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#1334 - O PREÇO DA IRRESPONSABILIDADE

por Carlos Pereira \foleirices, em 30.09.10

As medidas anunciadas ontem pelo governo para o auto-proclamado “reforço da execução orçamental” e para o OE suscitam-me vários comentários e dúvidas por esclarecer.

Em primeiro lugar, parece-me por demais evidente que este pacote de medidas draconianas se deve exclusiva e totalmente à inacreditável irresponsabilidade e à incompetência atroz deste Primeiro-Ministro e deste Ministro das Finanças. As reduções salariais e um novo aumento dos impostos poderiam ter sido perfeitamente evitados se o governo já tivesse anteriormente atacado o crescimento explosivo da despesa pública ou, no mínimo, tivesse conseguido travar o inexplicável descontrolo orçamental. Ora, por razões eleitorais, o governo fez exactamente o contrário dos restantes países europeus: não só adiou os cortes na despesa pública, como também fez tudo para encobrir a verdadeira situação das contas públicas portuguesas. A consequência de tal incúria é fácil de medir: nos meses que se seguiram ficou por demais evidente que este governo é perfeitamente incapaz de controlar o despesismo voraz do nosso Estado, o que fez com que Portugal tivesse que se financiar no exterior a taxas cada vez mais desvantajosas. Assim, a culpa de estarmos a pagar juros mais caros para nos financiarmos não é nem dos “malvados dos mercados” ou dos “especuladores da alta finança”, nem, muito menos, do principal partido da oposição que cometeu o supremo ultraje de exigir o corte da despesa do Estado. Não. A culpa de estarmos a pagar juros bem mais caros é, pura e simplesmente, só da responsabilidade deste governo e do descalabro orçamental que nos remeteu. Se não acreditam no que eu digo, perguntem a qualquer analista estrangeiro independente sobre qual é a sua opinião sobre a actuação do governo português nesta matéria.  “Lamentável” ou “medíocre” serão decerto as respostas mais ouvidas. Ora, o preço de termos esperado estes meses todos antes de actuarmos pelo lado da despesa não só será pago por este governo, mas sim por todos nós. E quem irá saldar a factura serão não só os desempregados, os que optam por emigrar, e todos os contribuintes, mas também, e principalmente, os nossos filhos, que terão que pagar por muitos anos os juros das irresponsabilidades dos últimos 15 anos.
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Retirado do blog Desmitos

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publicado às 11:44


#1333 - Outubro, o mês de Gonçalo M. Tavares

por Carlos Pereira \foleirices, em 29.09.10

A segunda quinzena de Outubro traz dois novos livros de Gonçalo M. Tavares: Uma Viagem à Índia (Caminho) e Matteo Perdeu o Emprego (Porto Editora).


In "LER"

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publicado às 22:34

 

Joan Acocella, Philip Roth e Nathan Englander não tiveram dúvidas (pode ler a declaração de voto aqui) e atribuíram o PEN/Saul Bellow Award for Achievement in American Fiction a Don DeLillo, autor, entre outros, dos romances O Homem em Queda, Ruído Branco e Submundo, publicados em Portugal pela Sextante, editora que promete para 2011 a tradução de Point Omega.

 

In "LER"

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publicado às 22:29


#1331 - A crise

por Carlos Pereira \foleirices, em 29.09.10

Acabou, hoje, a era dos dias difíceis. Uma nova era vai começar: a dos dias horrivelmente difíceis

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publicado às 22:14


#1330 - Prémio Fernando Namora para Luísa Costa Gomes

por Carlos Pereira \foleirices, em 28.09.10

 

O romance “Ilusão (ou o que quiserem)”, de Luísa Costa Gomes, é o vencedor do Prémio Literário Fernando Namora/Estoril Sol, pela inovação e ágil registo estilístico, como assinalou em acta o júri.

 

A obra editada em Novembro do ano passado marcou o regresso da escritora ao romance, dez anos depois de “Educação para a tristeza”. “Ao galardão, com o valor pecuniário de 25 mil euros, concorreram meia centena de obras, todas editadas em 2009, tendo a escolha de “Ilusão (ou o que quiserem)” sido unânime, disse à Lusa a mesma fonte.

O júri considerou a obra “manifestamente inovadora, quer pela sua excelente construção, quer pelo seu ágil registo estilístico de constante ironia, quer pela análise penetrante de alguns comportamentos tipo da actual sociedade portuguesa, muito em especial no tocante a métodos pedagógicos aplicados nas escolas e à animação cultural na província, bem como à densidade da narrativa”.

Quando do seu lançamento em Novembro passado, a escritora afirmou à Lusa: “Este meu novo romance é a ilusão do realismo, em que a expressão ‘ou o que quiserem’ é uma alusão a uma peça de William Shakespeare”. A escritora de 56 anos referia-se à peça “As you like it” (“Como quiserem”), que é “uma reflexão sobre o género comédia que é difícil de homogeneizar”, explicou. A autora acrescentou que “há no romance várias referências” ao dramaturgo inglês.

Constituíram o júri o escritor Vasco Graça Moura, Guilherme d’Oliveira Martins em representação do Centro Nacional de Cultura, José Manuel Mendes pela Associação Portuguesa de Escritores, Maria Carlos Loureiro pela direção geral do Livro e das Bibliotecas, Manuel Frias Martins pela Associação Portuguesa dos Críticos Literários, Maria Alzira Seixo e Liberto Cruz, convidados a título individual, e Lima de Carvalho e Dinis de Abreu, em representação da Estoril Sol.

Luísa Costa Gomes nasceu em Lisboa, licenciou-se em Filosofia e foi professora do ensino secundário, actividade que abandonou para se dedicar à escrita e à realização de Oficinas da Escrita em diversas escolas.

 

in Jornal

 

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publicado às 15:54

 

Shirin Ebadi, Prémio Nobel da Paz em 2003, iraniana, advogada e activista dos Direitos Humanos, e Kurt Westergaard, cartoonista dinamarquês que criou o controverso cartoon do profeta muçulmano Maomé, são duas presenças confirmadas no X Simpósio, organizado pela Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, sobre o tema “Identidade, Liberdade e Violência”, a realizar a 2 de Outubro, pelas 15h00, no auditório da Biblioteca Municipal.


O X Simpósio reúne, à semelhança das edições anteriores, personalidades com experiências de vida diversas, o que determina que este encontro constitua um momento único de reflexão e discussão sobre um tema candente.

Shirin Ebadi, primeira mulher iraniana nomeada juíza e presidente de um tribunal legislativo, foi, por imperativo dos clérigos conservadores, impedida de exercer estes cargos, o que a motivou para a militância da defesa dos Direitos Humanos, reconhecida pela atribuição do Nobel da Paz.

A primeira cidadã iraniana e a primeira mulher muçulmana a receber um Nobel é, actualmente, professora da Universidade de Teerão e está envolvida numa campanha a favor do estatuto legal das mulheres e crianças, no Irão.

Kurt Westergaard, caricaturista profissional durante mais de 20 anos, alcançou a notoriedade ao criar um desenho do profeta muçulmano Maomé, com uma bomba no turbante, o que determinou uma violenta e expressiva reacção de muçulmanos no mundo inteiro. Sujeito a uma tentativa de assassinato, na sua casa em Aarhus, em 2010, Westergaard vive sob fortes medidas de segurança.

 

Dez edições do Simpósio

Desde 2000, a Câmara Municipal de Santa Maria da Feira organiza este Simpósio, coordenado por Renzo Barsotti. No ano passado, Roberto Saviano, jornalista, condenado à morte pela máfia napolitana, autor do livro Gomorra, foi um dos conferencistas do IX Simpósio, dedicado às “Máfias e mercado global”. Depois de Salman Rushdie, que esteve em Santa Maria da Feira em 2006, Saviano foi o segundo escritor perseguido a marcar presença neste encontro.

Refira-se que já participaram no Simpósio inúmeras personalidades de relevo, como Eduardo Lourenço, Francesco Alberoni, António Di Pietro, Vasco Graça Moura, José Saramago, Oliviero Toscani, Gianni Vattimo, Giuliana Sgrena, Bernard Henri-Lévy, Paul Rusesabagina e Fernando Savater, entre outros.

A realização deste Simpósio contextualiza-se na actividade cultural da Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira, considerada um equipamento cultural de referência a nível nacional e internacional, não só por ser a primeira biblioteca pública do País a obter certificação de qualidade, em 2006, mas também pelos relevantes serviços que tem prestado à comunidade e pelos projectos culturais que tem desenvolvido, onde pontuam nomes como Fernanda Fragateiro, Spencer Tunick, Luca Allinari, Manoel Oliveira, Walter Salles, Raul Solnado, António Chainho e tantos outros.

 

Data: 2 de Outubro de 2010

Hora: 15h00

Local: Biblioteca Municipal de Santa Maria da Feira

Inscrições: até 30 de Setembro [gratuitas e limitadas]

Contactos: tel. 256 377 030 | fax. 256 377 031 | e-mail biblioteca@cm-feira.pt

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publicado às 20:09


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