consiste em se falar de "apertos de cinto". Não vamos ficar de cinto mais apertado: vamos ser estrangulados, sem alternativa, por uma série de violências oficiais e oficiosas.

 

Ler resto do artigo aqui

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publicado às 17:45


#1550 - Quem está por detrás de Merkel?

por Carlos Pereira \foleirices, em 14.12.11

BAPTISTA-BASTOS

 

Que Europa se espera da Europa, depois da reverente entronização de Angela Merkel feita por essas sobras menores de "estadistas", reunidas numa cimeira tão desacreditante quanto insensata? Os que nela participaram, de regresso a seus países, proferiram declarações graciosamente imbecis e desprovidas de qualquer centelha de dignidade. A alemã foi a vencedora do conclave e parece que nenhum dos presentes deu conta rigorosa dos perigos que representa. Como lucidamente Viriato Soromenho-Marques escreveu no DN (segunda-feira, 12, pág., 8), "a senhora Merkel, mãe do monstro de pobreza e proteccionismo que quer oferecer como rosto da Europa futura, tem um problema fundamental, que é a arma apontada à cabeça de 500 milhões de europeus. A sua tacanhez mental é ainda maior do que a sua influência letal sobre os primeiros-ministros que actualmente governam a Europa. Uma medrosa selecção, que parece ter saído dos lesionados das divisões de honra dos campeonatos distritais de futebol (...)."

 

O projecto imperial está à vista. E tanto Helmut Kohl (CDU, o partido dela) quanto Helmut Schmidt (SPD), horrorizados com o caminho que as coisas estão a tomar, vieram a público exigir que se questionasse a verdadeira dimensão do empreendimento. Não se serviram de metáforas para esclarecer os seus pontos de vista: usaram analogias históricas a fim de agitar as cabeças quadradas dos dirigentes políticos.

 

Aceitando-se o facto de que a senhora Merkel ser tida e havida como tonta, quem está por detrás dela?, quais os ideólogos que a impulsionam?, quais os poderes que nos querem condenar a uma espécie de desconstrução identitária? Porque é disso que se trata, quando se desarma o princípio de equilíbrio social e se o substitui por um jogo de hegemonia do mais forte, com a decorrente submissão total do mais fraco.

 

A Europa, nas mãos de Angela Merkel (o pobre Sarkozy faz papel de compère resignado e cortês), favorece o aparecimento dos nacionalismos e da proeminência aguerrida do económico sobre o político. O hiato criado por estas circunstâncias faz- -nos viver na ilusão de que as previsíveis derrotas da alemã e do francês, nas próximas eleições, nos permitirão respirar melhor.

 

Mas a questão não reside em eleições: está nas deformidades de um sistema que conduz a tudo, até a ressurreições dos fascismos. Em causa emerge não apenas a ameaça de eliminação dos padrões, sob os quais nos habituámos a viver, como a benevolência com que estes dirigentes europeus admitem a servidão. A mediocridade circundante conduz a tudo: até à imprudente aceitação do económico, não como utensílio mas como valor absoluto. Para não irmos mais longe, basta olhar Portugal e atentar na pobreza intelectual e nas debilidades éticas e políticas dos que nos dirigem.

 

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publicado às 13:13


#1549 - O Pássaro Azul

por Carlos Pereira \foleirices, em 08.12.11

Inspirada pelo popular poema de Charles Bukowski a animação da artista plástica e designer Monika Umba basta por si. Se quiser conferir o texto original, clique aqui.

 

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publicado às 19:01


#1548 - Risco moral

por Carlos Pereira \foleirices, em 08.12.11

por VIRIATO SOROMENHO MARQUES

 

Na cimeira de Paris, no passado dia 5, Sarkozy e Merkel reconheceram que foi um erro exigir aos bancos que aceitassem uma reestruturação "voluntária" de metade da dívida pública grega. Imposta, contra a opinião do BCE e de 99% dos especialistas económicos mundiais. O caso da violação dos contratos com os bancos, obrigando-os até a renunciarem aos caros mecanismos de redução de risco (CDS), retrata o triste estilo de liderança do Directório germano-gaulês. Na verdade, o seu projecto de transformar a Zona Euro numa masmorra de disciplina fiscal, sem respeito pelas instituições comunitárias, e tratando os povos submetidos à austeridade como gado, é não só uma má ideia política. Pior do que um crime, é um erro, como diria Talleyrand. Na verdade, desde Janeiro de 2010 que o Directório assumiu a condução da crise da Zona Euro. A pobre Grécia, com apenas 2% do PIB, foi acusada de estar a incorrer num "risco moral" (moral hazard), o que significa querer que sejam os outros a pagar os danos dos seus erros ou vícios. Chegados ao ponto em que nos encontramos, com toda a Zona Euro a ser abandonada pelo investimento estrangeiro, com o fracasso de todos os instrumentos e receitas do Directório, com a possibilidade de implosão da Zona Euro, é caso para perguntar se não estão Merkel e Sarkozy a incorrer num gigantesco risco moral que todos corremos o risco de ter de pagar de forma brutal? O grande problema que paira sobre o decisivo Conselho Europeu, que hoje começa, não é a ausência de bondade das propostas do par dirigente. O problema é a sua total falta de inteligência. O Directório pensa mal. Tem ideias tontas. Nada de mais mortífero do que a mediocridade atrevida ao volante da política.

 

 

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publicado às 18:57


#1547 - Gem Club - 252

por Carlos Pereira \foleirices, em 08.12.11

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publicado às 00:52


#1546 - Os novos descamisados.

por Carlos Pereira \foleirices, em 07.12.11

Hoje quase ninguém tem dúvidas sobre o desastre iminente do Euro e da União Europeia. Nem sequer aqueles que, no último ano meio, Cimeira após Cimeira, se congratulavam com as «decisões históricas» aí tomadas. Independentemente das decisões e dos rumos que forem tomados na próxima Cimeira de 8 e 9 de Dezembro, já desenhados no discurso da chanceler alemã, no Bundestag, onde os destinos dos povos europeus passaram a ser tratados, uma coisa é certa: mesmo que seja travada a implosão do Euro – o que ainda não é um dado adquirido –, a UE deixará de ser um espaço de solidariedade e do bem-estar social. No mínimo, durante a próxima década, a Europa será governada por Berlim; viverá em empobrecimento profundo e acelerado, com a destruição massiva de direitos, nomeadamente na área do Trabalho, na Saúde e na Educação, e com uma forte tentação para soluções governativas anti-democráticas. A Europa que conhecemos até aqui está a ser engolida pelas suas contradições e incapacidades políticas e, sobretudo, pelo poder do sistema financeiro.

 

(Ler mais )



Por Tomás Vasques às 09:08 - Hoje há conquilhas amanhã não sabemos

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publicado às 18:41


#1545 - 'Puta Que os Pariu', a biografia do iconoclasta Luíz Pacheco

por Carlos Pereira \foleirices, em 07.12.11

 

João Pedro George e a Tinta da China lançaram a primeira biografia do escritor, editor e panfletário Luíz Pacheco. Chama-se ' Puta que os Pariu' e pretende fazer um retrato do homem para além dos mitos que foram construídos em seu redor.

 

Como explicou ao DN, o autor do livro, " a obra é o espelho de uma geração através da história ímpar de Pacheco". Ao longo de 600 páginas são ouvidas muitas fontes (entre elas o próprio Luíz Pacheco), desde amigos a inimigos, filhos e amantes.

 

São ainda recolhidos excertos dos diários, livros, panfletos e artigos de jornal escritos pelo homem que escreveu "A Comunidade" e deu a conhecer Herberto Helder.

 

In

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publicado às 12:03


#1544 - Nas bancas

por Carlos Pereira \foleirices, em 05.12.11

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publicado às 16:08

Portugal continua a ser um dos países mais desiguais do mundo desenvolvido, com um fosso acentuado na distribuição dos rendimentos, e o mais desigual entre as economias europeias, revelou esta segunda-feira a OCDE.

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publicado às 15:48


#1542 - Nós por cá...

por Carlos Pereira \foleirices, em 04.12.11

Há cada vez mais pessoas a pedir ajuda para comer.

 

Em 2010, o Banco Alimentar Contra a Fome assistiu cerca de 298 mil pessoas, mais 37 mil do que no ano anterior e mais 48 mil do que em 2008.

Globalmente, o número de portugueses que pedem ajuda para comer aumentou entre 20% a 30% desde 2008.

 

In "XXI  - Ter Opinião 2012"

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publicado às 18:39


#1541 - Músicas deste tempo

por Carlos Pereira \foleirices, em 03.12.11

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publicado às 23:32


#1540 - My Brightest Diamond | The Sea

por Carlos Pereira \foleirices, em 03.12.11

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publicado às 23:19

 

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publicado às 23:01


#1538 - MANIFESTO

por Carlos Pereira \foleirices, em 01.12.11

 

Senhoras e senhores
Esta é a nossa última palavra
- Nossa primeira e última palavra –
Os poetas desceram do Olimpo.

Para os nossos antepassados
A poesia era um objeto de luxo
Mas para nós
É um artigo de primeira necessidade:
Não podemos viver sem poesia.

Diferente de nossos antepassados
- E o digo com todo respeito... –
Nós sustentamos
Que o poeta não é um alquimista
O poeta é um homem como os outros
Um pedreiro que constrói seu muro
Um construtor de portas e janelas.

Nós conversamos
Na linguagem de todos os dias
Não acreditamos em signos cabalísticos.

Ademais, uma coisa:
O poeta está aí
Para que a árvore não cresça torcida.

Esta é a nossa mensagem.
Nós denunciamos o poeta demiurgo
O poeta Barata
O poeta Rato de Biblioteca.
Todos estes senhores
- E o digo com muito respeito...-
Devem ser processados e julgados
Por construírem castelos no ar
Por esbanjarem o espaço e o tempo
Redigindo sonetos à lua
Por agruparem palavras ao azar
Conforme a última moda em Paris.
Para nós, não:
O pensamento não nasce na boca
Nasce no coração do coração.

Nós repudiamos
A poesia de óculos escuros
A poesia de capa e espada
A poesia de chapéu abanado.
Propiciamos a mudança
A poesia a olho nu
A poesia a peito aberto
A cabeça de cabeça descoberta.

Não acreditamos em ninfas nem tritões.
A poesia tem que ser assim:
Uma garota rodeada de espigas
Ou não ser absolutamente nada.

Porém, no plano político
Eles, nossos avós imediatos,
Nossos bons avós imediatos!
Refrataram e se dispersaram
Ao passarem pelo prisma do cristal.
Uns poucos se tornaram comunistas
Não sei se foram realmente.
Suponhamos que foram comunistas,
O que eu sei é o seguinte:
Que não foram poetas populares,
Foram uns reverendos poetas burgueses.

Devemos dizer as coisas como são:
Somente um ou outro
Soube chegar ao coração do povo.
Sempre que puderam
Declararam de palavra e de peito

Contra a poesia dirigida
Contra a poesia do presente
Contra a poesia proletária.

Aceitemos que foram comunistas
Mas a poesia foi um fracasso
Surrealismo de segunda mão
Decadentismo de terceira mão,
Tábuas velhas devolvidas pelo mar.
Poesia adjetiva
Poesia nasal e gutural
Poesia arbitrária
Poesia copiada dos livros
Poesia calcada
Na revolução da palavra
Em circunstâncias de poder fundar-se
Na revolução das idéias.
Poesia do círculo vicioso
Para meia dúzia de eleitos:
“Liberdade absoluta de expressão!”

Hoje nos persignamos perguntando
Para que escreviam essas coisas
Para assustar ao pequeno burguês?
Tempo miseravelmente perdido!
O pequeno burguês não reage
Senão quando se trata do estômago.

Como vão assustá-lo com poesias?!

A situação é a seguinte:
Enquanto eles estavam
Por uma poesia do crepúsculo
Por uma poesia da noite
Nós propugnamos
A poesia do amanhecer.
Esta é a nossa mensagem.
Os resplendores da poesia
Devem chegar a todos por igual
A poesia chega para todos.

Nada mais, companheiros
Nós condenamos
- E o digo com respeito...-
A poesia do pequeno deus
A poesia da vaca sagrada
A poesia do touro furioso.

Contra a poesia das nuvens
Nós contrapomos
A poesia da terra firme
- Cabeça fria, coração ardente
Somos pés-no-chão decididos...

Contra poesia de café
A poesia da natureza
Contra a poesia de salão
A poesia de protesto social.

Os poetas desceram do Olimpo.

 

Tradução de Antonio Miranda

 

 poema de Nicanor Parra

 

Extraído de Outros Poemas (1950-1968).

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publicado às 23:07


#1537 - Prêmio Cervantes vai para o poeta chileno Nicanor Parra

por Carlos Pereira \foleirices, em 01.12.11

 

O chileno Nicanor Parra, conhecido como o pai da “anti-poesia”, ganhou o Prêmio Cervantes 2011. A homenagem foi anunciada nesta quinta-feira, 1° de dezembro, pela ministra espanhola da Cultura, Angeles Gonzalez-Sinde. O escritor, célebre por livros como Poemas y Antipoemas e Obra Gruesa, receberá 125 mil euros.

Conhecido como o Nobel da literatura em língua espanhola, o prêmio Cervantes deste ano foi concedido ao poeta chileno Nicanor Parra. Segundo a presidente do júri, Margarita Salas, Parra foi escolhido por sua carreira variada e “toda uma vida dedicada à poesia”.

O escritor de 97 anos de idade, que já ganhou o prêmio nacional de literatura do Chile, é célebre por obras como Poemas y Antipoemas. O livro, lançado em 1954, e repleto de versos irônicos usando uma linguagem coloquial rara, deu ao escritor o título de “pai da antipoesia” e o transformou em uma referência na literatura chilena.

O ganhador do Cervantes leva para casa um prêmio 125 mil euros, que serão entregues oficialmente em 23 de abril, data de aniversário da morte, em 1616, de Miguel de Cervantes, autor de Don Quichote e uma das maiores figuras da literatura espanhola.

No ano passado, a escolhida foi a espanhola Ana Maria Matute. Nomes como o Nobel de Literatura Mario Vargas Llosa e os mexicanos Carlos Fuentes e Octavio Paz fazem parte da lista dos ganhadores das edições anteriores do Cervantes.

 

in

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publicado às 22:37


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