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Hoje, abre a reunião de Davos sem ilusões sobre a tísica economia. É novidade, aquela montanha suíça sempre foi lugar de esperança, quando não de euforia. Os personagens de Thomas Mann, em A Montanha Mágica, julgavam encontrar em Davos a cura da tuberculose. E muito depois disso, nestes anos recentes, aquele era o lugar dos Senhores do Universo. Querem nomes? John Thain, patrão da Merril Linch, Robert Rubin, do Citigroup, o alemão Adolf Merckle, um dos cem homens mais ricos do mundo, o magnata indiano Ramalinda Raju... Cada um deles era o que já se chamou O Homem de Davos - se o Australopithecusnos pôs de pé, o
Homo de Davos pôs- -nos a julgar que seríamos ricos. Pois bem, os grupos de Thain e Rubin faliram, o Merckle suicidou-se, o Raju tem o passaporte cassado por trafulhices na sua empresa... E tudo aconteceu entre a reunião de Davos de 2008 e a deste ano, sempre em fins de Janeiro quando àquela montanha lhe dá para a magia. Davos vivia da frase de Clinton: "É a economia, estúpido..." Mas os homens dos números falharam. Este ano, em Davos, vão estar os primeiros-ministros da Rússia, da China, da Grã-Bretanha, da Alemanha...