Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]
Alemanha | 4 | : | 0 | Austrália | - | Resumo | |||||
Sérvia | 0 | : | 1 | Gana | - | Resumo | |||||
Argélia | 0 | : | 1 | Eslovénia | - | Resumo | |||||
Próximos jogos: | |||||||||||
Países Baixos | vs. | Dinamarca | - | 14 Jun 13:30 | |||||||
Japão | vs. | República dos Camarões | - | 14 Jun 16:00 | |||||||
Itália | vs. | Paraguai | - | 14 Jun 20:30 |
* Fuso horário: Hora da África do Sul |
FIFA.com | - | Calendário | - | Classificação |
Inglaterra | 1 | : | 1 | Estados Unidos | - | Resumo | |||||
Argentina | 1 | : | 0 | Nigéria | - | Resumo | |||||
Coreia do Sul | 2 | : | 0 | Grécia | - | Resumo | |||||
Próximos jogos: | |||||||||||
Argélia | vs. | Eslovénia | - | 13 Jun 13:30 | |||||||
Sérvia | vs. | Gana | - | 13 Jun 16:00 | |||||||
Alemanha | vs. | Austrália | - | 13 Jun 20:30 |
* Fuso horário: Hora da África do Sul |
FIFA.com | - | Calendário | - | Classificação |
«Mesmo pretendendo contá-la como se fosse apenas uma estória, nada nos impede de a começar acompanhando a escolta militar que vai conduzir o coronel Bezerra de Oliveira através das ruas de Lisboa a caminho da forca do Rossio.» Primeiro parágrafo de A Morte do Ouvidor (Caminho), romance histórico que marca o regresso de Germano Almeida. Nas livrarias na última semana de Junho.
Começou hoje o campeonato do mundo de futebol 2010
Mundial FIFA 2010: Jogos mais recentes | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
|
O projecto do Parque das Ribeiras do Uíma, que se encontra em fase de arranque, após a aprovação de uma candidatura a fundos comunitários, vai ser apresentado no seminário “Biodiversidade. Qual o seu Valor?”, que o Município de Santa Maria da Feira promove no dia 18 de Junho, das 09h30 às 17h00, no auditório da Biblioteca Municipal.
Este seminário pretende ser um espaço de reflexão sobre a complexidade dos efeitos que temos sobre os ecossistemas e os desafios e pressões que temos de enfrentar para valorizar e preservar a biodiversidade. A iniciativa assinala o Ano Internacional da Biodiversidade.
O seminário divide-se em três sessões: “Valor Ecológico da Biodiversidade”, “Valor Social da Biodiversidade” e “Valor Económico da Biodiversidade”. Em cada uma delas serão apresentadas três comunicações. As intervenções estarão a cargo de técnicos do Instituto Nacional da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB), Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR, Parque Ornitológico de Lourosa, Administração da Região Hidrográfica do Norte (ARH Norte), Município de Santa Maria da Feira, Faculdades de Engenharia e Economia da Universidade do Porto, Cantinho das Aromáticas, e Quercus/Condomínio da Terra.
A sessão de abertura, marcada para as 09h30, será presidida por Emídio Sousa, vice-presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, e conta ainda com a intervenção de representantes do Centro Regional de Excelência do Porto (CRE – Porto) e da Comissão Nacional da UNESCO.
Enquadramento
No ano em que se comemora o Ano Internacional da Biodiversidade, uma avaliação realizada pela Agência Europeia do Ambiente (AEA) mostra que, de facto, estamos a perder biodiversidade a um ritmo sem precedentes. Apesar dos inúmeros “serviços ecossistémicos” prestados pela biodiversidade, sem os quais não seria possível a vida na Terra, raramente lhes é atribuído o devido valor, pois constituem predominantemente bens públicos, sem mercado, nem preço.
‘Fotografia da Natureza’ e ‘Observação de Aves’
No âmbito deste seminário, o município promove ainda duas actividades complementares: um curso de Iniciação à Observação e Identificação de Aves, a realizar nos dias 19 e 20 de Junho, das 09h00 às 18h30, no Parque Ornitológico de Lourosa e no Parque das Ribeiras do Uíma, em Santa Maria da Feira. Paulo Travassos, da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves orienta esta actividade, limitada a 20 participantes.
No dia 26 de Junho, das 08h30 às 18h30, realiza-se o curso de Fotografia da Natureza, também no Parque Ornitológico e no Parque das Ribeiras do Uíma, local de grande beleza paisagística e ambiental. João Luís Teixeira, do Parque Biológico de Gaia, é o formador. A actividade é limitada a 15 participantes.
O programa e as fichas de inscrição encontram-se disponíveis neste portal (Ambiente e Obras Municipais). Para mais informações, os interessados devem contactar o Gabinete de Ambienta da Câmara Municipal, através do telefone 256 370 800 ou e-mail gabinete.ambiente@cm-feira.pt.
Exposição de fotografia de Eugénio/Helena Homem de Melo para ver até ao dia 21 de Maio na Ao Quadrado - Galeria de Arte Contemporânea, em Santa Maria da Feira
José Eduardo Agualusa
Quando era jovem, José Eduardo Agualusa vivia em Huambo, Angola, e ouvia os leões à noite, a partir de sua casa. É que vivia mesmo ao lado do Jardim Zoológico e chegou a ter de alimentar alguns animais durante a guerra civil, após o 25 de Abril.
Veja a entrevista ao escritor angolano de 49 anos que se prepara para lançar Milagrário Pessoal, um novo romance que, curiosamente, é muito parecido com a primeira história que escreveu quando era jovem: um homem que inventava palavras.
Entrevista de Diana Guerra e imagem de Bruno Vaz
El compromiso por la reconciliación entre Israel y Palestina del autor hebreo David Grossman le ha hecho merecedor del Premio de la Paz de los libreros alemanes, que le será entregado en octubre durante la Feria Internacional del Libro de Fráncfort. Es, junto a Amos Oz, uno de los intelectuales progresistas israelíes más reconocidos.
Grossman, de 56 años, perdió a un hijo en la guerra entre Israel y el Líbano de 2006. Sus libros demuestran que se puede poner fin a la espiral de odio y violencia simplemente mediante la discusión, la contención y el poder de la palabra.
El Premio de la Paz de la industria literaria alemana es una de las distinciones más prestigiosas que se conceden en el país. Tiene una larga tradición y se entrega desde 1950 a personalidades de las Letras, las Artes o las Humanidades que se hayan destacado por su compromiso por la paz y el entendimiento entre los pueblos. El año pasado lo recibió Claudio Magris
A obra de António Lobo Antunes será o tema de um programa de mais 50 espectáculos em Paris entre Janeiro e Junho de 2011, afirmou hoje, quinta-feira, a editora francesa do autor português. "É a maior homenagem de sempre feita em França a um escritor português vivo", declarou à Lusa a editora francesa de António Lobo Antunes, Dominique Bourgois. Os actores portugueses Luís Miguel Cintra e Maria de Medeiros fazem parte do elenco de nomes envolvidos no projecto para o MC93, uma instituição teatral internacional em Bobigny, no Norte de Paris, onde encenadores como Bob Wilson e Peter Sellars realizaram dezenas de espectáculos. Com arranque marcado para 17 de Janeiro de 2011, trata-se de "uma aventura literária no teatro", resumiu Dominique Bourgois, sobre o programa de adaptações dramatúrgicas e leituras em torno dos 25 livros de António Lobo Antunes traduzidos em França, quase todos na Christian Bourgois. Dominique Bourgois explicou que a ideia partiu do actor e encenador Patrick Pineau, principal responsável de um projecto que, frisou a editora francesa, "juntou muitos outros nomes franceses, portugueses e de outros países europeus, muitas vezes espontaneamente". O programa dedicado à obra de António Lobo Antunes, que será apresentado oficialmente no próximo sábado em Bobigny, inclui "alguns dos melhores actores franceses" e envolve também o escritor Olivier Rolin, o dramaturgo e músico David Lescot e o autor, tradutor e encenador Michel Deutsch. Entre os músicos envolvidos estão Ami Flammer, Hubertus Biermann e Lazare Boghossian. Entre as várias iniciativas previstas do programa do MC93 está uma leitura colectiva pelo "grupo dos 200", na sala maior do teatro de Bobigny, de textos de António Lobo Antunes. Além de mais de meia centena de espectáculos e leituras no MC93, o programa inclui uma vertente escolar com a possibilidade de estágios de jovens alunos. Dominique Bourgois salientou que a grande homenagem a António Lobo Antunes confirma o autor português como objecto de um "culto" entre os leitores franceses.
OLLIN KAN, o lugar do movimento, volta novamente a Portugal, à cidade de Vila do Conde, nos dia 10, 11 e 12 de Junho de 2010.
O Festival Internacional das Culturas em Resistência Ollin Kan é uma aproximação a um outro olhar, aquele que resistiu e defendeu as suas heranças e alternativas culturais, sendo um dos festivais mais importantes do mundo.
O Festival Ollin Kan é assim um encontro vigoroso entre os povos que nos brindam com músicas e danças provenientes de todos os continentes.
Sonoridades provenientes do mundo/espaço árabe, flamenco, do fado, da música celta, do reggae, da rumba, da salsa, dos sons jarochos, do Caribe, da música mandinga, do samba, da bossa nova, do tango, da música dos Balcãs e todas as expressões de raiz na sua forma mais pura e nas suas múltiplas fusões com o mundo moderno.
Organizado pela Câmara Municipal de Vila do Conde e pela produtora independente Bartilotti Produções, o Festival Ollin Kan, abre a sua primeira sede alternativa em território europeu.
Foi o início da internacionalização de um festival que se tornou itinerante, levando consigo a mensagem do mundo alternativo a diversas cidades e países do Planeta; Mali, Colômbia, Portugal e México.
O Festival Ollin Kan Portugal terá lugar em Vila do Conde de 10 de Junho a 12 de Junho de 2010.
Os concertos realizam-se no Centro Histórico, no Cais da Alfândega, junto à Nau Quinhentista, com 2 palcos que funcionarão alternadamente das 22h00 às 02h00.
EM TODOS OS LOCAIS OS CONCERTOS TÊM ENTRADA LIVRE.
O escritor libanês Amin Maalouf foi hoje distinguido com o Prémio Príncipe das Astúrias de Letras. O júri do prémio, reunido esta manhã em Oviedo, escolheu um autor que "através da ficção histórica e da reflexão teórica, tem conseguido abordar com lucidez a complexidade da condição humana", elogiando-lhe a "linguagem intensa e sugestiva" que nos transporta "no grande mosaico mediterrâneo de línguas, culturas e religiões para construir um espaço simbólico de encontro e entendimento".
Não se entende o alarme suscitado pela proposta do ministro Luís Amado de estabelecer na Constituição um limite à dívida pública.
Contra a ideia insurgiu-se toda a gente, do PSD (pela voz do seu secretário-geral, aflito por a proposta ser "muito socialista"; Angela Merkel, que a impôs na Alemanha, há-de ter ficado com as orelhas a arder...) ao PCP, ao BE e ao próprio PS. Toda a gente?
Não! Uma aldeia povoada por irredutíveis gauleses ainda resiste ao invasor, o CDS/PP. A má sorte de soluções que, em Portugal, metam travão a fundo à dívida pública (que, em finais do ano passado já ia - incluindo os encargos das famosas "parcerias público-privadas" e a dívida das EP - em 120% do PIB) é que as gerações futuras, que terão de a pagar, ainda andam de cueiros e não votam.
De qualquer modo só haveria vantagens se a Constituição determinasse até onde podem os governos endividar-nos. De facto, a vingar a teoria do ministro Teixeira dos Santos de que os princípios constitucionais "não são absolutos" e podem mandar-se às urtigas, deixar-se-iam os "mercados" contentes e a coisa não teria efeito nenhum.
In
A Autoridade da Concorrência decidiu viabilizar a compra do Direct Group Portugal, detentor das livrarias Bertrand, do Círculo de Leitores e de quatro editoras, pela Porto Editora, o maior grupo editorial português, foi hoje, segunda-feira, anunciado.
"O poeta é um fingidor/ Finge tão completamente/ Que chega a fingir que é dor/ A dor que deveras sente." Os versos, do português Fernando Pessoa, se adequam perfeitamente a Manoel de Barros, advogado de formação, "fazendeiro por necessidade e poeta por ócio".
Nascido em 19 de dezembro de 1916, em Cuiabá, no Mato Grosso, o autor é filho do capataz João Venceslau Barros e de Alice Pompeu de Barros, de quem afirma ter herdado a sensibilidade - que, para ele, "é transmitida pelo sangue". Mergulhado na arte de "não fazer nada", como chama o ato de escrever, criou a série de livros "Memórias Inventadas - A Infância, A Segunda Infância e A Terceira Infância".
Aos 93 anos, Manoel diz a verdade quando se define como um mentiroso. Afinal, com um punhado de histórias fictícias, construiu para si toda uma biografia.
Nas crónicas como na poesia, abarca a desmesura do Mundo, como se procurasse "desimaginá-lo e descriá-lo". Manuel António Pina - cujas crónicas no JN, "Notícias Magazine" e "Visão" foram parcialmente reunidas no livro "Por outras palavras", que foi apresentado ontem, na Invicta - vai ser homenageado hoje, às 17.30 horas, na Feira do Livro do Porto, numa sessão em que intervêm Álvaro Magalhães, Sousa Dias e Luís Miguel Queirós. É alvo de mais uma homenagem. Ainda reage com desconforto a estas manifestações de apreço? Com desconforto e com gratidão. Também sou leitor, embora bissexto, da minha "obra" e, sem pretender representar a rábula da modéstia, sou lúcido q.b. em relação a ela para aceitar iniciativas do género sem cepticismo. Mesmo já tendo afirmado que não pertence a lugar nenhum mas a muitos, reconhece que o Porto e a Beira Alta são lugares especiais da sua geografia de afectos? É minha convicção de que somos sobretudo memória, memória de lugares, de gente e mais dispersas existências, de livros, filmes, sonhos, desejos, medos... O Porto e a Beira Alta são, na minha memória, um pouco de tudo isso. Não publica poesia desde 2003. O cronista tem silenciado o poeta? Não escrevo poesia como escrevo crónicas, profissionalmente. No caso da poesia, sou, antes, amador, isto é, aquele que ama. Só escrevo poesia quando não posso deixar de escrevê-la. Passar anos sem publicar poesia não significa que tenha deixado de escrever poesia. Tenho há muito um livro praticamente pronto, reunindo poemas dispersamente publicados aqui e ali, em jornais e revistas, e inéditos. Continua a escrever regularmente, apesar da publicação irregular? Escrevo como publico, irregularmente. Para regularidade, basto-me com as crónicas. O meu processo é esperar. Passo bem sem escrever poesia (sem ler poesia já é outro assunto). Quando começo a passar mal, o poema encarrega-se de se escrever a si mesmo em mim. O resto é trabalho, "transpiração", como António Ferreira dizia. Acaba de ser lançada a antologia "Por outras palavras". Como foi esse confronto com as crónicas? Na verdade, foi Sousa Dias quem as leu e escolheu umas 250. O autor dessas crónicas sou eu, mas o autor do livro é Sousa Dias. E também o editor José da Cruz Santos, que há anos insistia comigo. Foi a generosidade de ambos que venceu a minha inércia; e ambos sabem como a minha inércia é difícil de vencer. Sousa Dias diz-me constantemente que posso ter orgulho neste livro. Tenho orgulho é de o ter a ele e ao Cruz Santos como amigos. Afirma que "as crónicas do jornal duram um dia e morrem". Não concorda que há escritos que resistem ao tempo? Nada resiste ao tempo. Vista a coisa a suficiente distância, um dia depois, ou um século depois, tudo (crónicas, poemas, romances) acaba na mesma imensa campa rasa do esquecimento. Isto é, como diziam os velhos tipógrafos dos jornais, tudo serve, no dia seguinte, só para embrulhar peixe. Tenho consciência de que algumas crónicas (como alguns poemas) lutam desesperadamente, como nós próprios lutamos, contra o tempo. Sabendo que é uma luta perdida. Acho que há alguma grandeza nisso. Numa crónica recente, escrevia que o jornalismo continua subserviente. O "respeitinho" é atávico? Não é característica apenas lusitana, o "respeitinho". Há profissionais disso por todo o lado, no jornalismo como na vida. Também nisso não somos originais. A nossa única originalidade é apenas a convicção de que somos originais, que, como dizemos constantemente, "isto só em Portugal". Não, "isto", como o resto, não é só em Portugal, é em todo o lado. No prefácio, o director do JN conta que, "se a sua crónica falha, chovem telefonemas e cartas de leitores". A "violência" que significa escrever sempre sobre a actualidade é compensada pelas manifestações de afecto? Devo isso aos leitores do JN. E também esta antologia, que me foi sugerida por muitos deles. Sinto uma grande responsabilidade por isso, e faço todos os dias um esforço enorme para tentar não frustrar as expectativas desses leitores. Essa é também uma espécie de servidão, mas, às vezes, chego a achar que não há nada mais libertador do que uma boa servidão. Lendo as suas crónicas, não se pode dizer que esteja surpreendido com o estado a que Portugal chegou. Viver num país destes é o sonho de um cronista e o pesadelo dum cidadão? Diz-se que os povos felizes não têm história. Às vezes, a infelicidade de um povo é a felicidade dessa espécie de historiadores do presente que os cronistas (sobretudo aqueles que, como eu, praticam a crónica como género jornalístico e não literário) são. in
Na escuridão esperamos!
Vinde, vós que escutais,
ajudai-nos na nossa viagem nocturna:
agora nenhum sol brilha,
agora nenhuma estrela reluz.
Vinde, mostrai-nos o caminho:
a noite não é favorável.
A noite está de pálpebras cerradas.
A lua esqueceu-se de nós.
Esperamos na escuridão.
origem do poema: américa do Norte, Índios Iroqueses
traduzido por Maria Jorge Vilar de Figueiredo
João Aguiar nasceu em Moçambique em 1943, faleceu em Lisboa em 3 de Junho 2010, sendo licenciado em Jornalismo pela Universidade Livre de Bruxelas. No catálogo da ASA figuram os seus catorze romances (A Voz dos Deuses, O Homem Sem Nome, O Trono do Altíssimo, Os Comedores de Pérolas, A Hora de Sertório, A Encomendação das Almas, Navegador Solitário, Inês de Portugal, O Dragão de Fumo, A Catedral Verde, Diálogo das Compensadas, Uma Deusa na Bruma, O Sétimo Herói e O Jardim das Delícias) e um livro de contos (O Canto dos Fantasmas), além da série juvenil O Bando dos Quatro.
Parte da sua obra está traduzida em Espanha, Itália, Alemanha e Bulgária.
Traduções de Poemas por Ferreira Gullar |
As Coisas (Jorge Luis Borges) |
A bengala, as moedas, o chaveiro,
A dócil fechadura, as tardias
Notas que não lerão os poucos dias
Que me restam, os naipes e o tabuleiro,
Um livro e em suas páginas a ofendida
Violeta, monumento de uma tarde,
De certo inesquecível e já esquecida,
O rubro espelho ocidental em que arde
Uma ilusória aurora. Quantas coisas,
Limas, umbrais, atlas e taças, cravos,
Nos servem como tácitos escravos,
Cegas e estranhamente sigilosas!
Durarão muito além de nosso olvido:
E nunca saberão que havemos ido.
O poeta e dramaturgo brasileiro Ferreira Gullar é, desde ontem, o mais recente Prémio Camões. O anúncio foi feito pela ministra da Cultura, Gabriela Canavilhas, na presença dos membros do júri, e volta a galardoar a poesia como já acontecera em 1989 com Miguel Torga, o primeiro distinguido.
Um instante
Aqui me tenho sem começo aqui me tenho nada lembro à luz presente
como não me conheço
nem me quis
nem fim
sem mim
nem sei
sou apenas um bicho
transparente